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A Copa do Mundo de Rugby vai chegando ao fim e a pergunta que muitos no Brasil fazem é: quando os Tupis estarão no Mundial? Em declarações oficiais, a CBRu estipula como meta a classificação brasileira para a Copa do Mundo de 2023. A Copa do Mundo de Rugby Sevens de 2018 – que conta com as categorias masculina e feminina – também é outra das metas, pois o sevens não acaba após o Rio 2016. Mas, em termos de alto rendimento de nossas seleções, o que está sendo feito para colocar o Brasil nos Mundiais?

 

Entre as respostas para a pergunta estão as Academias de Alto Rendimento. Lançadas em 2014 com as unidades apoiadas pela Unilever em São Paulo e em São José dos Campos, as Academias foram sendo expandidas pouco a pouco e agora já estão presentes em três estados, com atividades já em andamento em Curitiba (PR) e Novo Hamburgo (RS), ambas apoiadas também pela Unilever. O apoio da Unilever é voltado apenas para a categoria juvenil. Outros dois centros de alto rendimento, não ligados à Unilever, foram ainda implantados em Florianópolis (SC) e Niterói (RJ), contemplando, assim, cinco estados brasileiros, justamente aqueles que estarão representados no Super 8 de 2016.

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Com foco em desenvolver a performance do atleta de forma individual, por meio de trabalhos de condicionamento físico, musculação e acompanhamento nutricional, as academias complementam o trabalho que os atletas selecionados realizam em seus clubes, garantindo a evolução dos jogadores, que são acompanhados nas academias por um grupo contratado de treinadores e preparadores físicos da CBRu, com atividades para as categorias adulta e juvenil, tanto masculino como feminino. Nesse sentido, Agustín Danza, CEO da CBRu, ressalta que “as academias têm dois objetivos principais: a detecção e desenvolvimento de talentos e o desenvolvimento de know how para os clubes da região. As academias estão abertas para que os treinadores dos clubes possam ter acesso ao que está acontecendo na seleção e assim capacitar seu clube com as melhores técnicas de preparação física e treinamento”. No Brasil, os jovens iniciam no rugby mais tarde do que em países onde o esporte é desenvolvido, “daí a importância de se preocupar e preparar os jovens talentos, como estamos fazendo com as academias Unilever e o trabalho de desenvolvimento do rugby nas escolas”, complementa Danza.

 

Acerca da seleção dos atletas, Danza explica que “para participar do projeto de especialização esportiva, os atletas já devem treinar regulamente em algum clube de rugby e devem ser indicados pelo treinador do clube ou até mesmo pelos treinadores do núcleo esportivo, que atuam como ‘olheiros’, de acordo com sua performance em campo” Quem quiser fazer parte da seleção, terá de ser aprovado e treinar na Academia. “Não terá outra maneira. É um jeito de criar um plano de carreira para os atletas, deixar bem claro qual o caminho que o garoto precisa seguir para chegar ao alto rendimento. Hoje, esse caminho não é claro. Esses atletas têm um plano definido de preparação física e técnica, com metas a serem atingidas. A partir do ano que vem, quem cumprir essas metas passará a receber um salário da CBRu”, finaliza.

 

Mas, onde estão as academias? Quantos atletas participam delas? Aqui estão as respostas:

 

As Academias de Alto Rendimento

Unilever:

São Paulo

Cidade: São Paulo

Campo: AABB & NAR

Ginásio: AABB & NAR

Responsável (treinador principal): Guilherme Marques/Rafaela Turola

Preparador Físico: José Eduardo Moraes/Thiago Navarro
Categorias ativas (adulto, juvenil, feminino): Masculino Adulto, Juvenil e Feminino

Número de atletas treinando regulamente: Masculino Adulto (40), Juvenil (35), Feminino (20)

 

Cidade: São José dos Campos

Campo: CT Ericsson

Ginásio: CT Ericsson

Responsável (treinador principal): Fernando Portugal/Jacob Mangin/Júlio Faria

Preparador Físico: Mauricio Ramos
Categorias ativas (adulto, juvenil, feminino): Masculino Adulto, Juvenil e Feminino

Número de atletas treinando regulamente: Masculino Adulto (32) Juvenil (35), Feminino (7)

 

Rio Grande do Sul

Cidade: Novo Hamburgo

Campo: Clube dos Atiradores

Ginásio: Clube dos Atiradores

Responsável (treinador principal): Mario “Colo” Oliva

Preparador Físico: Ismael Arenhart
Categorias ativas (adulto, juvenil, feminino): Masculino Adulto e Juvenil

Número de atletas treinando regulamente: Adultos (25) Juvenil (28)

 

Paraná

Cidade: Curitiba

Campo: BR Sports

Ginásio: BR Sports

Responsável (treinador principal): Arnü Southey

Preparador Físico: Fábio Bandeira
Categorias ativas (adulto, juvenil, feminino): Masculino Adulto, Juvenil e Feminino

Número de atletas treinando regulamente: Adultos (15), Juvenil (15), Feminino (8)

 

Outras:

Santa Catarina

Cidade: Florianópolis

Campo: Tapera

Ginásio: Tapera

Responsável (treinador principal): Daniel Danielewicz

Preparador Físico: Fabio Karasiak
Categorias ativas (adulto, juvenil, feminino): Masculino Adulto, Juvenil e Feminino

Número de atletas treinando regulamente: Masculino Adulto (31), Juvenil (11), Feminino (12)

 

Rio de Janeiro

Cidade: Niterói

Campo: AA Rio Cricket

Ginásio: Academia XFusion

Responsável (treinador principal): Daniel Gregg

Preparador Físico: Marcio Corchs
Categorias ativas (adulto, juvenil): Masculino Adulto e Juvenil

Número de atletas treinando regulamente: Adultos (29), Juvenil (15)

 

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