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Nesse sábado, 13h00, a Espanha receberá o Brasil na pequena cidade de Villajoyosa, balneário na famosa Costa Blanca, casa de um dos principais clubes de rugby do país, nas proximidades da cidade de Alicante.

Com 3 ml lugares, o Campo El Pantano deverá estar lotado e tem boa estrutura, tudo o que um clube semiprofissional de rugby precisa. Mas, e quem é a seleção espanhola?

A Espanha ocupa atualmente o 20º lugar no Ranking Mundial, disputando anualmente o Rugby Europe Championship, o Six Nations B. Em 2017, os Leones (Leões), como são apelidados, terminaram em terceiro lugar a competição e seguem no páreo por um lugar na Copa do Mundo de 2019. Os espanhóis derrotaram a Rússia por 16 x 06 em Madri, caíram fora de casa contra a Romênia por apenas 13 x 03, depois perderam em casa para a poderosa Geórgia por 20 x 10, venceram a Alemanha em solo alemão por 32 x 15 e passaram em casa pela Bélgica por 30 x 00., tendo o segundo pior ataque, mas a segunda melhor defesa do campeonato.

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Em junho, os Leones estiveram no Uruguai para a disputa da Copa das Nações, vencendo a Namíbia por 15 x 13, mas caindo contra a Argentina XV por 37 x 05 e diante do Uruguai por 24 x 14. Em novembro, os espanhóis jogaram até aqui apenas contra o Canadá e perderam em Madri por 37 x 27.

No currículo, o rugby espanhol tem a disputa de uma Copa do Mundo, em 1999, quando saíram da competição apenas com derrotas e são até hoje a única seleção que saiu de um Mundial sem marcar nenhum try. Mas, esses são tempos passados e os Leones seguem perseguindo o sonho de retornarem à máxima competição do mundo oval. Fevereiro e março do ano que vem valerão a classificação aos ibéricos.

A seleção espanhola é formada por atletas de clubes profissionais e semiprofissionais, sendo que dos 27 atletas chamados para o jogo com os Tupis nada menos que 18 jogam no exterior, sendo que deles 17 atuam em clubes franceses, muitos dos quais sendo franceses de nascimento com ascendência espanhola. É força máxima para o técnico Santiago Santos, espanhol que chegou a defender os Jaguares sul-americanos.

O único atleta que atua no exterior mas não na França é o abertura e centro neozelandês Daniel Snee, que após longo tempo atuando na Espanha retornou à Nova Zelândia e jogou o Campeonato Neozelandês deste ano pelo Hawke’s Bay, sendo um dos destaques do time (olho nele). Destaques ainda para o abertura Charlie Malie (do Pau, do Top 14 francês, que não esteve no jogo com o Canadá), para o scrum-half Guillaume Rouet (do Bayonne, ex Top 14, hoje Pro D2 francesa), para o fullback neozelandês Brad Linklater (chutador da equipe, preciso) e para o hooker Beñat Auzqui (um dos veteranos líderes do time, atualmente no Grenoble, também ex Top 14 e hoje Pro D2). Trata-se de um time que gosta do jogo aberto e tem qualidades com a bola em mãos, jogando um rugby distinto do alemão.

 

Avançados: Juan Anaya (Alcobendas), Beñat Auzqui (Grenoble, França/2ª divisão), Marco Pinto (Béziers, França/2ª divisão), Jonathan Garcia (Nevers, França/2ª divisão), Fernando Lopes (Ordizia), Jesus Moreno (Provence, França/3ª divisão), Anibal Bonan (Bagnères, França/3ª divisão), Victor Sánchez (El Salvador), David Barrera (Bourg en Bresse, França/3ª divisão), Matthew Foulds (El Salvador), Lucas Guillaume (Narbonne, França/2ª divisão), Pierre Barthere (Rouen, França/3ª divisão), Galthier Gibouin (Nevers, França/2ª divisão), Jaime Nava (Alcobendas) e Thibaut Visensang (Tyrosse, França/3ª divisão);

Linha: Guillaume Rouet (Bayonne, França/2ª divisão), Sebastien Rouet (Narbonne, França/2ª divisão), Daniel Snee (Havelock, Nova Zelândia/Hawke’s Bay), Charlie Malie (Pau, França/Top 14), Thibaut Álvarez (Pamiers, França/4ª divisão), Alvar Gimeno (VRAC), Iñaki Mateu (Alcobendas), Fabien Perrin (Bourgoin, França/3ª divisão), Ignacio Contardi (Niort, França/3ª divisão), Brad Linklater (Alcobendas) e Mathieu Peluchon (Albi, França/2ª divisão);

 

Último jogo com o Canadá:

Foto: FERUGBY