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O São José vem com tudo para o Super 10, e vem mostrando o que espera seus adversários. Uma defesa irrepreensível e muita vontade de voltar às finais do principal campeonato nacional.

 

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Conversamos com Léo Frota, ex-capitão do São José e coordenador esportivo do clube. Caberá ao argentino Joaquin Guerra, de Tucuman (ARG) que também é o treinador do M19 joseense, conduzir o São José ao título. 

1 – Quais as novidades do São José para o Super 10?

O São José não vem com muitas novidades em relação ao plantel do ano passado. As maiores novidades são as voltas do Bruno Rossi, Alexadre Spani e Fabio Fernandes, depois de algum tempo fora dos campos. Também este ano contamos com a presença do Joaquin Guerra, argentino que estava jogando no Balneario Camboriú, que veio para ser o treinador da nossa equipe M19 e ao mesmo tempo jogar conosco. Já na comissão técnica, resolvemos investir em um treinador com experiencia internacional e trouxemos o Paulo Gonçalves, ex-jogador da seleção portuguesa e ex-treinador do Benfica e seleção de Lisboa.

 

2 – A disputa nesse ano promete ser tão dura quanto no ano passado, quando vocês não chegaram na  final do nacional em 2013. O que tem sido feito para evitar a situação de novo?

Estamos nos preparando para jogarmos todos os jogos como se fossem uma final. Hoje em dia todas as equipes do Super 10 são competitivas e não se pode pensar diferente. Esperamos jogos que serão definidos nos detalhes e estamos trabalhando muito duro para merecer a chance de vence-los.

 

3 – A defesa joseense está impecável nesse ano, não levou nenhum try em sete jogos do Paulista. Acha que essa é a grande arma do clube para o campeonato?

Não termos levado nenhum try até o momento é apenas um detalhe. Estamos nos matando nos treinos, uns aos outros para sempre melhorar defensivamente. O resultado está aparecendo, mas não nos sobe a cabeça. Sabemos que uma hora levaremos tries e isso não vai nos abalar. Nosso treinador tem uma frase boa para isso. “Após cada jogo, “rasga-se a súmula e começa uma história diferente”. Então, o que aconteceu até agora ficou no passado e temos que focar no presente e no futuro. Esperamos que um de nossos pontos fortes seja a defesa sim, mas não pelo que fizemos e sim pelo que estamos trabalhando para fazer daqui para frente.

 

4 – O que mudou no jeito do São José jogar com a chegada do novo treinador português?

A chegada do Paulo foi muito importante para nos impor uma maneira diferente de se ver o Rugby. Ele vem contribuindo muito não só na parte técnica, como também em outra partes do clube. Eh um treinador experiente, mas acima de tudo um grande Rugbier. 
Houveram várias mudanças táticas, aumentamos a carga de treinos, que estão bem intensos e muito competitivos. 

 

5 – Como o São José lida com os desfalques ocasionados em função dos compromissos de jogadores com a seleção?

Realmente este é um problema que já estamos enfrentando faz muito tempo. Com o calendário das seleções cada vez mais volumoso, os clubes acabam sofrendo com isso. Infelizmente é uma realidade e não temos como fugir disto. A solução que estamos encontrando é estreitar nosso relacionamento com as comissões técnicas e staff da CBRu, para podermos sempre poder contar com nossos atletas nos principais compromissos e treinos da equipe. Eh um processo novo e complicado, que vale uma grande discussão.
Por outro lado, como clube, trabalhamos muito para cada vez mais termos jogadores de alto nível disponíveis, mesmo com as convocações. Hoje temos um plantel grande, com muitos jogadores que podem substituir os selecionáveis ou até mesmo serem os titulares em suas posições. Acontece até de termos jogadores reservas no clube, que estão nas seleções.
Mas é óbvio que nenhum clube perde 14 jogadores para as seleções, como já aconteceu, e consegue manter um alto nível. Por isso estreitamos a conversa com a CBRu e esperamos cada vez poder lidar melhor com esta situação.

 

6 – Quais suas expectativas para o campeonato?

Esperamos encontrar grandes adversários e todos os jogos muito duros. O São José almeja o título como sempre. Mas sabemos que ele não vai vir se não fizermos os melhores jogos das nossas vidas em todas as partidas do torneio. E para isso, como disse, estamos trabalhando muito e nos matando em todos os treinamentos.