Waikato e Wellington fizeram clássico da rodada de abertura da Mitre10 Cup neozelandesa. Foto: Mitre10 Cup

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ARTIGO COM VÍDEOS – A competição de províncias neozelandesa, a Mitre 10 Cup (nome comercial para NPC, National Provincial Championship), já começou, com os elencos a serem apetrechados com os vários All Blacks do recente passado e de agora a alinhar pelas suas equipes, seja em Taranaki (dois dos três irmãos Barrett jogaram), Tasman (Will Jordan e Sevu Reece por exemplo) ou Auckland (os irmãos Ioane deram a sua força à sua equipe de sempre).

Os destaques de mais um fim de semana de muito rugby na Nova Zelândia! Clique aqui para conferir qual o formato de disputas da competição.

A equipe da semana: Waikato

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Fogo, espetáculo, piromania, explosivo e intenso, são só alguns dos adjetivos ou etiquetas que podemos adjudicar à exibição da formação de Waikato, que elevou-se nas asas do soberbo Damian McKenzie, responsável por um ensaio, uma assistência e ainda mais 28 pontos ao pé, numa daquelas exibições à DMAC dos melhores tempos, nesta vitória por 53-28. A equipa treinada por Andrew Strawbridge (treinador adjunto da franquia de Super Rugby dos Chiefs) foi constantemente superior durante o seu embate ante a compacta adversária de Wellington, apostando numa combinação de jogo mais ágil e rápido, evitando bloquear a oval em jogadas mais pesadas ou nos pontapés para as costas, muito baseado na genialidade de Damian McKenzie e Anton Lienert-Brown, que foram bem coadjuvados por Quinn Tupaea e o regressado Patrick Osborne (regressou do Japão esta época), imputando aquele rugby clássico dos Chiefs.

É verdade que ajuda ter no pack de avançados jogadores dotados não só de uma fisicalidade dominante mas também de poderem ser unidades de grande mobilidade no rugby contínuo, com Luke Jacobson e Mitch Jacobson, criando surpreendentes dificuldades a um bloco contrário que “só” tinha Ardie Savea, James Blackwell, Asafo Aumua ou Duplessis Kirifi. Independentemente de terem do outro lado um elenco extremamente bem reforçado a nível individual (Julian Savea jogou pela 1ª vez em solo neozelandês desde 2018 e até marcou um ensaio logo a abrir o encontro), os Waikato Mooloos (é a alcunha oficial deste clube provincial) não consentiram nas formações estáticas, impuseram um equilíbrio notável no choque físico e deram vida à oval sempre que viram uma oportunidade e espaço para desenvolver aquele virtuosismo ofensivo sempre baseado nas invenções de Damian McKenzie.

A surpresa: Northland

A par de Southland, Northland foi uma das piores equipas das províncias da Nova Zelândia em 2019, terminando nessa época em penúltimo lugar da Championship (2ª divisão) com apenas 11 pontos somados… contudo, 2020 começou de forma completamente diferente, já que Northland arrancou logo uma vitória bonificada ante os Counties Manawatu, muito inspirada pelo trabalho assertivo de Josh e Jack Goodhue (o centro foi um predador em termos de conquistar a linha de vantagem), Tom Robinson e Sam Nock, virando uma desvantagem de 03-20 para 36-29 no final dos 80 minutos.

A evolução da estratégia de 2019 para 2019 foi notória, explorando uma mobilidade penetrante baseada em rápidas combinações entre o 9-12 ou 9-10-14 a partir de um ruck mais desenvolvido, o que força desde logo uma ruptura no bloco defensivo adversário, como aconteceu ao elenco de Manawatu, tendo estes sofrido com aquele handling vibrante de Jack Goodhue. Poucos esperavam por ver um Northland tão em sincronia e competente, com um alto aproveitamento de oportunidades, sem esquecer a agressividade imposta a partir do alinhamento, tendo feito constantemente mossa no elenco opositor.

O MVP: Damian McKenzie (Waikato)

Damian McKenzie é realmente um jogador diferente, possuidor de características técnicas que rapidamente alteram o sentido de um jogo, com isto a acontecer exatamente na recepção à equipe de Wellington tanto pelos arranques praticamente impossíveis de parar (quatro quebras de linha e mais uns quantos sprints que acabaram na área de validação), um jogo ao pé refinado e que submete uma pressão asfixiante ao adversário ou aquela visão que descobre os melhores espaços e oportunidades num espaço de tempo pequeno e só ao nível de jogadores-referências.

Os 38 pontos somados logo na jornada de abertura de Mitre10 lançam um sério aviso aos adversários dos Waikato Mooloos e que deve ser tomado com toda a atenção necessária, pois Damian McKenzie é uma unidade com poderes para alterar o fluxo de jogo seja ao pé, mão ou no comandar das movimentações de ataque.

Auckland vence Otago, Read estreia por Counties

Entre as outras partidas, destaque para a vitória do Auckland sobre o Otago em clássico nacional da jornada: 38 x 06. Por sua vez, o atual campeão Tasman fez 41 x 24 sobre o Counties Manukau (que teve o veterano Kieran Read em campo, retornando à Nova Zelândia), enquanto o poderoso Canterbury se impôs sobre North Harbour por 43 x 29. Por sua vez, Taranaki dos Barretts) venceu Bay of Plenty em suados 36 x 29 e, por fim, Southand, que vinha sendo o pior time da Mitre10 Cup recentemente, se reergueu vencendo Hawke’s Bay por 16 x 10.




Mitre 10 Cup – Campeonato Neozelandês

North Harbour 29 x 43 Canterbury

Waikato 53 x 28 Wellington

Otago 06 x 38 Auckland

Counties Manukau 24 x 41 Tasman

Northland 43 x 26 Manawatu

Taranaki 36 x 29 Bay of Plenty

Southland 16 x 10 Hawke’s Bay

 Equipes (Províncias)ApelidosCidade(s)JogosPontos
Premiership - 1ª divisão
AucklandGullsAuckland1036
TasmanMakosNelson e Blenheim1033
bay of plentyBay of PlentySteamersRotorua e Tauranga1031
WaikatoMooloo MenHamilton1029
CanterburyLambsChristchurch1029
wellington lionsWellingtonLionsWellington1029
North HarbourHibiscusAuckland (Norte)1027
Championship - 2ª divisão
hawkes bayHawke's BayMagpiesNapier1036
OtagoRazorbacksDunedin1030
NorthlandTaniwhaWhangarei1024
TaranakiBullsNew Plymouth1024
SouthlandStagsInvercargill1016
counties manukauCounties ManukauSteelersPukekohe 1014
Manawatu TurbosPalmerston North109
- Vitória = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota = 0 pontos;
- Anotar 4 ou mais tries = 1 ponto extra;
- Perder por diferença de 7 pontos ou menos = 1 ponto extra;

- Premiership: 1º ao 4º ligares = classificação às Semifinais pelo título;
- Premiership: 7º lugar = rebaixamento ao Championship 2016;
- Championship: 1º ao 4º lugares = classificação às Semifinais pela promoção à Premiership 2016

 

Números

Maior marcador de pontos (equipe): Waikato – 53 pontos
Maior marcador de tries (equipe): Northland e Canterbury – 6 tries
Maior marcador de pontos (jogador): Damian McKenzie (Waikato) – 33 pontos
Maior marcador de tries (jogador): Vários – 2
Melhor da Jornada: Damian McKenzie (Waikato)

 

 

Farah Palmer Cup – Campeonato Neozelandês Feminino

North Harbour 17 x 67 Bay of Plenty

Manawatu 10 x 36 Canterbury

Waikato 76 x 14 Taranaki

Tasman 00 x 62 Wellington

Northland 22 x 29 Auckland

Otago 29 x 20 Hawke’s Bay