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Boks x Pumas 1 2012

O momento que todos esperavam: a histórica estreia da Argentina no Rugby Championship! Os Pumas viajaram à Cidade do Cabo, África do Sul, para o primeiro confronto contra os Springboks, e sofreram uma dura derrota no estádio de Newlands. 27 x 6. Os sul-africanos batalharam no fim para conseguirem o ponto-bônus ofensivo, mas terminaram o jogo com 3 tries anotados. Para os argentinos, não saiu o primeiro try na competição no primeiro jogo.

Os Boks pressionaram em busca de uma importante primeira vitória desde o início da disputa. Logo aos 2′, o capitão Jean de Villiers fez boa jogada com Habana, mostrando toda a gana da equipe por tries. Os Pumas se defenderam, mas cederam o primeiro penal, que Morné Steyn não desperdiçou. 3 x 0.

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Os Pumas começaram bem, conseguindo manter a posse da bola no campo ofensivo. Aos 13′, Juan Martín Hernández anotou os históricos 3 primeiros pontos dos Pumas no Rugby Championship, por meio de um penal.

Porém, o troco verde-e-ouro veio pouco depois, aos 17′, e foi implacável. Em rápida jogada da linha, Morné Steyn serviu Zane Kirchner, aproveitando o erro de Amorosino. O fullback sul-africano não titubeou e correu para cravar o primeiro try do jogo, convertido por Morné Steyn. 10 x 3. Mais incisiva em campo, a África do Sul anotou novamente, por meio de novo penal chutado por Morné Steyn. 13 x 3.

Os argentinos equilibraram as ações, mas escolheram o caminho mais dificil, isto é, optaram por explorar o jogo de contato, no qual os Boks são infalíveis. A vantagem pendia para os anfitriões, que arrancaram novo penal dentro da área das 22 dos Pumas. Contudo, os sul-africanos optaram pelo chute para a lateral. A estratégia deu frutos. Os Boks mantiveram a posse da bola e, após um poderoso maul, Coetzee mergulhou para o segundo try do time da casa, pela ponta, novamente convertido por Morné Steyn.

A Argentina voltou a equilibrar as ações, se igualando aos Boks na posse de bola e mantendo um bom aproveitamento em laterais e scrums. As fases dos avançados argentinos resultaram em penal favorável, e Hernández aproveitou para reduzir a vantagem, 20 x 6. Os argentinos conseguiram segurar a pressão sul-africana no fim do primeiro tempo. Jean de Villiers ainda tentou arrancar um try no fim, mas o jogo foi para o intervalo em 20 x 6.

Logo no início do segundo tempo, Alberts cometeu um tackle alto, e os Pumas tiveram a primeira chance com penal de longa distância. Bosch, entretanto, não foi feliz. Logo na sequência, Hernández teve outras duas chances com penal, e desperdiçou ambos. Foram 3 chances claras em 5 minutos, e os Pumas não pontuaram. Imperdoável.

A grande virtude dos Pumas nesse início de jogo era o volante, fazendo um verdadeiro estrago na defesa dos Boks. Os penais desperdiçados esfriaram o ímpeto argentino, e os Boks passaram a preponderar. Em nova pressão com os avançados, os sul-africanos arrancaram um penal e, mais uma vez, ousaram, arriscando o chute para a lateral. A decisão foi sábia. Após o lateral, Morné Steyn brilhantemente desferiu um chute cruzado para dentro do in-goal. Habana voou, apanhou, e cravou o terceiro try, sepultando os Pumas.

A Argentina não conseguiu mais entrar no jogo e agredir os sul-africanos. Aos 65′, Habana puxou o contra-ataque, mostrando a categoria da linha verde-e-ouro. Aos 68′, ele novamente puxou outro contra-ataque, quebrando muitos tackles até ser derrubado pela retaguarda sul-americana.

No fim do jogo, os Springboks buscaram o precioso quarto try, que lhes conferiria um ponto-bônus ofensivo e a liderança isolado do certame. Para tal, os sul-africanos fizeram uso de seus avançados, mas não obtiveram sucesso. Os argentinos jogaram os minutos finais pelo orgulho, e impediram o quarto try Bokke.  27 x 6, placar final.

 

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África do Sul 27 x 6 Argentina, na Cidade do Cabo 

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África do Sul: 15 Zane Kirchner, 14 Bryan Habana, 13 Jean de Villiers (c), 12 Frans Steyn, 11 Lwazi Mvovo, 10 Morné Steyn, 9 François Hougaard, 8 Keegan Daniel, 7 Willem Alberts, 6 Marcell Coetzee, 5 Andries Bekker, 4 Eben Etzebeth, 3 Jannie du Plessis, 2 Bismarck du Plessis, 1 Tendai Mtawarira.

Suplentes: 16 Adriaan Strauss, 17 Pat Cilliers, 18 Flip van der Merwe, 19 Jacques Potgieter, 20 Ruan Pienaar, 21 Pat Lambie, 22 JJ Engelbrecht.

Técnico: Heyneke Meyer

 

Argentina: 15 Lucas González Amorosino, 14 Gonzalo Camacho, 13 Marcelo Bosch, 12 Santiago Fernández, 11 Horacio Agulla, 10 Juan Martín Hernández, 9 Nicolás Vergallo, 8 Juan Martín Fernández Lobbe (c), 7 Álvaro Galindo, 6 Julio Farías Cabello, 5 Patricio Albacete, 4 Manuel Carizza, 3 Juan Figallo, 2 Eusebio Guiñazú, 1 Rodrigo Roncero.

Suplentes: 16 Bruno Postiglioni, 17 Marcos Ayerza, 18 Juan Pablo Orlandi, 19 Tomás Leonardi, 20 Leonardo Senatore, 21 Martín Landajo, 22 Martín Rodríguez.

Técnico: Santiago Phelan

Árbitro: Steve Walsh (Austrália)