Foto: Sudamerica Rugby

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ARTIGO COM VÍDEOS -O Brasil se despediu do Campeonato Sul-Americano de 2020 com nova derrota, desta vez para o Chile – que não vencia o Brasil desde 2017. Placar de 26 x 13 para os chilenos, em jogo que não valia pontos no Ranking e que, por isso, serviu para os treinadores fazerem testes após a longa pausa da pandemia.


O Chile se colocava como favorito na partida pelo grande desempenho nos jogos contra Argentina (derrota por apenas 26 x 25) e Uruguai (vitória por 22 x 21) e precisa do bônus ofensivo para ter chances de título. No entanto, os Condores, do técnico uruguaio Pablo Lemoine, saíram de campo sem o objetivo máximo, apenas de celebrarem a vitória importante.

Quem começou melhor, todavia, foi o Brasil – como vinha sendo marca nos últimos jogos. Logo aos 6′, o lateral brasileiro funcionou e Rauth serviu Buda, que rompeu a linha e cravou o primeiro try dos Tupis.

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Os Cóndores logo mostrarem ao que vieram e trabalharam bem com seus avançados as fases para empurrar o Brasil para a defesa. Aos 18′, após scrum nas 22, os Tupis não resistiram e o capitão Sigren marcou o try do empate andino no pick and go.

O Brasil teve bons momentos na sequência, mas quem pontuou de novo foi o Chile, com penal aos 22′ convertido por Videla. Porém, os Tupis souberam trabalhar bem o embate físico com os chilenos e Moisés chutou penal para novo empate aos 30′.

Antes da pausa, no entanto, o Chile teve superioridade e, após optar por tentar try após penal, parou na defesa brasileira e decidiu fechar o primeiro tempo com Videla arrematando novo penal. Antes, Urroz havia perdido drop goal frontal, quando os vermelhos jogavam em vantagem. O Brasil ainda teve uma última chance com lateral nas 22, mas desperdiçou. 13 x 10.

As substituições vieram no segundo tempo e o primeiro revés foi sentido pelo Brasil, com Kauã recebendo amarelo logo após entrar. O Brasil vibrou muito ao ganhar scrum na defesa na sequência e, pouco depois, Josh chutou penal que empatava a partida. Contudo, o Chile soube capitalizar com um homem a mais e, aos 57′, os vermelhos contra-golpearam, com Matías Garafulic chutando bola que foi pingando até o in-goal, para o desespero da defesa brasileira. Larenas mergulhou e cravou o try decisivo dos Cóndores.

O Brasil sentiu o golpe nos 20 minutos finais e não conseguiu mais reagir. Bem fisicamente, o Chile cresceu, Urroz somou mais 3 pontos com penal de longa distância, e o jogo estava ganho. No fim, Videla ainda chutou novo penal, mas o Chile acabou não conseguindo os tries necessários para o bônus.

Ao final da partida, os números brasileiros evoluíram, com equilíbrio nos scrums e laterais com o Chile, mas ainda cedendo mais penais que o oponente (15 penais cedidos pelos Tupis, contra 8 pelos Cóndores).

“Foi uma partida muito física e com o passar do jogo começamos a ficar cansados, depois de jogar três partidas em dez dias, falhamos um pouco nas formações fixas e ficou complicado para nós. O bom é que somos um grupo jovem, que vai ter um grande futuro”, comentou Felipe Sancery após o jogo.

Agora, o Brasil espera a confirmação de amistosos contra Portugal em novembro.

 

13versus copiar26

Brasil 13 x 26 Chile, em Montevidéu

Árbitro: Francisco González (Uruguai)

Brasil

Try: Buda

Conversão: Moisés (1)

Penais: Moisés (1) e Josh (1)

15 Laurent Bourda-Couhet, 14 Robert Tenório, 13 Felipe Sancery (c), 12 Moisés Duque, 11 Daniel Sancery, 10 Lucas Spago, 9 Douglas Rauth, 8 André “Buda” Arruda, 7 Adrio de Melo, 6 Yan Rosetti, 5 Gabriel Paganini, 4 Gabriel “Fúria” Oliveira, 3 Matheus “Blade” Rocha, 2 Lucas Abud, 1 Wilton “Nelson” Rebolo;

Suplentes: 16 Alexandre “Texugo” Alves, 17 – Endy Pinheiro, 18 Henrique “Caminhoneiro” Ferreira, 19 Kauã Guimarães, 20 Devon Muller, 21 Felipe Gonçalves, 22 Josh Reeves, 23 Lorenzo Massari, 24 Daniel “Maranhão” Lima, 25 Guilherme “Gaúcho” Dias, 26 Matheus Cruz;

Chile

Tries: Sigren e Larenas

Conversões: Videla (2)

Penais: Videla (3) e Urroz (1)

15 Francisco Urroz, 14 Matias Garafulic, 13 Domingo Saavedra, 12 Franco Velarde, 11 Julio Blanc, 10 Santiago Videla, 9 Marcelo Torrealba, 8 Nicolás Garafulic, 7 Ignácio Silva, 6 Martín Sigren (c), 5 Javier Eissmann, 4 Clemente Saavedra, 3 Matías Dittus, 2 Tomás Dussaillant, 1 Javier Carrasco;

Suplentes: 16 Augusto Bohme, 17 Iñaki Gurruchaga, 18  Salvador Lues, 19 Santiago Pedrero, 20 Raimundo Martínez, 21 Alfonso Escobar, 22 Jan Hasenlechner, 23 Anton Petrowitsch, 24 José Larenas, 25 Rodrigo Fernández, 26 Diego Warnken;

 EquipeApelidoPJVED4+-7PPPCSP
Argentina XVArgentina XV143300201185860
Chile XVCóndores9320101725913
Uruguai XVTeros53102016592-27
Brasil XVTupis03003004591-46
- Vitória = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota = 0 pontos;
- Anotar 4 ou mais tries = 1 ponto extra;
- Perder por 7 pontos ou menos de diferença = 1 pontos extra;

1 COMENTÁRIO

  1. Time mostrou muitas possibilidades e acredito que passamos a contar com mais atletas nos Tupis, sendo assim o objetivo deste torneio foi cumprido. Agora é ver se teremos mais jogos com Portugal para darmos mais rodagem a estes novos jogadores e a partir de 2021 iniciarmos a busca por uma vaga na França 2023.