Niterói e Poli duelando em 2018. Foto: Daniel Venturole

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A Poli recebeu o Niterói em casa para uma partida há muito adiada: a repescagem do Super 8 2016. A demora se deu muito pela indefinição sobre o formato da competição desse ano, que será com os 8 clubes novamente. Pela primeira vez, um clube da segunda divisão vence a repescagem e o triunfo leva o clube de São Paulo para a primeira divisão depois de mais de 23 anos (a última participação foi em 1994). O Niterói volta à Taça Tupi, 2 anos após seu primeiro descenso.
 

Veja as fotos da partida, por Daniel Venturole

 
A Poli começou exercendo pressão desde os primeiros minutos, tomando conta do seu campo ofensivo e pressionando os rubro-negros contra seu próprio ingoal, que abusaram dos tackles altos e se viram reduzidos a 14 homens com a exclusão de um primeira linha ainda aos cinco minutos. O time da casa aproveitou imediatamente a vantagem numérica e após mais uma penalidade próxima dos 5m, abriu o placar com Beukes, recebendo a bola de Pedro “Gonzo” na saída do scrum e enganou a marcação de Gregg para mergulhar no ingoal aos sete minutos.
 
O revés acordou o Niterói, que nivelou as ações da partida com mais posse de bola, mas não chegou a levar perigo para o adversário. A Poli mostrou muita coordenação no jogo defensivo, fechando todos os espaços na linha e neutralizando os ataques fluminenses que cometeram ainda muitos erros em no ataque, mesmo com o experiente trio Gregg, Robledo e Grael. Gregg tentou descontar com um penal do meio de campo, mas passou rente à trave direita, seguido por erro de Marcelo “Tate” nos minutos finais da etapa. As equipes se alternavam com a bola em mãos sem conseguir sair da zona intermediária do campo, mas o momento era melhor para os visitantes que também ficaram com um homem a mais em campo, até que Beukes mostrou novamente muita habilidade para ampliar, depois de nova saída coordenada com a terceira linha no scrum, quebrando a linha de defesa no meio de campo e fazendo fila na defesa rubro-negra antes de apoiar no ingoal, dessa vez com conversão de Marcelo “Tate”, fazendo 12 a 0 antes do fim do primeiro tempo.
 
A etapa final começou com o Niterói buscando voltar para o jogo, com Gregg anotando penal logo aos três minutos, mas Tate manteve a vantagem em 12 pontos para a Poli quatro minutos mais tarde. Em nova troca de penais, a Poli ampliou sua liderança, após outro chute errado de Gregg, quase sem ângulo, enquanto Tate converteu novo chute frontal.
 
A partida já passava dos trinta minutos e a vantagem de 15 pontos começava a ficar intransponível. Dependendo de mais de dois tries, o Niterói começou a reter mais a posse de bola, mas o nervosismo tomou conta da equipe, que começou a errar cada vez mais mesmo nos fundamentos dando oportunidades para a Poli, que aproveitou para consolidar a sua classificação, com try de João “Mib” aproveitando o vacilo da defesa adversária em matar uma bola fácil e mergulhar no ingoal para delírio da torcida, que já celebrava a classificação.
 
Foi o golpe final nas pretensões do Niterói, que apesar de ainda mostrar muito força no scrum, estava rendido na partida e viu a Poli chegou ao quarto try com Pedro “Gonzo” após mais uma blitz na zona dos 5m adversário. Denis converteu, dando números finais à partida, que acabou minutos depois após mais um ataque frustrado dos visitantes, para completar a festa Politécnica diante da pequena torcida que compareceu para assistir o jogo.
 
O Portal do Rugby elegeu Beukes Cremer como melhor jogador da partida.
 
Placar final: Poli (12) 32 X 03 (00) Niterói
 
Poli
Tries: Beukes (2), João “Mib” e Pedro “Gonzo”
Conversões: Tate (2) e Denis
Penais: Marcelo “Tate” Orefice (2)
 
Niterói
Penal: Daniel Gregg