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A maratona de rugby internacional voltou! O próximo final de semana será de gala para os rugbiers, com os pontapés iniciais sendo dados para o Top 14 – Campeonato Francês – e para o novo The Rugby Championship – a grande liga de seleções do Hemisfério Sul. E tudo poderá ser visto na tela da TV! No BandSports, você verá o Top 14 (para mais, clique aqui), e na ESPN o Rugby Championship (para mais, clique aqui).

Com as transmissões da ESPN da Aviva Premiership, que terá início na virada do mês, e da Heineken Cup, que começará em outubro, as únicas grandes competições do mundo do rugby que ainda não têm transmissão para o Brasil são o RaboDirect Pro12 (que terá início junto da Premiership) e o Super Rugby (cuja temporada já se encerrou), além da Amlin Challenge Cup.

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Top 14 logo novo

 

 

 

 

 

1ª rodada do Top 14

Nesta sexta-feira terá início a temporada 2012-13 do Top 14, com a partida isolada entre o atual campeão Toulouse e o ascendente Castres. As demais partidas rolarão no sábado, com o BandSports transmitindo Bayonne x Clermont. Os outros dois jogos mais atraentes colocarão frente a frente Perpignan e Toulon, em duelo mediterrânico, e Stade Français e o desfalcado Montpellier, que é a equipe mais punida pela ausência de seus grandes atletas argentinos, servindo os Pumas no Rugby Championship. Nada menos que cinco jogadores do Montpellier estão com o elenco argentino.

A rodada será completada com Agen x Racing Métro e com as estreias dos times recém-promovidos. O Mont-de-Marsan iniciará sua campanha fora de casa contra o Biarritz, ao passo que o Grenoble visitará o Bordeaux.

O Portal do Rugby preparou uma prévia para o campeonato – clique aqui.

 

The Rugby Championship copiar

Abertura do Rugby Championship

Na manhã de sábado no Brasil, Austrália e Nova Zelândia darão o pontapé inicial para o Rugby Championship. O duelo entre os rivais do Tasman deu tom a 2011, com os Wallabies levando a melhor no Tri Nations, mas com os All Blacks falando mais alto na Copa do Mundo.

Caso saia vitoriosa de campo, a Nova Zelândia completará uma sequência respeitosa de 10 vitórias consecutivas, sendo que a última derrota foi justamente contra a Austrália em solo australiano, em agosto passado. Os All Blacks são hoje indiscutivelmente os melhores do mundo, e lutam para estrearem o Rugby Championship com mais um título. Já os Wallabies querem repetir o feito de 2000 e 2001 e conquistar pela segunda vez consecutiva o título do Sul, retornando à sua era dourada. A equipe dava a impressão de que tinha condições de brigar em igualdade com os All Blacks no Mundial do ano passado, mas naufragou, apresentando muitas fragilidades, sobretudo no scrum. Quando os seus geniais 3/4s falharam em destilar sua criatividade, a Austrália parou: foi derrotada pela Irlanda, jogou mal contra os Springboks e sucumbiu diante dos All Blacks. A equipe aussie, no entanto, se recuperou nos últimos amistosos, não perdendo nenhuma vez para os aclamados galeses, vencendo em Cardiff e na Austrália. Foram 4 jogos contra Gales depois da Copa do Mundo e 4 vitórias. Animador para uma equipe que quer voltar a brilhar, mas ainda insuficiente para provar que pode superar a Nova Zelândia.

Para o jogo de sábado, a Nova Zelândia terá como destaque uma dupla de centros monumental: Ma’a Nonu e Sonny Bill Williams. Como scrum-half, a novidade é Aaron Smith, que de fato roubou o lugar de Piri Weepu e fará dupla com Dan Carter, pouco a pouco voltando à sua boa forma na posição de abertura. Jane e Gear farão uma perigosa dupla de pontas, com Dagg aspirando a ser o homem do jogo como fullback. O reabilitado Liam Messam começará como titular na terceira linha, junto dos consagrados McCaw e Read. Um conjunto estupendo, que fará muita pressão nos rucks australianos, e poderá ser o fator decisivo na partida. Whitelock e Romano formarão a segunda linha, com Woodcock, Mealamu e Owen Franks formando uma poderosa primeira linha.

Diante de tão forte formação neozelandesa, a Austrália terá que jogar muito e superar seus desfalques. A primeira linha australiana sofrerá muito contra os Homens de Preto, sendo talvez o ponto fraco da equipe. Robinson, Polota-Nau e Kepu terão que entrar com tudo na partida para não serem dominados. E o mesmo pode se dizer para a segunda linha, de Timani e do veterano Sharpe. A terceira linha mescla a inexperiência de Dennis com o poderio já reconhecido de Pocock e Higginbothan. Serão esses dois atletas que terão a missão de ganhar o jogo para os Wallabies no ponto mais crítico do prélio, e contra ninguém menos que McCaw e Read. Uma verdadeira batalha é aguardada para a terceira linha. Já na parelha de armação, o endiabrado Will Genia fará dupla com Barnes, com Robbie Deans optando por deixar o controverso porém genial Quade Cooper de fora da partida. Barnes é um ótimo jogador, e terá uma prova de fogo pela frente, pois sofrerá enorme pressão. A dupla de centros Fainga’a e Horne não está no mesmo nível de Nonu e SBW. Já as pontas têm muita qualidade, mas geram dúvidas. Ioane é matador, mas não fez boa temporada, enquanto Ashley-Cooper, sempre confiável, parece mais estar “quebrando um galho” do que atuando em sua melhor posição. Como fullback, Kurtley Beale é outro que precisa aproveitar bem a partida para retomar a boa forma.

Para conferir nossa prévia sobre All Blacks e Wallabies, clique aqui.

Bledisloe Cup

Bledisloe Cup em disputa

A partida entre Wallabies e All Blacks também valerá como o primeiro duelo da Bledisloe Cup 2012, a série de 3 partidas entre as seleções da Austrália e da Nova Zelândia. Os 2 jogos válidos pelo Rugby Championship – que serão disputadas nos dias 18 e 25 de agosto) e uma terceira partida que será disputada no dia 20 de outubro em Brisbane, na Austrália, compõem a série.

Disputado desde 1931, e anualmente desde 1982, o troféu já foi conquistado 40 vezes pelos All Blacks e 12 vezes pelos Wallabies. Em 2012, os australianos buscarão quebrar a série de 9 anos consecutivos de conquistas dos neozelandeses. A última vez que os Wallabies conquistaram a Bledisloe Cup foi em 2002, sendo que em 2011 houve empate no duelo. É bom lembrar que o empate no número de vitórias garante a posse da taça para o seu atual detentor.

 

Pumas, no lugar onde merecem

Na sequência, ao meio-dia, horário de Brasília, os Pumas farão sua tão aguardada estreia no grande torneio de seleções do Hemisfério Sul. O desafio será hercúleo para os argentinos, que terão que enfrentar os Springboks no temível palco de Newlands, templo do rugby da Cidade do Cabo, onde a África do Sul acaba de ser campeã do Campeonato Mundial Júnior, batendo a outrora invencível Nova Zelândia na final.

Apesar do grande adversário pela frente e da inabalável pressão da fanática torcida sul-africana, é certo que os Pumas deverão fazer uma grande partida. O momento é histórico, e eles jogarão uma daquelas partidas que podem ser tidas como “a partida da vida”. Eles terão muitos outros jogos do Rugby Championship pela frente, mas deixar uma primeira ótima impressão é o objetvo, mesmo que a vitória não chegue. Na história oficial, jamais os Pumas derrotaram os Springboks. Mas, na prática, os argentinos já tiveram sim uma grande vitória fora de casa contra os poderosos sul-africanos. Em 1982, a seleção da América do Sul, os Jaguares, cuja base era a seleção da Argentina, derrotou os Springboks em Bloemfontein por 21 x 12, tendo todos os seus pontos anotados pelo herói Hugo Porta. É com a meta de repetir o feito do time liderado por Porta que os Pumas vão ao Cabo.

Já os Springboks necessitam de uma grande vitória para diminuirem a frustração da eliminação precoce na Copa do Mundo. Nos tests de junho, os Boks oscilaram: não perderam para a Inglaterra, venceram 2 jogos, mas cederam um pouco inspirador empate. Os sul-africanos são favoritos para o jogo, mas terão uma tarefa dura pela frente. O resultado da partida dará uma ideia melhor de como está a África do Sul, se será ou não capaz de rivalizar com os All Blacks. Condição essa à qual os Pumas já não aspiram, uma vez que, fazendo sua estreia no torneio, a Argentina já poderá se dar por satisfeita se sair do Rugby Championship com uma vitória.

A África do Sul terá uma forte equipe para o duelo, sendo capitaneada pelo excelente e dedicado centro Jean de Villiers. A equipe é muito forte em todas as posições. De Villiers fará dupla com o implacável François Steyn, um mestre nos arremates a gol de longa distância. Nas pontas, Bryan Habana (em boa fase) e Lwazi Mvovo prometem muito, enquanto Zane Kirchner retorna à posição de fullback. A ausência será JP Pietersen, que certamente será muito sentida. A parelha Hougaard e Morné Steyn é de altíssimo nível, e deverá conduzir muito bem os Boks. A dúvida é se Steyn estará inspirado e com a pontaria calibrada, já que não vive um grande momento. A terceira linha é também muito forte, com Coetzee, Daniel e Alberts, que deverão impor muitas dificuldades aos Pumas. Na segunda linha, Etzebeth é o jogador a receber todas as atenções, sendo aclamado hoje como um legítimo sucessor de Matfield. A seu lado estará Bekker. Mas, certamente, é a primeira linha da África do Sul que merece maior destaque. Mtawarira e os irmãos Du Plessis formam talvez a melhor primeira linha do mundo.

Os Pumas jogarão com o coração para fazerem frente aos Boks. E qualidade não lhes faltará. Se os sul-africanos têm tal primeira linha, os argentinos não ficam devendo, com Rodrigo Roncero fazendo as suas últimas partidas pela equipe, formando junto com Figallo e Guiñazu. A segunda linha colocará pressão nos Boks, tendo Albacete e Carizza, dois belíssimos jogadores. A terceira linha de Cabello, Galindo e do capitão Lobbe terá uma árdua tarefa pela frente, mas certamente fará o possível para manter o duelo equilibrado na base. Sem Contepomi, os Pumas apostarão no brilhante Juan Martín Hernández para armar o jogo. Recebendo as bolas de qualidade de Vergallo, Hernández buscará reencontrar seu melhor rugby. Se o mago abertura estiver em dia inspirado, a África do Sul terá muito a se preocupar, já que a linha argentina é de grande qualidade, com Lucas González Amorosino, Gonzalo Camacho, Marcelo Bosch, Santiago Fernández e Horacio Agulla. A novidade em cima da hora nos Pumas é a entrada no elenco do talonador Bruno Postiglioni, na reserva, subsituindo o lesionado Creevy, cortado do elenco.

E para conferir a nossa prévia de Springboks e Pumas, clique aqui.

 

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07h00 (horário de Brasília) – Austrália x Nova Zelândia, em Sydney

Austrália: 15 Kurtley Beale, 14 Adam Ashley-Cooper, 13 Rob Horne, 12 Anthony Fainga’a, 11 Digby Ioane, 10 Berrick Barnes, 9 Will Genia, 8 Scott Higginbotham, 7 David Pocock (captain), 6 Dave Dennis, 5 Nathan Sharpe, 4 Sitaleki Timani, 3 Sekope Kepu, 2 Tatafu Polota Nau, 1 Benn Robinson.

Suplentes: 16 Stephen Moore, 17 James Slipper, 18 Rob Simmons, 19 Radike Samo, 20 Michael Hooper, 21 Nick Phipps, 22 Drew Mitchell.

Técnico: Robbie Deans

 

Nova Zelândia: 15 Israel Dagg, 14 Cory Jane, 13 Ma’a Nonu, 12 Sonny Bill Williams, 11 Hosea Gear, 10 Daniel Carter, 9 Aaron Smith, 8 Kieran Read, 7 Richie McCaw (c), 6 Liam Messam, 5 Samuel Whitelock, 4 Luke Romano, 3 Owen Franks, 2 Keven Mealamu, 1 Tony Woodcock.

Suplentes: 16 Andrew Hore, 17 Ben Franks, 18 Brodie Retallick, 19 Victor Vito, 20 Piri Weepu, 21 Aaron Cruden, 22 Ben Smith.

Técnico: Steve Hansen

 

Árbitro: Alain Rolland (Irlanda)

 

Histórico: 143 jogos, 41 vitórias da Austrália, 5 empates e 97 vitórias da Nova Zelândia. Último jogo: Nova Zelândia 20 x 6 Austrália, em 2011 (Copa do Mundo)

 

ANZ Stadium

Estádio: ANZ Stadium, em Sydney, Austrália. Capacidade: 84,000 espectadores

 

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12h00 (horário de Brasília) – África do Sul x Argentina, na Cidade do Cabo

África do Sul: 15 Zane Kirchner, 14 Bryan Habana, 13 Jean de Villiers (c), 12 Frans Steyn, 11 Lwazi Mvovo, 10 Morné Steyn, 9 François Hougaard, 8 Keegan Daniel, 7 Willem Alberts, 6 Marcell Coetzee, 5 Andries Bekker, 4 Eben Etzebeth, 3 Jannie du Plessis, 2 Bismarck du Plessis, 1 Tendai Mtawarira.

Suplentes: 16 Adriaan Strauss, 17 Pat Cilliers, 18 Flip van der Merwe, 19 Jacques Potgieter, 20 Ruan Pienaar, 21 Pat Lambie, 22 JJ Engelbrecht.

Técnico: Heyneke Meyer

 

Argentina: 15 Lucas González Amorosino, 14 Gonzalo Camacho, 13 Marcelo Bosch, 12 Santiago Fernández, 11 Horacio Agulla, 10 Juan Martín Hernández, 9 Nicolás Vergallo, 8 Juan Martín Fernández Lobbe (c), 7 Álvaro Galindo, 6 Julio Farías Cabello, 5 Patricio Albacete, 4 Manuel Carizza, 3 Juan Figallo, 2 Eusebio Guiñazú, 1 Rodrigo Roncero.

Suplentes: 16 Bruno Postiglioni, 17 Marcos Ayerza, 18 Juan Pablo Orlandi, 19 Tomás Leonardi, 20 Leonardo Senatore, 21 Martín Landajo, 22 Martín Rodríguez.

Técnico: Santiago Phelan

 

Árbitro: Steve Walsh (Austrália)

 

Histórico: 13 jogos e 13 vitórias da África do Sul. Último jogo: África do Sul 63 x 9 Argentina, em 2008

 

Newlands

Estádio: Newlands Stadium, na Cidade do Cabo, África do Sul. Capacidade: 51,900 espectadores

 

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The Rugby Championship

*Horários de Brasília

18 de agosto

Austrália x Nova Zelândia – ANZ Stadium – Sydney – 07:05

África do Sul x Argentina – DHL Newlands Stadium –  Cidade do Cabo – 12:00

 
25 de agosto

Nova Zelândia x Austrália – Eden Park – Auckland – 04:35

Argentina x África do Sul – Estadio Malvinas Argentinas – Mendoza – 16:10
 

8 de setembro

Austrália x África do Sul – Patersons Stadium – Perth – 07.35

Nova Zelândia x Argentina – Westpac Stadium – Wellington – 04:35
 

15 de setembro

Austrália x Argentina – Skilled Park – Gold Coast – 07:05

Nova Zelândia x África do Sul – Forsyth Barr Stadium – Dunedin – 04:35
 

29 de setembro

África do Sul x Austrália – Loftus Versfeld – Pretoria – 12:00

Argentina x Nova Zelândia – Estadio Ciudad de La Plata – La Plata – 20:10
 

6 de outubro

África do Sul x Nova Zelândia – FNB Stadium – Soweto – 12:00

Argentina x Austrália – Estadio Gigante de Arroyito – Rosario – 20:10