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Sexta-feira e sábado do melhor do sevens mundial, com o pontapé inicial para a temporada 2016-17 da Série Mundial de Sevens Masculina em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A primeira de 10 etapas do circuito e certamente uma das mais badaladas e tradicionais.

 

Com o Dubai Sevens inaugurando uma nova temporada, que terá novamente transmissão para o Brasil pelo BandSports, muitas novidades estão no horizonte. A partir de 2016-17, a partida final de cada torneio da Série Mundial não terá mais 2 tempos de 10 minutos. Agora, as finais em torneios oficiais de sevens terão os mesmos 2 tempos de 7 minutos que as demais partidas.

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Além disso, o World Rugby alterou a nomenclatura das taças em disputa nos torneios, não havendo mais as taças Cup, Plate e Bowl. A partir de 2016-17, haverá disputas de medalha de ouro, prata e bronze para os primeiros colocados, com o objetivo de trazer o sabor olímpico para o circuito. Haverá ainda disputas de 5º e 7º lugares, enquanto a disputa de 9º, para as equipes que não chegarem às quartas de final, passará a valer o Challenge Trophy, novo troféu instituído para o circuito.

 

E tem mais: a temporada valerá também vagas na Copa do Mundo de Sevens de 2018. Os 4 melhores entre Argentina, Samoa, Escócia, Canadá, Rússia e Japão garantirão vaga no Mundial, já que os Estados Unidos, país sede, Nova Zelândia, Inglaterra, Fiji, Quênia, África do Sul, Gales, Austrália e França, os 8 melhores da Copa do Mundo passada, em 2013, já estão garantidos em 2018.

 

Olho em Dubai!

Na luta pelo título da temporada, Fiji, campeão da duas últimas temporada, Nova Zelândia, maior campeã da história, e África do Sul, eterna candidata, são os maiores candidatos, mas todos têm dúvidas e elas começarão a serem esclarecidas em Dubai.

 

Fiji está no Grupo A e terá o desafio de começar uma nova era. Campeão da temporada passada e medalhista de ouro (sobrando!) no Rio 2016, Fiji é um novo time, com novos desafios. Ben Ryan, ídolo no país, já não é mais o treinador, dando lugar a Gareth Baber, que fora seu assistente. A equipe mesclará atletas campeoníssimos com alguns jovens valores, como esperado. O capitão Osea Kolinisau segue no time, assim como o vice capitão Viriviri, mas os artilheiros da temporada passada, Vatemo Ravouvou e Savenaca Rawaca, não.

 

A Argentina, do técnico Santiago Gómez Cora, é a grande concorrente dos fijianos, mas terá muitos testes. Do atletas olímpicos, somente Segundo Tuculet, Santiago Alvarez, Fernando Luna e Germán Schulz seguem no grupo, que perdeu nomes importantes com Müller, Etchart, Revol e Estellés, por exemplo. Já Gales e Canadá correrão por fora, com muitas metas para evoluírem desde a fraca última temporada, ambos atentos ao início para não brigarem lá na frente contra o rebaixamento.

 

No Grupo B, o destaque maior é a África do Sul, do melhor jogador do mundo em 2016 Seabelo Senatla, do melhor do mundo em 2015 Werner Kok e do melhor do mundo em 2011 Cecil Afrika. O time do técnico Neil Powell, bronze no Rio de Janeiro, segue forte, mantendo a base olímpica. A novidade dos Blitzboks é que Kyle Brown não é mais o capitão, dando lugar a Phil Snyman.

 

Os Estados Unidos são os competidores mais fortes na chave, também mantendo a base de 2015-16, com nomes como Madison Hughes, Perry Baker e Danny Barrett no time, mas sem Carlin Isles. Brigando em igualdade com os EUA, a Escócia promete força em Dubai, enquanto Uganda fecha o grupo como convidada, após despachar o favorito Zimbábue na Copa da África de Sevens.

 

A Nova Zelândia impera nas casas de apostas no Grupo C, mesmo após uma decepcionante atuação no Rio 2016 e disputando seu primeiro torneio em sua história sem o comando do técnico Gordon Tietjens. Dubai também marca o início de uma nova era para os All Blacks Sevens, que tera em Dubai dois treinadores interinos, Scott Waldrom e o ídolo Tomasi Cama, já que o novo treinador, o escocês Clark Laidlaw ainda tem contrato com o London Irish e só estreará no comando da equipe no ano que vem. Precisando ainda de algumas velhas e sólidas referências, a Nova Zelândia contará com os míticos Tim Mikkelson, DJ Forbes e Scott Curry conduzindo o time em campo. Os três são os únicos do elenco que disputaram os Jogos Olímpicos. Muitas promessas deverão ser reveladas nos próximos dias, mas com cautela, porque o Grupo C é o “grupo da morte”.

 

Inglaterra e Samoa lutarão diretamente contra a juventude neozelandesa. Os ingleses, do técnico Simon Amor, buscam reassumir protagonismo, após boa campanha britânicos nos Jogos Olímpicos. O time é conduzido pelo capitão Tom Mitchell, tendo nomes importantes como James Rodwell, Dan Norton e Dan Bibby. Já Samoa terá no comando ninguém menos que Gordon Tietjens, que logo em Dubai terá a experiência de enfrentar os All Blacks. Depois de ficar de fora do Rio 2016, Samoa inicia um promissor caminho de reconstrução. A Rússia completa o grupo, focada em dar um passo adiante, depois de garantir a permanência na elite na temporada passada, quando estreou como seleção fixa.

 

Por fim, o Grupo D é encabeçado pela Austrália do técnico Andy Friend, quarta melhor do circuito em 2015-16. O time é jovem e promissor e entre as novas apostas há cinco debutantes, incluindo Sam Caslick, irmão da melhor jogadora do mundo e medalhista de ouro no Brasil Charlotte Caslick.

 

Quênia, França e Japão dividem as atenções na corrida pela classificação. Os quenianos viveram verdadeira montanha russa em 2015-16, que incluiu título em Singapura e último lugar em Vancouver. Com técnico novo, Innocent Simiyu, mas ainda liderado pelo maior fazedor de tries da história do sevens, Collins Injera, o Quênia tem potencial. A França, por sua vez, segue em busca de uma estabilidade e de voos maiores que teimam em não acontecer. Para Dubai, o time é basicamente o mesmo do Rio 2016, mas sem seu maior nome Virimi Vakatawa. Maior responsabilidade, assim, sobre o mago Bouhraoua. E o Japão, sensação no Rio de Janeiro, depois de vencer a Nova Zelândia e alcançar o épico quarto lugar, desembarcará nos Emirados Árabes como o mais novo time fixo do circuito, após ganhar a promoção em Hong Kong. Porém, nomes importantes, como o destaque Lemeki, não estará com o VII da Terra do Sol Nascente. Olho neles, mas com os pés no chão.

 

Série Mundial de Sevens Masculina 2016-17

Etapa 1 – Dubai (Emirados Árabes Unidos) – 02 e 03 de dezembro de 2016;

Etapa 2 – Cidade do Cabo (África do Sul) – 10 e 11 de dezembro de 2016;

Etapa 3 – Wellington (Nova Zelândia) – 28 e 29 de janeiro de 2017;

Etapa 4 – Sydney (Austrália) – 04 e 05 de fevereiro de 2017;

Etapa 5 – Las Vegas (Estados Unidos) – 03 a 05 de março de 2017;

Etapa 6 – Vancouver (Canadá) – 11 e 12 de março de 2017;

Etapa 7 – Hong Kong (Hong Kong, China) – 07 a 09 de abril de 2017;

Etapa 8 – Singapura (Singapura) – 15 e 16 de abril de 2017;

Etapa 9 – Paris (França) – 13 e 14 de maio de 2017;

Etapa 10 – Londres (Inglaterra) – 20 e 21 de maio de 2017;

 

Sistema de pontuação

– Medalhista de Ouro: 22 pontos / – Medalhista de Prata: 19 pontos / – Medalhista de Bronze: 17 pontos / – 4º lugar: 15 pontos / – 5º lugar: 13 pontos / – 6º lugar: 12 pontos / – 7º e 8º lugares: 10 pontos / – Campeão da Challenge Trophy: 8 pontos / – 10º lugar: 7 pontos / – 11 e 12º lugares: 5 pontos / – 13º lugar: 3 pontos / – 14º lugar: 2 pontos / 15º e 16º lugares: 1 ponto;

 

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Dubai Sevens – 1ª etapa da Série Mundial de Sevens Masculina 2015-16 – em Dubai, Emirados Árabes Unidos

Grupo A: Fiji, Argentina, Gales e Canadá

Grupo B: África do Sul, Estados Unidos, Escócia e Uganda

Grupo C: Nova Zelândia, Inglaterra, Samoa e Rússia

Grupo D: Austrália, Quênia, França e Japão

 

Clique aqui para conferir as listas completas de atletas do torneio.

 

Sexta-feira, dia 2 de dezembro

Das 03h00 às 16h00

Quênia x França

Austrália x Japão

Estados Unidos x Escócia

África do Sul x Uganda

Argentina x Gales

Fiji x Canadá

Inglaterra x Samoa

Nova Zelândia x Rússia

 

Quênia x Japão

Austrália x França

Estados Unidos x Uganda

África do Sul x Escócia

Argentina x Canadá

Fiji x Gales

Inglaterra x Rússia

Nova Zelândia x Samoa

 

França x Japão

Austrália x Quênia

Escócia x Uganda

África do Sul x Estados Unidos

Gales x Canadá

Fiji x Argentina

Samoa x Rússia

Nova Zelândia x Inglaterra

 

Sábado, dia 3 de dezembro

Das 03h30 às 14h00 – BandSports a partir das 10h30

Finais

 

*Horários de Brasília