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Texto reflexivo enviado por Lucas Toniazzo, educador World Rugby de Arbitragem, gestor voluntário na FGR e Brummers Rugby.

 

intangível

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adjetivo de dois gêneros

  1. que não se pode tanger, tocar, pegar; intocável.
  2. não perceptível pelo tato; impalpável, incorpóreo.
    “música de sons etéreos, i.”

 

Aí acima está o significado de intangível. Introduzi com ele para termos uma compreensão assertiva a respeito da Amizade, valor fundamental para se trabalhar o coletivo. Valor esse que não podemos pegar, tocar, mas fortemente perceptível quando olhamos para um grupo de pessoas.

Como sempre, recorre a minha experiência/vivência dos contextos que atuo, bem como, observação a outros grupos que tenho acesso mas não convívio constante. Em todos, noto que o diferencial de “sucesso” se dá pelo equilibrado convívio coletivo, todos gostam e querem curtir o momento; os sorrisos são constantes,  as brincadeiras diversas e por fim, a busca por um mesmo objetivo.

Penso eu que não há como buscar atingir um resultado comum, se todos os envolvidos não compreenderem o que é necessário fazer para se alcançar o êxito. Se para o grupo a preparação, dedicação, empenho não for comum ou consensual, entrar no jogo será apenas para frustrar expectativas, potencializar sentimentos negativos e deveria, gerar questionamentos provocativos de mudança. Talvez essas provocações até ocorram, porém, o resultado é sempre o abandono ou desistência. Aí começa o circulo vicioso do “Foco no Problema” ao invés do “Foco na solução”.

Por vezes passei pelo problema que descrevi, por vezes vi grupos passarem também pelo mesmo problema e, o que mudou ou proporcionou algo diferente foi a AMIZADE. Por vezes através de um convívio articulado, buscando com que momento coletivos fossem melhores aproveitados, por outras vezes, por agenda de encontros pré-definidos que não o de execução laboral ou treinos específicos. Como tudo na vida requer prática, gerar um sentimento de AMIZADE também pode ser construído por boas práticas!

Havendo um grupo e o mesmo não sendo homogêneo, é necessário se trabalhar para equilibrar as diferenças e tornar todos mais próximos, fortalecer as igualdades, gerar um sentimento de pertencimento primário (faço parte de um grupo ao invés de faço parte de uma organização) para se conquistar um sentimento de pertencimento secundário (faço parte de uma organização que transforma pessoas e proporciona um grupo fantástico).

Em empresas geralmente se fazem “happy hours”, grupos de amigos surgem com viagens, encontros, em família são os aniversários, os domingos de churrascos (como bom gaúcho não poderia usar melhor exemplo) e no esporte existe o pré treino, o treino e o pós treino, existe o pré jogo, o jogo e o pós jogo. Momentos cruciais, ali está a oportunidade de se conhecer, se relacionar, se equilibrar as diferenças.

O esporte é um ambiente fantástico, além do hobby, existe a possibilidade de se desafiar, se colocar num espaço de valorização humana, se sentir alguém pertencente. Somos assolados por doenças sociais (bullying, estresses diversos, crises de ansiedade e etc…) que com uma troca de momento com outros, pode ser o estopim da melhora. Não gostamos de ver nossos próximos passando por dificuldades e geralmente somos solidários, porém, para isso ocorrer de fato, é necessários que aproveitamos os momentos extras para nos conhecermos melhor e gerarmos grupos fortes, grupos com objetivos comuns e principalmente, novas AMIZADES!

A AMIZADE é uma poderosa ferramenta, não há sentimento melhor do que compartilhar com nossos amigos, Vitórias, Conquistas, Superações. A AMIZADE transforma, possibilita oportunidades futuras muito positivas, conquista de empresas, novos negócios, qualificações e também novas famílias.

Antes de uma taça, troféu ou qualquer título, conquista a AMIZADE!