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Estreantes sim, inexperientes jamais. Essa é a mensagem do Armstrong Dragons (ex-Alecrim), que joga pela primeira vez na elite do Rugby nacional, representando o Nordeste, depois do título na Copa do Brasil em 2013.

 

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Conversamos com Francisco Bouzas, capitão do time, para a segunda entrevista com os participantes do principal campeonato do país. Ele comenta as chances do clube e até o novo nome do clube, que deixou de ser Alecrim.

 

1) Como foi a preparação para o Super 10? A ausência da Liga Nordeste não fez falta?

Começamos os treinos de pré-temporada na terceira semana de janeiro. Muito treino físico. Por se tratar de um campeonato de um nível mais elevado e que demanda mais da parte física de cada atleta, focou-se muito nessa parte.

Quanto à nossa ausência da Liga Nordeste, foi uma pena sim não poder participar, mas acredito que não irá influenciar tanto no nosso desempenho. Essa gira pela Europa nos proporcionou uma ótima preparação a nível de jogo. Jogamos contra equipes de um bom nível, com mais experiência e mais ritmo de jogo.

 

2) Quais são os pontos fortes do Alecrim para a competição?

Determinação. Temos um scrum forte, temos uma linha rápida, mas acredito que a determinação de todo o grupo em querer vencer foi o que nos marcou na temporada passada e acredito que nesse ano no Super 10 não será diferente.

 

3) Com um nível muito alto na disputa pelo título e pelo menos dois clubes sendo rebaixados esse ano, acha que um grupo menos experiente pode sentir mais os jogos?

Isso é algo que não se pode ter tanta certeza. Em teoria, sim. As equipes menos experientes sempre sentem a diferença quando mudam de nível. Independente do esporte. Mas na prática, provavelmente não. O nosso treinador tem experiência de sobra e a gente acredita no trabalho dele. Acho que ele vai saber lidar com a situação.

 

4) O desgaste com as distâncias é uma preocupação? O seu clube é o que mais vai viajar na fase de classificação (mais de 16mil Km em 5 viagens).

A distância pode pesar sim, isso é inegável, mas nada que um bom descanso alguns dias antes não resolva.

 

5) Como o fato de jogar em casa pode beneficiar o clube? Vocês recebem  três finalistas do Super 10 em seus domínios, mais o Rio Branco

Jogar em casa dá uma tranquilidade maior. Não tem o peso da viagem, vamos poder realizar mais treinos durante a semana e contar com o apoio da torcida, além de jogar em um campo que a gente conhece bem.

 

6) A perda trágica de Enzo Albanese afetou o grupo? Qual era seu papel no clube?

A perda do Enzo foi gigantesca. Além de ser um dos idealizadores do projeto infantil de rugby aqui no RN e de ser o que a gente chamava de “faz-tudo” do clube, ele era uma pessoa muito carismática. Um cara agitado, divertido, sempre procurando desenvolver o esporte dentro do estado. Organizava tudo que era da parte de bastidores, levava a criançada pra assistir os nossos jogos… enfim. Foi uma perda sem tamanho para nós.

 

7) A que se deve a mudança de nome do clube? A parceria com o Alecrim FC não seguirá

Quanto a isso, não sabemos o suficiente como para poder repassar com toda a certeza. O que sabemos é que esse é mais um projeto do presidente do Alecrim FC, Anthony Armstrong. Tanto é que a equipe leva o nome dele agora.