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O Seven-a-side masculino brasileiro vem evoluindo nitidamente nos últimos meses. Com os Jogos Olímpicos batendo a porta e a pressão em fazer um bom papel aos olhos do “exigente” público leigo brasileiro colocou o argentino Andrés Romagnoli no comando do grupo Tupi. Essa evolução passa pela profissionalização da seleção masculina, que pôde focar mais nos treinamentos, e no modus operandi do treinador, com reconhecida experiência internacional (defendeu os Pumas 7s de 2003 a 2008) e que no próximo mës de junho, completa um ano frente à seleção.

 

Conversamos com Andrés em um momento crítico da preparação do Brasil para seus dois maiores desafios do ano. O Hong Kong Sevens, no fim de março, valendo vaga na Série Mundial 2015/2016, e o Pan de Toronto, no segundo semestre.

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Portal do Rugby: Que avaliação você faz dos primeiros torneios do sevens em 2015?

Andrés Romagnoli: Tivemos bons jogos em Mar del Plata e Viña, sobretudo na parte defensiva e na atitude com relação ao jogo de contato e alcançamos nossos objetivos (classificação para o Pan de Toronto e HK Sevens), o que foi muito importante para o grupo. Em Las Vegas começamos com um primeiro dia muito difícil e muitos erros em a defesa que nos fez tomar muitos tries. Depois melhoramos no segundo dia e contra na França tivemos boas chances de marcar tries, mas por dificuldades técnicas e ansiedade, não convertemos e no segundo tempo eles não nos perdoaram por isso. Com Samoa, eles foram muito melhores, e com Portugal, foi um jogo semelhante à França.

 

PdR: Que aspectos considerou positivos, e o que há para melhorar no curto prazo?

AR: Nos aspectos positivos, acredito que a atitude no tackle e a consciência em relação à defesa melhoraram muito, apesar de precisarmos ter uma defesa mais sólida. No ataque, temos que ser mais agressivos com a bola em mãos, e ter paciência. Tivemos muita posse de bola, mas não a utilizamos corretamente.

 

PdR: Como está sendo o trabalho para o Hong Kong Sevens?

AR: O trablho está bom, os jogadores estão bem focados. Depois de uma descanso semanal agora estamos recomeçando os treinos de alta intensidade.

 

PdR: O Brasil enfrentará Hong Kong, Uruguai e México. O que você espera de cada um desses adversários? E para uma segunda fase, como você vê os adversários potenciais?

AR: Hong Kong acabou de ganhar um torneio de Sevens em Bornéu, superando o time de Tonga na final, então eles estão jogando em um bom nível. O Uruguai é um time muito completo e que é sempre difícil de enfrentar e por último o México, um time que não conheço muito, mas sei que estão trabalhando forte há alguns anos. As demais seleções são equipes com um nível parecido com o nosso, então acredito que faremos bons jogos em Hong Kong.

 

PdR: A chegada de atletas que atuam no exterior vem ajudando de que maneira o desenvolvimento dos atletas brasileiros? Qual o peso que você atribui aos estrangeiros na evolução da equipe?

AR: Eu acho que eles são ótimos jogadores, com muitos anos de profissionalismo no Rugby, então eles ajudam a equipe a desenvolver-se melhor. A evolução do equipe é por causa de um conjunto de fatores que tanto a CBRu, comissão técnica e jogadores tentam fortalecer dia a dia.

 

PdR: Como está sendo realizado o trabalho de identificação de novos talentos para o time principal?

AR: Estamos tentando ampliar a base de jogadores com possibilidades de jogar a nível internacional com o equipe de Sevens, e isso vai a ser muito bom pela competitividade entre eles mesmos e vai dificultar na hora das convocações para as competições, um problema que eu gostaria de ter em todas as posições.

 

PdR: A criação de novo circuito de sevens nacional pode ajudar de que maneira no crescimento da seleção?

AR: Com certeza, e muito importante que a competitividade entre os times seja cada vez mais fluida, eso va a ser  que eles comecem a treinar mas sevens, porem jogar melhor e proporcionar a nos melhores jogadores.