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Nesse sábado, quatro jogos movimentam o rugby XV internacional com mais oito seleções entrando em campo pelos amistosos pré-Copa do Mundo. O grande destaque é o terceiro Le Crunch do ano, o segundo do mês, com a França recebendo em Paris a Inglaterra. Já em Turim, a Itália faz seu primeiro amistoso antes do Mundial, recebendo a Escócia. No Japão, o Uruguai inicia sua gira pela Terra do Sol Nascente duelando com os japoneses, ao passo que no Canadá a seleção da casa recebe pela segunda vez no ano o rival Estados Unidos.

 

Le Crunch 3: hora dos Bleus?

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França e Inglaterra vão a campo nesse sábado pela terceira vez no ano. Até aqui, foram duas vitórias inglesas, ambas em Twickenham, mas ambas com os franceses desempenhando de forma muito honrosa, apesar de ainda terem problemas na montagem de sua equipe para o Mundial.

 

Para o jogo em Saint Denis, Philippe Saint-André trocou praticamente o time inteiro da derrota do sábado passado por 19 x 14. Naquela oportunidade, os franceses mostraram um sólido jogo de forwards, sobretudo nos scrums e mauls, mas falharam em criar oportunidades para sua linha. Apenas Yoann Maestri, na segunda linha, Louis Picamoles, que voltou para ficar com a 8, e Scott Spedding, que parece ter conquistado a camisa 15, seguiram no XV titular. A dupla escolhida para as camisas 9 e 10 foi Tillous-Borde, que será testado no lugar Parra, e o interminável Fred Michalak, que volta a vestir a 10 azul, enquanto Bastareaud e Fofana serão a dupla de centros, precisando ser provados não apenas ofensivamente, mas também defensivamente, onde geram dúvidas. Muita expectativa para o trio da primeira linha, com Guirado de hooker ao lado de Slimani e Ben Arous de pilares, uma composição que já vinha sendo pedida por muitos. Lesionado, Dusautoir não joga e a capitania caberá a Pascal Papé, e quem formará com Picamoles é Chouly e Le Roux.

 

A Inglaterra trocou ainda mais atletas que a França, indo a campo com 14 mudanças, com apenas Jonny May permanecendo no XV. Chris Robshaw é o retorno mais aguardado, assumindo também a posição de capitão e jogando ao lado de Haskell e Billy Vunipola na terceira linha. A formação é muito interessante e a batalha com o trio francês estará no foco das atenções. Na segunda linha, Joe Launchbury retorna e poderá produzir um lateral superior para os inglesas. Na criação, Ben Youngs e George Ford entram com a missão de provarem ser uma dupla melhor que Wigglesworth e Farrell, já que Stuart Lancaster ainda não definiu os titulares para a 9 e a 10. Nowell, Joseph e Burrell entram na linha, onde a concorrência está acirrada após grandes apresentações de Slade e Watson.

 

Azzurri pronti

Em Turim, a Itália é a última das grandes do mundo a entrar em campo no mês, recebendo a Escócia. Os dois times se enfrentaram neste ano em Murrayfield e, apesar de viverem um momento melhor, os escoceses saíram derrotados pelos italianos, que viviam em meio à crise, em jogo que condenou a Escócia à colher de pau. O time do técnico Vern Cotter vem sendo elogiado e claramente a Escócia de hoje vem apresentando um padrão de jogo muito melhor, com boas atuações contra grandes seleções do mundo. No primeiro amistoso de agosto, os escoceses perderam para a Irlanda, mas deram trabalho aos verdes. Resta aos escoceses quebrarem a série de insucessos antes da Copa, pois já acumulam seis derrotas consecutivas e não vencem desde 2014.

 

Para o jogo com a Itália, Cotter trocou nada menos que 11 nomes, incluindo o capitão, que agora é o segunda linha Gilchrist. Pyrgos vai para o banco e quem será testado como scrum-half é Sam Hidalgo-Clyne, jogando ao lado do abertura Duncan Weir. A linha foi muito mudado, com Hughes e Tonks sendo testados com a 11 e a 15, enquanto Vernon volta ao XV. John Hardie, de asa, e Stuart McInally, de pilar, debutarão no Cardo.

 

A Itália poderá ter vantagem no scrum novamente, ainda mais pelas trocas escocesas, com Cittadini, Giazzon e Aguera sendo a aposta de Jacques Brunel da vez. O segunda linha Quintin Geldenhuys será o capitão dos Azzurri, que não contarão desta vez com Parisse. Na terceira linha estarão Vunisa, Zanni e Minto, ao passo que Guglielmo Palazzani ganha a 9. Para a Itália, sair da crise é tudo e vencer um time de bom nível como a Escócia agora será essencial para a equipe entrar bem mentalmente no Mundial.

 

Arigato, Teros

O Uruguai também ganha os holofotes fazendo sua primeira de duas partidas contra o Japão na Ásia. Os times se enfrentaram somente uma vez até hoje, e com vitória uruguaia, em 2005. O Japão é favorito para a partida, não apenas por jogar em casa, mas vem de derrota contundente diante do World XV e de uma decepcionante Copa das Nações do Pacífico, ao passo que os Teros desembarcam no Japão após histórica vitória sobre o segundo time argentino. O Uruguai tem no pack sua força e o Japão será uma oposição interessante, por ter um scrum muito técnico na primeira linha. Com a bola em mãos, os japoneses são superiores, mas precisarão saber jogar com o favoritismo a seu favor para seu jogo fluir. O Japão mostrou no ano quedas de rendimento preocupantes na segunda parte de suas partidas, sobretudo sentindo desgaste nos forwards, o que poderá beneficiar o Uruguai, caso os visitantes saibam manter o ritmo do jogo a seu favor.

 

Por fim, Canadá e Estados Unidos também se enfrentam sábado, em Ottawa, capital canadense. Os momentos são bem díspares, com o Canadá ainda sem vencer no ano e com desempenhos fracos na Copa das Nações do Pacífico, ao passo que os estadunidenses cresceram, venceram o Canadá em Toronto no mês passado e chegam embalados. Fisicamente as Águias são superiores, apesar de pecaram no jogo de mãos e na criação. O Canadá, por outro lado, tem um jogo aberto de qualidade, mas vem perdendo de seus oponentes ao ter atipicamente um pack frágil, que não vem conseguindo jogar os 80 minutos na mesma intensidade. Hora dos EUA provarem que a ordem de forças na América do Norte está invertida e que não irão à Inglaterra para passear, enquanto para o Canadá é o aspecto mental que está em jogo, com a confiança precisando ser restaurada.

 

Sábado, dia 22 de sábado

*Horários de Brasília

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06h00 – Japão x Uruguai, em Fukuoka

Árbitro: Jérôme Garcès (França)

 

Japão: a definir

 

Uruguai: 1) Alejo Corral, 2) Nicolás Klappenbach,3) Mario Sagario; 4) Santiago Vilaseca (capitán), 5) Jorge Zerbino; 6) Juan Gaminara, 7) Diego Magno, 8) Alejandro Nieto; 9) Agustin Ormaechea, 10) Felipe Berchesi; 11) Jerónimo Etcheverry, 12) Andrés Vilaseca, 13) Joaquín Prada, 14) Santiago Gibernau; 15) Gastón Mieres.

Suplentes: 16) German Kessler, 17) Oscar Durán, 18) Carlos Arboleya, 19) Franco Lamanna, 20) Matías Beer, 21) Juan de Freitas, 23) Alejo Durán, 24) Leandro Leivas

 

Histórico: 1 jogo, 1 vitória do Uruguai. Último jogo: Uruguai 24 x 18 Japão, 2005 (amistoso)

 

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15h00 – Itália x Escócia, em Turim

Árbitro: JP Doyle (Inglaterra)

 

Escócia: 15 Greig Tonks, 14 Sean Lamont, 13 Richie Vernon, 12 Matt Scott, 11 Rory Hughes, 10 Duncan Weir, 9 Sam Hidalgo-Clyne, 8 Adam Ashe, 7 John Hardie, 6 Alasdair Strokosch, 5 Grant Gilchrist (c), 4 Richie Gray, 3 Mike Cusack, 2 Stuart McInally, 1 Gordon Reid.

Suplentes: 16 Ross Ford, 17 Alasdair Dickinson, 18 Willem Nel, 19 Jim Hamilton, 20 Hamish Watson, 21 Henry Prygos, 22 Peter Horne, 23 Damien Hoyland.

 

Itália: 15 Andrea Masi, 14 Leonardo Sarto, 13 Tommaso Benvenuti, 12 Gonzalo Garcia, 11 Giovambattista Venditti, 10 Tommaso Allan, 9 Guglielmo Palazzani, 8 Samuela Vunisa, 7 Alessandro Zanni, 6 Francesco Minto, 5 Valerio Bernabó, 4 Quintin Geldenhuys (c), 3 Lorenzo Cittadini, 2 Davide Giazzon, 1 Matias Aguero.

Suplentes: 16 Leonardo Ghiraldini, 17 Michele Rizzo, 18 Martin Castrogiovanni, 19 Marco Bortolami, 20 Mauro Bergamasco, 21 Marcello Violi, 22 Carlo Canna, 23 Luke McLean.

 

Histórico: 23 jogos, 15 vitórias da Escócia, 8 vitórias da Itália. Último jogo: Escócia 19 x 22 Itália, em 2015 (Six Nations)

 

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16h00 – França x Inglaterra, em Paris – TV5 Monde AO VIVO

Árbitro: Jaco Peyper (África do Sul)

 

França: 15 Scott Spedding, 14 Yoann Huget, 13 Mathieu Bastareaud, 12 Wesley Fofana, 11 Noa Nakaitaci, 10 Frédéric Michalak, 9 Sébastien Tillous-Borde, 8 Louis Picamoles, 7 Bernard le Roux, 6 Damien Chouly, 5 Yoann Maestri, 4 Pascal Papé (c), 3 Rabah Slimani, 2 Guilhem Guirado, 1 Eddy Ben Arous.

Suplentes: 16 Benjamin Kayser, 17 Vincent Debaty, 18 Uini Atonio, 19 Alexandre Flanquart, 20 Yannick Nyanga, 21 Rory Kockott, 22 Rémi Talès, 23 Gaël Fickou

 

Inglaterra: 15 Mike Brown, 14 Jack Nowell, 13 Jonathan Joseph, 12 Luther Burrell, 11 Jonny May, 10 George Ford, 9 Ben Youngs, 8 Billy Vunipola, 7 Chris Robshaw (c), 6 James Haskell, 5 Courtney Lawes, 4 Joe Launchbury, 3 Dan Cole, 2 Tom Youngs, 1 Joe Marler.

Suplentes: 16 Jamie George, 17 Mako Vunipola, 18 David Wilson, 19 Dave Attwood, 20 Nick Easter, 21 Danny Care, 22 Danny Cipriani, 23 Billy Twelvetrees

 

Histórico: 100 jogos, 55 vitórias da Inglaterra, 38 vitórias da França e 7 empates. Último jogo: Inglaterra 19 x 14 França, em 2015 (amistoso)

 

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17h00 – Canadá x Estados Unidos, em Ottawa

Árbitro: Stuart Berry (África do Sul)

 

Canadá: 15 Harry Jones, 14 Phil Mackenzie, 13 Conor Trainor, 12 Nick Blevins, 11 Taylor Paris, 10 Nathan Hirayama, 9 Gordon McRorie, 8 Aaron Carpenter (c), 7 John Moonlight, 6 Nanyak Dala, 5 Jon Phelan, 4 Tyler Hotson, 3 Doug Wooldridge, 2 Ray Barkwill, 1 Hubert Buydens.

Suplentes: 16 Benoit Piffero, 17 Djustice Sears-Duru, 18 Andrew Tiedemann, 19 Evan Olmstead, 20 Kyle Gilmour, 21 Phil Mack, 22 Ciaran Hearn, 23 Matt Evans.

 

Estados Unidos: 15 Chris Wyles (c), 14 Blaine Scully, 13 Seamus Kelly, 12 Thretton Palamo, 11 Brett Thompson, 10 AJ MacGinty, 9 Mike Petri, 8 Danny Barrett, 7 Andrew Durutalo, 6 Al McFarland, 5 Greg Peterson, 4 Cameron Dolan, 3 Titi Lamositele, 2 Zach Fenoglio, 1 Eric Fry.

Suplentes: 16 Phil Thiel, 17 Olive Kilifi, 18 Chris Baumann, 19 Louis Stanfill, 20 Matt Trouville, 21 John Quill, 22 Niku Kruger, 23 Andrew Suniula.

 

Histórico: 53 jogos, 38 vitórias do Canadá, 14 vitórias dos Estados Unidos e 1 empate. Último jogo: Estados Unidos 15 x 13 Canadá, em 2015 (Copa das Nações do Pacífico)