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Sábado é o dia do encerramento dos amistosos internacionais de fim de ano – bem como de todos os jogos internacionais de rugby XV de 2014. Três jogos encerrarão as disputas: Brasil x Paraguai, Inglaterra x Austrália e Gales x África do Sul.

Para o jogo contra os galeses, os Springboks anunciaram cinco alterações com relação ao grupo que bateu a Itália na semana passada. Entre os avançados, há duas alterações, ambas na primeira linha: as voltas de Bismarck Du Plessis e Tendai Mtawarira, nos lugares de Strauss e Nyakane. Já na linha, as novidades são os retornos de Cornal Hendricks e Willy Le Roux e a entrada de Lwazi Mvovo. A África do Sul empolgou neste ano, apesar da derrota para a Irlanda, e busca uma grande apresentação final para entrar inspirada em 2015.

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Gales, por sua vez, não vem encantando a ninguém e, com o “grupo da morte” pela frente na Copa do Mundo, precisa de uma vitória impactante para entrar com maiores ambições em 2015. Para o desafio com os Boks, os galeses terão três novidades, com Gethin Jenkins, Scott Baldwin e Liam Williams entrando entre os titulares. A ausência de George North é a grande baixa.

No mesmo horário, Austrália e Inglaterra se enfrentam em Twickenham. O confronto se repetirá na Copa do Mundo como um dos jogos mais aguardado da competição. Para o desafio, a mandante Inglaterra efetuou três alterações em seu elenco, com Billy Twelvetrees entrando no lugar de Owen Farrell no centro. Tom Wood e Dylan Hartley também entram na equipe.

Já os Wallabies contarão igualmente com três mudanças no XV titular. Entram no time Rob Simmons – fazendo seu 50º jogo pela Austrália – Rob Horne – no lugar do lesionado Kuridrani – e Sean McMahon. O jogo promete muito entre duas seleções que não empolgaram neste mês. Os ingleses falharam nos jogos contra seus grandes concorrentes pelo título mundial, Nova Zelândia e África do Sul, e terão que passar pela Austrália para provarem seu poder de fogo. Os Wallabies, por outro lado, perderam para a Irlanda e para a França, tendo batido em novembro apenas Gales entre as potências europeias.

 

E Brasil x Paraguai? – Por Daniel Venturole

Sem dúvida alguma um dos grandes clássicos sul-americanos, Tupis e Yacarés se enfrentam nesse sábado pela primeira vez em São José dos Campos. A história dos confrontos favorece os paraguaios, por 12 a 10 vitórias, mas o histórico recente é brasileiro. O primeiro confronto entre os dois países se deu em 1970, com vitória brasileira por 12 x 3. Em 1977 veio a primeira vitória paraguaia e, a partir dos anos 1980, os paraguaios estabeleceram uma hegemonia no confronto, ficando invictos contra o Brasil entre 1979 (ano do último triunfo brasileiro) e 2008, quando, enfim, o Brasil voltou a vencer os Yacarés, em jogo épico em Assunção, encerrado em 9 x 6. Desde então, foram mais seis duelos, com apenas duas vitórias paraguaias, incluindo o último jogo, em 2014, pelo Sul-Americano (31 x 24).

É com esse histórico recente favorável que os Tupis fazem seu último jogo no ano, buscando reencontrar o caminho das vitórias, após um ano de altos e baixos, que contou com vitória histórica sobre o Chile, mas com derrotas para Nordeste argentino, Paraguai, Uruguai (tanto para o time principal como para o reserva). O último jogo, em especial, que marcou a estreia de Rodolfo Ambrosio como técnico do Brasil, foi particularmente apático da parte do time brasileiro que, evidentemente, ainda está se adaptando ao novo treinador – que também está conhecendo os jogadores brasileiros – e se entrosando, após novas inclusões no elenco. Mais do que natural a derrota contra os Charruas, debaixo de sol forte, e que poderá ser melhor avaliada após justamente o jogo com o Paraguai.

Do lado dos Yacarés, outro argentino, o ex-Puma Mauricio Reggiardo, já marcou seu nome na história do Paraguai ao dar ao time sua melhor campanha na história em um torneio sul-americano, resgatando o orgulho e a confiança do time guarani. Reggiardo faz um trabalho particularmente bom, com foco e força na qualidade do pack paraguaio, que poderá dar trabalho ao Brasil novamente. Contra os Charruas, o Brasil encarou bem no primeiro tempo o scrum oponente, ganhando várias formações, mas perdeu rendimento na segunda etapa. O desafio novo está dado e servirá como um ótimo teste para o novo grupo que vem se formando para 2015.

 

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12h00 – Brasil x Paraguai, em São José dos Campos

Árbitro: Joaquin Montes (Uruguai)

Brasil: 1 – Jonatas Paulo “Chabal”, 2 – Daniel Danielewicz “Nativo”, 3 – Jardel Vettorato, 4 – Lucas Piero de Moraes “Bruxinho”, 5 – Pedro Rosa, 6 – Saulo Oliveira, 7 – João Luiz da Ros “Ige”, 8 – Nick Smith, 9 – Bruno Silva “Bruninho”, 10 – Rafael Morales “Grilo”, 11 – Rodolfo Sampaio Veiga “Rodox”, 12 – Eduardo Melloto “Duka” , 13 – Mateus Estrela, 14 – Lucas Tranquez “Zé”, 15 – Guilherme Coghetto. 

Suplentes: Bruno Rossi “Brunão”, Diogo Paixão, Filipe Oliveira Bicudo, Laurent Bourda, Lucas Abud, Moisés Cavalleri “Monte”, Nelson Oliveira “Nelsinho”, Pedro Di Pilla, Geanfranco Rodrigues de Oliveira “Gean”, João Pires de Oliveira Neto “Torosso”.

Paraguai: 1 Omar Rojas, 2 Juan Gavigan, 3 Alvaro Rojas, 4 Felix Zarate, 5 Willians Portillo, 6 Carlos Plate, 7 Sebastian Salinas, 8 Miguel Jara, 9 Gonzalo Bareiro, 10 Adrian Bogado, 11 Eymar Brizuela, 12 Pablo Espinola, 13 Diego Argaña, 14 Julio Romero, 15 Gerard Cuttier.

Suplentes: 16 Cristian Martinez, 17 Igor Kostianosky, 18 Matías Carbonatti, 19 Alejandro Montiel, 20 Jose Lezcano, 21 Matthews Ortiz, 22 Mateo Arevalo, 23 Horacio Aguero.

Histórico: 22 jogos, 12 vitórias do Paraguai e 10 vitórias do Brasil.

 

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12h30 – Inglaterra x Austrália, em Londres

Árbitro: Jérôme Garcès (França)

Inglaterra: 15 Mike Brown, 14 Anthony Watson, 13 Brad Barritt, 12 Billy Twelvetrees, 11 Jonny May, 10 George Ford, 9 Ben Youngs, 8 Ben Morgan, 7 Chris Robshaw (c), 6 Tom Wood, 5 Courtney Lawes, 4 Dave Attwood, 3 David Wilson, 2 Dylan Hartley, 1 Joe Marler.

Suplentes:16 Rob Webber, 17 Matt Mullan, 18 Kieran Brookes, 19 George Kruis, 20 James Haskell, 21 Richard Wigglesworth, 22 Owen Farrell, 23 Marland Yarde.

Austrália: 15 Israel Folau, 14 Henry Speight, 13 Adam Ashley-Cooper, 12 Matt Toomua, 11 Rob Horne, 10 Bernard Foley, 9 Nick Phipps, 8 Ben McCalman, 7 Michael Hooper (c), 6 Sean McMahon, 5 Rob Simmons, 4 Sam Carter, 3 Sekope Kepu, 2 Saia Fainga’a, 1 James Slipper.

Suplentes: a definir

Histórico: 42 jogos, 24 vitórias da Austrália, 17 vitórias da Inglaterra e 1 empate. Último jogo: Inglaterra 20 x 13 Austrália, em 2013.

 

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12h30 – Gales x África do Sul, em Cardiff

Árbitro: John Lacey (Irlanda)

Gales: 15 Leigh Halfpenny, 14 Alex Cuthbert, 13 Jonathan Davies, 12 Jamie Roberts, 11 Liam Williams, 10 Dan Biggar, 9 Rhys Webb, 8 Taulupe Faletau, 7 Sam Warburton (c), 6 Dan Lydiate, 5 Alun Wyn Jones, 4 Jake Ball, 3 Samson Lee, 2 Scott Baldwin, 1 Gethin Jenkins.

Suplentes: 16 Emyr Phillips, 17 Aaron Jarvis, 18 Rhodri Jones, 19 Luke Charteris, 20 James King, 21 Mike Phillips, 22 Rhys Priestland, 23 Scott Williams.

África do Sul: 15 Willie le Roux, 14 Cornall Hendricks, 13 Jan Serfontein, 12 Jean de Villiers (c), 11 Lwazi Mvovo, 10 Pat Lambie, 9 Cobus Reinach, 8 Duane Vermeulen, 7 Oupa Mohoje, 6 Marcell Coetzee, 5 Victor Matfield, 4 Eben Etzebeth, 3 Coenie Oosthuizen, 2 Bismarck du Plessis, 1 Beast Mtawarira.

Suplentes: 16 Adriaan Strauss, 17 Trevor Nyakane, 18 Julian Redelinghuys, 19 Lood de Jager, 20 Nizaam Carr, 21 Francois Hougaard, 22 Handré Pollard, 23 Damian de Allende

Histórico: 29 jogos, 27 vitórias da África do Sul, 1 vitória de Gales e 1 emptate. Último jogo: África do Sul 31 x 30 Gales, em 2014.