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As inscrições para o Campeonato Brasileiro de Rugby League XIII de 2021 já estão abertas!

Além da novidade do rebranding e a mudança para o nome Premiership, relembrando as origens britânicas do esporte, há duas novas modalidades de campeonatos, o juvenil masculino e feminino Sub19 e o de cadeirantes.

O juvenil acontecerá em São Lourenço/MG, em apenas um final de semana, com 4 equipes masculinas e 4 femininas, com inscrição simbólica de R$100, a Confederação irá pagar 50% do custo da viagem dos clubes que estiverem inscritos na modalidade adulta e juvenil, para apoiar a criação das equipes de base.

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Além disso, haverá workshops com treinadores estrangeiros, treinos com o staff da Confederação, alimentação, hospedagem e premiação para todos os participantes, além de uma confraternização com churrasco e piscina pra molecada se divertir ainda mais e fazer amigos de todas partes do Brasil!

Já o de cadeirantes, esta com os últimos detalhes a serem definidos, acontecerá em Curitiba/PR, com 4 vagas e acontecendo em apenas um final de semana, também com workshop internacional e premiação a todos participantes, tem ainda o objetivo de formar a Seleção Brasileira de Rugby League em Cadeira de Rodas, o que promete colocar a competitividade lá em cima, na luta pela vaga da Copa do Mundo de 2025 da modalidade.

No masculino serão 6 equipes, dividas em 2 grupos, geograficamente mais próximos, com jogos de ida e volta, apenas os 2 primeiros de cada grupo indo as semi-finais, prometendo um campeonato de tiro curto extremamente parelho.

No feminino, agitado pela possibilidade de integrar a Seleção Brasileira que vai a Copa do Mundo de 2021, são nada menos do que 6 vagas de equipes de XIII, das quais restam apenas uma, com planteis cheios, as equipes terão o torneio em três fases, a primeira com tempo reduzido e voltado ao ensino das atletas sobre a modalidade e as outras duas com jogos completos, todos sob o olhar do treinador Matt Gardner, que escolherá ás 24 jogadoras que farão história no mundial, representando a primeira Seleção da América Latina a ir a uma Copa do Mundo.

Para maiores informações: contato@brasilrl.com.br

 

O que é o Rugby League

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.

As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a International Rugby League (IRL) – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;