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ARTIGO COM VÍDEOS – Com Fiji, Samoa e Tonga mostrando suas danças de guerra há muito tempo, o fã de rugby sabe que não é apenas a Nova Zelândia e sua haka que contam com o ritual pré jogo. Na Austrália, o Rugby League tem uma dança de guerra da seleção aborígene do país também.

Na África, Madagascar é quem conta com uma dança de guerra há mais tempo, mas outros países tentaram recentemente instituir as suas na região. O que certamente é uma surpresa para muitos é que, em seu passado distante, a África do Sul chegou a ter sua dança de guerra.

Nos anos 20 e 30, a seleção da África do Sul (os Springboks) chegou a realizar uma dança de guerra, inspirada na cultura zulu (povo do sul do país). Naquele momento, a África do Sul ainda não vivia sob o regime da ditadura do apartheid (instalada apenas em 1948), mas os Springboks, de todo modo, não contavam nessa época com atletas negros. Entretanto, a liberdade de se inspirarem na cultura zulu havia e os Springboks realizaram sua dança zulu contra os All Blacks, em partidas de 1928 e 1937. Enquanto os neozelandeses faziam a haka maori para qualquer oponente, os Boks reservavam sua dança para os jogos contra a rival Nova Zelândia. A seleção sul-africana de 1937 é especialmente importante, considerada uma das melhores da história (ou talvez a melhor) do país.

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A tradição que parecia começar a se formar da dança zulu acabou morrendo com a instalação do regime de segregação racial do apartheid. Em 1949, o primeiro encontro entre Springboks e All Blacks desde 1937, já não contava mais com a dança zulu.

A ideia de retomar a dança ressurgiu em 2007, mas não foi levada adiante.