Tempo de leitura: 5 minutos

ARTIGO COM VÍDEOS – Na abertura da temporada 2016-17 da Série Mundial de Sevens Feminina, em Dubai, a Nova Zelândia, sob o comando do novo técnico Allan Bunting, voltou ao topo do mundo depois da decepção que teve no Rio 2016. As Ferns cresceram, venceram a Austrália, campeã olímpica, e festejaram o título da primeira etapa do circuito.

 

O Brasil, agora pela primeira vez seleção fixa, fez jogos parelhos com suas oponentes, mas acabou em último na estreia do técnico Reuben Samuel em torneios World Rugby.

- Continua depois da publicidade -

 

Largada com força, mas sem vitórias para as Tupis

Nesta quinta-feira, o Brasil iniciou sua caminhada como seleção fixa da Série Mundial de Sevens Feminina pela primeira vez em sua história e fez jogos promissores, apesar de acabar o primeiro dia de jogos como a única equipes com três derrotas.

 

O primeiro desafio foi contra o Canadá, medalhista de bronze no Rio de Janeiro, e as Tupis foram muito bem, flertando com uma inédita vitória. O Brasil largou com inclusive certo domínio territorial, mas sofreu o primeiro try com Greenshields, a partir de roubada de bola no campo de defesa canadense. O Brasil respondeu rápido com Amanda fazendo o primeiro try brasileiro na nova temporada, com o ataque brasileiro trocando passes com muita qualidade e apoio no tempo certo. Antes do intervalo, no entanto, o Canadá aproveitou erros seguidos do Brasil para cruzar mais duas vezes o in-goal, com Watcham-Roy e Moleschi, quebrando os tackles.

 

As Tupis abriram o segundo tempo com Edninha fintando ea defesa vermelha e colocando o Brasil de novo na cola com o segundo try e, com 3 minutos para o fim, após longo trabalho com a bola em mãos, Baby arrancou para o try do empate, 19 x 19. Contudo, Charity Williams mostrou potência e correu mais de meio campo no finzinho para acabar com o sonho brasileiro, fazendo o try da vitória do Canadá, 26 x 19.
 
Depois, na segunda partida, o Brasil não sustentou mais um jogo em igualdade. Contra a Inglaterra, Mason e Watmore abriram logo 14 x 0 para as ingleses, mas Haline deu uma esperança com belo try na velocidade para o Brasil, reduzindo a desvantagem. Porém, Brennan e Wilson-Hardy puseram fim ao suspense com mais dois tries ingleses, 28 x 7.
 
Na partida de última rodada do grupo, as Tupis caíram contra a Espanha, 21 x 7. Quem saiu na frente foi o Brasil com try de Amanda, saindo com visão do lado cego e ruck, depois de grande jogada de mãos e passes rápidos do Brasil. A experiente Patricia Garcia fez o try da virada de 7 x 5 para as Leonas antes do segundo tempo. E após o intervalo a Espanha foi superior, se impondo com tries de Ribera e Garcia outra vez, com o Brasil sendo reduzida a 6 atletas por amarelo para a capitã Luiza, que foi uma das destaques brasileiras na quinta-feira.
 
Nos demais jogos Grupo C, Canadá e Inglaterra, como esperado, se impuseram sobre as Leonas e disputaram o primeiro lugar da chave, com as Canucks emergindo vitoriosas por 24 x 12.
 
No domingo, o Brasil ainda sofreria mais duas derrotas. A semifinal do 9o lugar, as Tupis não seguraram a Espanha, que venceu de novo, 22 x 07, tendo aberto 15 x 00. A jovem Bianca, de 18 anos, fez o único try brasileiro.
 
Já na decisão do 11o lugar, o Brasil caiu contra o decepcionante time dos Estados Unidos, que havia perdido para a ascendente Irlanda. As Águias largaram na frente dominantes, abrindo 26 x 00, mas as Tupis provaram capacidade de reação correndo para 3 tries no fim, com Baby duas vezes e Raquel, mas sem tempo para a virada.
 
Na disputa da novo Challenge Trophy, o troféu de 9o lugar, deu Irlanda sobre a Espanha.
 
África do Sul é a surpresa, Estados Unidos e França as decepções
No Grupo A, a África do Sul, equipe convidada e sem jogar um grande torneio desde 2015, foi a surpresa, conquistando uma grande vitória sobre os Estados Unidos, com destaque para a atuação da jovem Nadine, assegurando inesperada classificação às quartas de final. A Austrália, campeã olímpica, dominou a chave e passou em primeiro lugar, com a Rússia em segundo.
 
Já no Grupo B, a Nova Zelândia também venceu todos os seus jogos, mas a segunda colocada foi Fiji, que despachou a França e mostrou que “chegou para ficar”. Fiji, porém, escorregou contra a Irlanda, em empate que mostrou alguma evolução nas verdes, enquanto as francesas bateram as irlandesas para avançarem às quartas de final sem brilho.
 
Nova Zelândia volta a brilhar
Nas finais pelo título, a Nova Zelândia cresceu e faturou sua primeira etapa desde 2015. As neozelandesas passaram com contundência nas quartas pela África do Sul e nas semis pela Rússia, encontrando a atual campeã olímpica e mundial Austrália na final.
 
As australianas haviam despachado França e Inglaterra nas quartas e semis e o encontro reeditou a decisão do Rio 2016. Com novas caras, as Ferns emergiram vitoriosas, com try de Portia Woodman, que havia caído em choro no Rio por erros que cometera na final, e dois tries da revelação Cordero-Tufuga. 17 x 05.
 
Nas demais partidas, destaque para Fiji, que arrebatou o quinto lugar vencendo o Canadá, que desapontou em Dubai, e para a Rússia, que havia ficado de fora do Rio 2016 e deu seu recado de que ainda é forte conquistando o terceiro lugar com vitória sobre a Inglaterra.

 

SWS 2015-16 logoDubai Sevens

 

Dubai Sevens – 1ª etapa da Série Mundial de Sevens Feminina 2016-17 – em Dubai, Emirados Árabes Unidos

Quinta-feira, dia 1º de dezembro

Inglaterra 31 x 07 Espanha

Canadá 26 x 19 Brasil

França 14 x 21 Fiji

Nova Zelândia 27 x 05 Irlanda

Estados Unidos 12 x 10 Rússia

Austrália 38 x 05 África do Sul
 
Inglaterra 28 x 07 Brasil

Canadá 27 x 07 Espanha

França 24 x 14 Irlanda

Nova Zelândia 19 x 10 Fiji

Estados Unidos 07 x 26 África do Sul

Austrália 20 x 07 Rússia
 

Espanha 21 x 05 Brasil

Canadá 24 x 12 Inglaterra

Fiji 17 x 07 Irlanda

Nova Zelândia 31 x 00 França

Rússia 19 x 14 África do Sul

Austrália 19 x 10 Estados Unidos

 

 

Classificação
Grupo A: 1 Austrália, 2 Rússia, 3 África do Sul, 4 Estados Unidos;

Grupo B: 1 Nova Zelândia, 2 Fiji, 3 França, 4 Irlanda;

Grupo C: 1 Canadá, 2 Inglaterra, 3 Espanha, 4 Brasil;
 
Sexta-feira, dia 02 de dezembro
Quartas de final

Nova Zelândia 39 x 00 África do Sul

Canadá 07 x 17 Rússia

Fiji 17 x 19 Inglaterra

Austrália 42 x 00 França

 

Semifinais do Challenge Trophy

Espanha 22 x 07 Brasil

Estados Unidos 05 x 24 Irlanda

 
Semifinais pelo 5º lugar

África do Sul 12 x 39 Canadá

Fiji 31 x 12 França

 
Semifinais pelo Ouro

Nova Zelândia 24 x 05 Rússia

Inglaterra 10 x 31 Austrália

 
Finais

Brasil 17 x 26 Estados Unidos – 11º lugar

Espanha 12 x 14 Irlanda – Final Challenge Trophy (9º lugar)

África do Sul 05 x 31 França – Decisão do 7º lugar

Canadá 14 x 17 Fiji – Decisão do 5º lugar

Rússia 17 x 14 Inglaterra – Decisão do Bronze

Nova Zelândia 17 x 05 Austrália – Decisão do Ouro

 

 
Foto: Michael Lee – Taiwan Mike Photography – KLC – World Rugby

1 COMENTÁRIO

  1. Mesmo ficou sem nenhuma vitoria nesta etapa, creio que houve sinais de melhora. Primeiro ver a Raquel nos forwards e a Baby passar mais tempo no jogo acho positivo. Raquel é inteligente e vai aprendendo a posição dela. Dois defeitos nesta etapa for algumas meninas fracas no tackle e o outro, várias atletas insistindo em tentar furar sozinho o bloqueio defensiva dversária ao invés de ter paciencia e passando a bola às colegas de time. É pena que a Paula não esteve
    jogando pois ele na linha ajudaria as novatas aprenderam a prifissão na linha. Depois eu criticar o baixo nível de chute na Seleção, gostei de ver nasta etapa uma que sabe chutar direito. Ai é só prepara tatica de procurar rapidamente as saidas do proprio time e será mais um passe à frente. Creio que a comissão técnica vai ter tempo de corrigir os erros. . .