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ARTIGO COM VÍDEOS – O ano novo começou com clássicos e mais clássicos nacionais pelo PRO12, a Liga Ítalo-Celta. Nesse primeiro fim de semana de 2016, o grande destaque foi para a Escócia, onde o Edinburgh voltou a conquistar a 1872 Scottish Cup. Enquanto isso, o líder Scarlets conhecia nova derrota, ao passo que o Leinster vencia na Irlanda para chegar à vice-liderança da competição, 1 ponto abaixo dos galeses, mas com 1 jogo a menos.

 

Edinburgh reina na Escócia

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Na Escócia, as duas partida anuais pelo PRO12 entre Glasgow e Edinburgh, os dois times profissionais do país, da maior cidade e da capital do país, respectivamente, valem uma prestigiada taça: a 1873, em alusão ao ano do primeiro jogo entre os selecionados das duas cidades. Na semana passada, Edinburgh havia vencido jogando em casa e a segunda partida deveria ter ocorrido em Glasgow, mas fortes chuvas que caíram na cidade na virada do ano impediram que o Scotstoun Stadium fosse o palco do jogo de volta. Sem datas para remarcar a partida, os Warriors aceitaram que o confronto ocorresse novamente em Murrayfield, casa do Edinburgh. E, pelo segundo ano seguido, a esquadra de Edimburgo ficou com a taça.

 

O jogo foi apertado, com o primeiro tempo se encerrando em 8 x 6 a favor do Glasgow Warriros, graças ao try de Mark Bennett, depois de longa sequência de fazes do pack azul. No segundo tempo, o troco veio rápido, com Hildalgo-Clyne virando o marcado com penal aos 51′. E, com bela corrida do abertura Phil Burleigh para o try dos Gunners. Festa dos 8 mil torcedores de Edimburgo, sedentos por uma taça desde que Glasgow se tornou o primeiro escocês campeão do PRO12 no ano passado.


Leinster cresce e se aproxima da ponta

Na Irlanda, o grande clássico da rodada se deu em Belfast, com o Ulster recebendo o desesperado Munster, que não vencia um jogo desde novembro. E os visitantes saíram da lama. O Munster abriu o placar com penal chutado por Keatley, mas o Ulster pulou na frente, fazendo no primeiro tempo o único try do jogo, com o sul-africano Louis Ludik. Na segunda etapa, o Ulster não conseguiu passar pela defesa vermelha e viu Keatley chutar um penal e um drop goal para dar a vitória ao Munster, 9 x 7, em jogo fraco.

 

Mas, o destaque maior ficou por conta do Leinster, que segue subindo na tabela. O time de Dublin recebeu e venceu o Connacht por magros 13 x 0, todavia suficientes para darem a vice-liderança aos azuis. O único try do jogo saiu no segundo tempo com o asa sul-africano Josh Van der Flier.

 


 

Scarlets lamenta nova derrota

O Leinster se beneficiou ainda da segunda derrota seguida do líder Scarlets, que só não deixou o primeiro lugar por conta do ponto bônus defensivo que obteve contra o Cardiff Blues. A partida na capital galesa foi a melhor da rodada, com os visitantes largando na frente na primeira etapa para abrirem 20 x 11 antes do intervalo, com o hooker Ken Owens e o ponta canadense DTH van der Merwe, em bela interceptação, fazendo os tries do Scarlets, enquanto Cory Allen descontou para os anfitriões. A indisciplina e os três cartões amarelos no jogo custaram caro aos vermelhos de Llanelli, que viram Cardiff reagir com competência no segundo tempo. Kristian Dacey e Dan Fish cruzaram o in-goal para dar a frente aos Blues, mas o scrum-half Gareth Davies fez o terceiro try de Llanelli, parecendo que daria a vitória aos visitantes. Engano, pois no apagar das luzes Alex Cuthbert achou o espaço para fazer o quarto try de Cardiff, empatando a peleja. E Rhys Patchell deu a vitória aos Blues com conversão certeira. 29 x 27, números finais.

 

No outro dérbi galês, vitória os Ospreys sobre os Dragons por 12 x 7, com o fullback Dan Evans e o ponta Hanno Dirksen fazendo os tries solitários do time de Swansea.

 


 

Enfim, Zebre é o dono da Itália

Na Itália, a fase do Zebre de Parma é muito superior à do Benetton Treviso. E os alvinegros garantiram sua segunda vitória seguida sobre o Treviso e sua terceira vitória consecutiva na temporada, feitos inéditos para a agremiação acostumada com o último lugar da liga. Foram dois tries para o time do Noroeste, com o scrum-half australiano Luke Burgess, ex Wallabies, e o ponta Giulio Toniolatti fazendo os tries da vitória por 18 x 8, que elevou as Zebras ao 10º lugar na classificação.

 

 

guinness pro12

Guinness PRO12 2015-16 – Liga Ítalo Celta (Escócia, Gales, Irlanda e Itália)

Ospreys 12 x 7 Dragons

Cardiff Blues 29 x 27 Scarlets

Leinster 13 x 0 Connacht

Ulster 7 x 9 Munster

Glasgow Warriors 11 x 14 Edinburgh

Benetton Treviso 8 x 18 Zebre

 

ClubePaísCidadeJogosPontos
LeinsterIrlandaDublin2273
ConnachtIrlandaGalway2273
Glasgow WarriorsEscóciaGlasgow2272
UlsterIrlandaBelfast2269
ScarletsGalesLlanelli2263
MunsterIrlandaLimerick/Cork2263
Cardiff BluesGalesCardiff2256
OspreysGalesSwansea2255
EdinburghEscóciaEdimburgo2254
DragonsGalesNewport2226
ZebreItáliaParma2224
Benetton TrevisoItáliaTreviso2220
- Vitória = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota = 0 pontos;
- Anotar 4 ou mais tries = 1 ponto extra;
- Perder por 7 pontos ou menos de diferença = 1 pontos extra;
- 1º ao 4º lugares - classificação às Semifinais e à Champions Cup;
- 5º, 6º e 7º lugares - classificação à Champions Cup;
- Nota: ao menos uma equipe de cada país participará da Champions Cup. Assim, se um país não tiver nenhuma equipe entre os 7 primeiros do PRO12, o melhor time desse país ganhará vaga na Champions Cup e o 7º colocado irá para a fase preliminar da competição europeia.

 

 

2 COMENTÁRIOS

  1. Em Gales há Joneses em toda parte. Na última partida do Newport & Gwent Dragons o abertura dos Dragons,
    Dorian Jones, saiu machucado e estará fora por algum tempo. Este moço é filho de Gwyn Jones treinador asistente, dos Dragon. O ano passado o Gwyn, ex-flanker da seleção de Gales, era treinador da seleção da Russia. Por sua
    vez o mesmo Gwyn Jones é filho do Kingsley Jones ex-pilar da seleção de Gales. Então o Dorian Jones, acima, é neto do homem que foi o empresário do grande Jonah Lomu. O treinador da grande defesa Japonesa na recente Copa do Mundo foi Lynn Jones, naturalmentew ex-treinador da Seleção Galesa. Será que Eddie Jones foi para a seleção certa?