Inglaterra e África do Sul celebram grandes vitórias

Tempo de leitura: 7 minutos

ARTIGO COM VÍDEOS – O sábado foi recheado de grandes jogos internacionais e seleções do alto escalão do rugby mundial estiveram frente a frente. Em Pretória, a África do Sul largou com vitória sua série de três duelos contra a França, 37 x 14, ao passo que em San Juan a Argentina caiu contra uma jovem seleção inglesa (desfalcada de seus Lions) por 38 x 34, em um jogaço decidido no apagar das luzes. Já Itália e Escócia se enfrentaram em Singapura e os escoceses levaram a melhor, 34 x 13.

Na África ainda rolou mais uma partida, com o Quênia vencendo Uganda por 23 x 17.

Springboks quebram jejum de vitórias

África do Sul e França iniciaram série de 3 amistosos em solo sul-africano com um confortável triunfo dos Springboks por 37 x 14, que pôs fim à sequência de 5 partidas sem vitórias.

Allister Coetzee, treinador os Boks, apostou em um elenco renovado para superar a crise sul-africano e colocou em campo nada menos que 5 debutantes. O “chacoalhão” fez efeito e os Boks fizeram um jogo com confiança, abrindo 6 x 0 com penais de Jantjies nos primeiros 15′. Os Boks tiveram que segurar algumas boas ações de velocidade dos franceses e, aos 31′, Jesse Kriel disparou para o primeiro try dos verde e ouros no jogo. A França, no entanto, reagiu antes do intervalo, com Huget correndo na ponta e chutando a bola para o in-goal, fazendo a ovalada sorrir para Chavancy fazer o try. 16 x 7 no intervalo.

Quem largou melhor a segunda etapa foram os Bleus e o scrum-half Baptiste Serin deu as cartas aos 55′, aplicando lindo dummy após ruck para mergulhar para o segundo try francês, que deixou o marcador em aberto em 16 x 14. A França ultrapassava a marca dos 70% de posse de bola e domínio territorial, mas foi incapaz de achar os espaços e pagou o preço.

Aos 60′, Brice Dulin recebeu cartão amarelo por segurar Skosan no in-goal, impedindo o sul-africano de fazer o try após chute em contra golpe de velocidade. O resultado foi penal try a favor dos anfitriões e um homem a menos para os azuis. Com isso, aos 61′, o scrum-half Ross Cronjé não perdoou e aproveitou o espaço aberto pela defesa francês após lateral. Nocaute, que levou a mais um try sul-africano aos 68′, com Serfontein correndo para a festa da torcida, dando números finais à disputa.

Os dois times duelarão novamente no próximo sábado, em Durban.

3714

África do Sul 37 x 14 França, em Pretória

Árbitro: Glen Jackson (Nova Zelândia)

África do Sul

Tries: Kriel, penal try, Cronjé e Serfontein

Conversões: Coetzee (1) e Jantjies (1)

Penais: Jantjies (3)

15 Andries Coetzee, 14 Raymond Rhule, 13 Jesse Kriel, 12 Jan Serfontein, 11 Courtnall Skosan, 10 Elton Jantjies, 9 Ross Cronje, 8 Warren Whiteley (c), 7 Oupa Mohoje, 6 Siya Kolisi, 5 Franco Mostert, 4 Eben Etzebeth, 3 Frans Malherbe, 2 Malcolm Marx, 1 Tendai Mtawarira;

Suplentes: 16 Bongi Mbonambi, 17 Steven Kitshoff, 18 Coenie Oosthuizen, 19 Pieter-Steph du Toit, 20 Jean-Luc du Preez, 21 Francois Hougaard, 22 Frans Steyn, 23 Dillyn Leyds;

França: 15 Brice Dulin, 14 Yoann Huget, 13 Henry Chavancy, 12 Gaël Fickou, 11 Virimi Vakatawa, 10 Jules Plisson, 9 Maxime Machenaud, 8 Louis Picamoles, 7 Loann Goujon, 6 Yacouba Camara, 5 Yoann Maestri (c), 4 Julien le Devedec, 3 Uini Atonio, 2 Clément Maynadier, 1 Jefferson Poirot;

Suplentes: 16 Camille Chat, 17 Eddy Ben Arous, 18 Mohamed Boughanmi, 19 Bernard le Roux, 20 Kévin Gourdon, 21 Baptiste Serin, 22 Jean-Marc Doussain, 23 Vincent Rattez;

Los Pumas não seguram em casa a Inglaterra “1.5”

Em San Juan, no sopé dos Andes, Argentina e Inglaterra fizeram seu primeiro de dois amistosos em solo argentino, com a Inglaterra enviando uma seleção sem nada menos que 17 atletas chave que estão defendendo os British and Irish Lions. Ainda assim, mesmo apostando na juventude, o técnico Eddie Jones provou ser munido de uma talentosa e promissora geração e fez seu elenco dar mais frutos, aproveitando uma instável seleção argentina, que não passa por bom momento. 38 x 34 foi o placar em um jogo de arrepiar decidido apenas no fim.

A Argentina começou forte, com Boffelli cravando o primeiro try aos 8′. Mesmo com menos posse de bola, a Inglaterra reduziu a diferença para 7 x 6 com 2 penais de Ford e virou o marcador em arrancada de Yarde aos 30′. Lavanini, contudo, reconduziu os Pumas à dianteira com try aos 37′, no pick and go. 14 x 13.

O jogo se abriu na volta dos vestiários e, aos 47′, Hnery Slade aplicou a finta e serviu Jonny May com os pés para a corrida do ponta e mais um try da Rosa. A Argentina respondeu rápido, com Landajo aproveitando avenida formada na saída do scrum para correr e servir Jerónimo de la Fuente para o terceiro try argentino, aos 51′. O baque foi sentido pela Rosa e, aos 53′, foi a vez de Joaquin Tuculet marcar, finalizando jogada de mãos maiúscula dos Pumas, que saíram com passes desde as 22 de defesa.

O problema é que a Inglaterra estava muito viva e George Ford marcou o terceiro try dos visitantes em contra ataque de velocidade. Com o jogo entrando em seus momentos derradeiros, Juan Martín Hernández recolocou a Argentina na frente com lindo drop goal, aos 77′, mas os ingleses roubaram a cena com Solomona atropelando a defesa argentina no lance final para cravar um try arrebatador assegurando a vitória por 38 x 34.

Jogo de gala que será reeditado no sábado que vem em Santa Fé.

3438

Argentina 34 x 38 Inglaterra, em San Juan

Árbitro: Nigel Owens (Gales)

Argentina

Tries: Boffelli, Lavanini, De la Fuente e Tuculet

Conversões: Sánchez (4)

Penais: Sánchez (1)

Drop goal: Hernández (1)

15 Joaquin Tuculet, 14 Matias Moroni, 13 Matias Orlando, 12 Jerónimo de la Fuente, 11 Emiliano Bofelli, 10 Nicolás Sánchez, 9 Martin Landajo, 8 Juan Manuel Leguizamón, 7 Javier Ortega Desio, 6 Pablo Matera, 5 Tomás Lavanini, 4 Matias Alemanno, 3 Enrique Pieretto, 2 Agustín Creevy, 1 Lucas Noguera Paz;
Suplentes: 16 Julian Montoya, 17 Santiago Garcia Botta, 18 Nahuel Tetaz Chaparro, 19 Guido Petti, 20 Leonardo Senatore, 21 Gonzalo Bertranou, 22 Juan Martin Hernández, 23 Ramiro Moyano;

Inglaterra

Tries: Yarde, May, Ford e Solomona

Conversões: Ford (3)

Penais: Ford (4)

15 Mike Brown, 14 Marland Yarde, 13 Henry Slade, 12 Alex Lozowski, 11 Jonny May, 10 George Ford, 9 Danny Care, 8 Nathan Hughes, 7 Tom Curry, 6 Mark Wilson, 5 Charlie Ewels, 4 Joe Launchbury, 3 Harry Williams, 2 Dylan Hartley (c), 1 Ellis Genge;
Suplentes: 16 Jack Singleton, 17 Matt Mullan, 18 Will Collier, 19 Nick Isiekwe, 20 Don Armand, 21 Jack Maunder, 22 Piers Francis, 23 Denny Solomona;

Singapura assiste triunfo escocês

Pela primeira vez, a cidade-Estado de Singapura recebe uma partida entre seleções de ponta do rugby mundial e pouco mais de 8 mil torcedores assistiram a Escócia – desprovida de 3 de seus atletas principal, Hogg, Laidlaw e Seymour, que estão com os Lions – derrotar a Itália – sem Sergio Parisse – por confortáveis 34 x 13.

O primeiro tempo do embate foi ruim, de muitos erros e poucos espaços, que se estendeu em 3 x 3 até os 39′, quando Ali Price guardou o primeiro try escocês, achando o espaço no flanco da defesa italiana. Os Azzurri não assimilaram bem o golpe e ainda antes do intervalo Tim Visser apanhou chute brilhante de Russell nas costas da defesa azul para marcar o segundo try escocês.

O segundo tempo começou com pressão total da Escócia e com mais falhas italianas. Ross Ford marcou o terceiro try em maul aos 43′ e ainda fez seu segundo try no jogo 6 minutos depois finalizando linda troca de passes em velocidade da Escócia, aproveitando o homem a menos da Itália após amarelo. O jogo estava liquidado e a Itália ainda teve seu suspiro com try de Campagnaro aos 66′, após arrancada e offload de Mbanda. Hoyland marcou mais um para o Cardo, aos 75′, e Esposito fechou o placar com o segundo try italiano com o tempo esgotado.

A Escócia visitará a Austrália no sábado que vem, enquanto a Itália visitará Fiji no mesmo dia.

1334

Itália 13 x 34 Escócia, em Singapura

Árbitro: Paul Williams (Nova Zelândia)

Itália

Tries: Campagnaro e Esposito

Penais: Allan (1)

15 Edoardo Padovani, 14 Angelo Esposito, 13 Michele Campagnaro, 12 Tommaso Boni, 11 Leonardo Sarto; 10 Tommaso Allan, 9 Edoardo Gori, 8 Robert Barbieri, 7 Maxime Mbandà, 6 Francesco Minto, 5 Dean Budd, 4 Marco Fuser, 3 Simone Ferrari, 2 Luca Bigi, 1 Andrea Lovotti;

Suplentes: 16 Ornel Gega, 17 Federico Zani, 18 Pietro Ceccarelli, 19 Dries Van Schalkwyk, 20 Braam Steyn, 21 Marcello Violi, 22 Carlo Canna, 23 Tommaso Benvenuti;

Escócia

Tries: Ford (2), Price, Visser e Hoyland

Conversões: Taylor (1), Russell (1) e Horne (1)

Penais: Russell (1)

15 Duncan Taylor, 14 Damien Hoyland, 13 Matt Scott, 12 Alex Dunbar, 11 Tim Visser, 10 Finn Russell, 9 Ali Price, 8 Josh Strauss, 7 John Hardie, 6 John Barclay (c), 5 Ben Toolis, 4 Tim Swinson, 3 Willem Nel, 2 Ross Ford, 1 Allan Dell;

Suplentes: 16 Fraser Brown, 17 Gordon Reid, 18 Zander Fagerson, 19 Rob Harley, 20 Magnus Bradbury, 21 Ryan Wilson, 22 Henry Pyrgos, 23 Pete Horne;

Quênia larga na frente na Elgon Cup

Além dos Springboks em campo, a África teve outro duelo internacional, envolvendo as vizinhas Uganda e Quênia, na primeira de duas partidas válidas pela Elgon Cup, a taça anual entre os dois países. Na largada, Uganda deu muito trabalho, mas os Simbas quenianos emergiram vitoriosos por 23 x 18.

1823

Uganda 18 x 23 Quênia, em Campala

Foto: Dan Mullan/Getty Images