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Em tarde ensolarada no campo do Gragoatá, em Niterói, foi realizada a disputa de 3º lugar e em seguida a grande final do estadual. a Tradicional equipe do Rio Rugby derrotou com contundência a crescente equipe do Campos e garantiu o bronze da competição, confira o resultado da partida.

Com ambas as equipes dispostas a conquista do 3º lugar, o Rio Rugby buscava lavar a honra com o 3º lugar após a eliminação para o Guanabara nas semifinais. Para isso, A equipe mais antiga do estado do Rio de Janeiro (fundada em 1940) contou com um plantel de experientes atletas estrangeiros de todas as partes do mundo, aliado a uma jovem e promissora categoria de base que vem ganhando cada vez mais destaque na equipe principal.

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Já o Campos buscava uma conquista ainda maior para sua novata equipe; disputando o estadual desde 2010, sendo campeão da série B no mesmo ano e em 2011, a equipe debuta na elite fluminense chegando a disputa de 3º lugar. Mas talvez o maior desafio para os novatos campistas esteja dentro de sua própria equipe, o fantasma das lesões tornou-se um fardo para o clube. Inicialmente cotado para jogar com equipe A e B nas duas divisões estaduais, o numero de lesionados na equipe chegou ao ponto de impedir os mesmos de contarem com um banco de reservas razoável para as ultimas partidas do estadual.

Devido a problemas de uso do campo, o arbitro Paulo Motta só pode iniciar a partida as 13h25 com a equipe do Campos partindo para o ataque com velocidade, o ritmo veloz do primeiro minuto surpreendeu a equipe carioca, que acabou por ceder faltas. Logo aos 2’, o Campos teve a oportunidade de abrir o placar com penal de Osmir Tavares, chutado no travessão.

O ritmo de jogo seguiu de inicio com o equilíbrio entre a pressão do ataque campista contra o já conhecido contra-ataque veloz do Rio Rugby, o Campos criou nova chance de abrir o placar com um try desperdiçado as 8’, aos 10’, novo penal para a equipe campista, desta vez Osmir anota e abre o placar, 3 a 0 para o Campos.

Em desvantagem no placar, o Rio Rugby acordou para a partida. com bons passes e velocidade, o jogo se inverteu e o Rio passou a pressionar os campistas em seu campo de defesa, a pressão surtiu efeito aos 16’, com Edouard Clark anotando o 1º try dos cariocas. Agora em desvantagem no placar, os campistas passaram a buscar a reabilitação, partindo para o ataque, trazendo um equilíbrio novamente a partida.

Seguindo um ritmo disputado, o Rio Rugby teve a melhor oportunidade aos 25’, após uma cobrança de penal perto das 22 adversária, os cariocas conseguem furar a defesa e anotar mais um try, de Joe Lochridge, Justin Thornycroft acerta os postes e converte para 12 a 3.

O jogo mantinha um ritmo equilibrado até os 30’, quando os cariocas começaram a ditar o ritmo de jogo, pressionando no ataque, a oportunidade de try veio aos 33’ com Justin anotando, o reinicio prosseguiu com nova pressão do Rio Rugby, não dando descanso a defesa campista,  Careca anota mais um aos 36’, conversão de justin, levando a partida para o intervalo com vantagem de 24 a 3.

A etapa final do jogo começou como o mesmo ritmo do 1º tempo, o Rio Rugby ditava o ritmo da partida, buscando cansar a defesa campista com velocidade. A equipe carioca ampliou o placar com tries de Careca aos 43’ e Brian aos 52’.

Semelhante ao que ocorreu nas semifinais contra o Niterói, o Campos buscou reabilitar-se levando o jogo para o meio de campo, mas a equipe já mostrava forte desgaste físico, somado a um limitado banco de reservas, culminando em um ataque pouco eficaz diante da defesa carioca que mostrou-se muito veloz diante de todas as investidas adversárias.

Os 10 minutos finais foram implacáveis para a equipe campista, com uma defesa muita exigida ao longo de toda a partida e sem reservas disponíveis, a equipe lutou contra a superioridade técnica e física dos cariocas dentro de seus limites, aos 72’, Careca anota o try.

Aos 76’, a defesa campista comete uma falha grave; Brian interceptou um passe e chutou a bola para o in-goal driblando o ultimo homem campista e ampliando para o Rio Rugby, a pressão prosseguiu até os acréscimos, com Windsor marcando o try derradeiro, encerrando a partida em 49 a 3 para o Rio Rugby.

Ao fim da partida, perguntado sobre o desempenho campista no jogo, Glaucio Merlin declarou “eu posso classificar esse jogo como atípico, atípico de tudo que eu já vi(…)jogamos de forma atipica, jogamos dispersos, parecia que o campeonato já tinha acabado, o pessoal não se deu da forma que tinha  que ter se dado(…)faltou um pouco mais de vontade.”perguntado sobre o desempenho final do campos no campeonato, declarou: “todo o trabalho que nós fizemos foi muito prejudicado durante o campeonato, perdemos o treinador, nosso presidente deixou o clube(…)tudo que fizemos em uma boa pré-temporada foi atrapalhado por questões internas(…) chegamos no quarto lugar por vontade, queriamos ir além mas queríamos também estar aqui, foi aquém do que a gente queria mas foi muito além do que muitos pensavam que a gente podia.”

Perguntado sobre o desempenho de sua equipe, Careca, do Rio Rugby declarou “jogamos bastante, tivemos muito companheirismo agora no jogo, nós vencemos esta etapa, mas infelizmente nós perdemos na semifinal, era para estarmos nessa final que começa agora, mas infelizmente não deu”. Perguntado sobre o que faltou nas semifinais com relação a essa partida, declarou: “faltou mais entrosamento, passe de bola, mais organização, foi o que faltou, não tinhamos feito um belo jogo, mas jogamos bem assim mesmo.”

O Portal do Rugby elegeu Careca, do Rio Rugby, o melhor em campo.

 

Rio Rugby 49 x 3 Campos

Árbitro: Paulo Motta

Auxiliares: Brunno Carvalho e Matheus Moreira

Local: UFF Gragoatá – Niterói, RJ

 

Rio Rugby

Tries: Edouard Clark (1), Joe Lochridge (1), Justin Thornycroft (1), Careca (3), Brian (2), Windsor (1)

Conversões: Justin Thornycroft (2)

 

Campos

 

Penal: Osmir Tavares


escrito por Cassio V. Venturi