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Enfim, ela voltou. Após mais de um mês de interrupção, a Série Mundial de Sevens Masculina retorna nesse fim de semana com sua terceira etapa, em Wellington, Nova Zelândia, com promessa de grande público no Westpac Stadium, com seus 30 mil lugares.

 

No renovado circuito mundial de 2015-16, Wellington, com pouco mais de 400 mil habitantes, é a menor cidade sede de um torneio, mas fatos grandes são aguardados para a competição, que começa na noite de sexta-feira, dia 29, pela hora de Brasília. A etapa neozelandesa é a primeira do novo ano olímpico e, após o intervalo desde a segunda etapa, várias seleções prometem novidades em seus elencos, já de olho no Rio 2016.

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A principal das novidades vem justamente da seleção da casa. Após começar muito mal a temporada, a Nova Zelândia busca se reerguer jogando em casa e estreando ninguém menos que o astro do rugby mundial Sonny Bill Williams, que após ser campeão do mundo com os All Blacks no rugby XV quer a medalha de ouro olímpica. A Nova Zelândia ocupa hoje o pífio sexto lugar na temporada, tendo sido derrotada nos dois primeiros torneios, em Dubai e na Cidade do Cabo, pelos Estados Unidos, sensação do momento. Mas, para voltar ao topo, não bastará SBW para os All Blacks. A equipe terá que mostrar que pode se impôr sobre Fiji e África do Sul, as duas seleções que largaram com tudo e venceram as duas primeiras etapas.

 

A Nova Zelândia caiu justamente no Grupo A ao lado da África do Sul, prometendo uma disputa de tirar o fôlego pelo primeiro lugar. Quem irá liderar o time da casa são os veteranos Tim Mikkelson, capitão da equipe, e DJ Forbes, que têm a missão de conduzir um time que mescla atletas inexperientes com estrelas campeoníssimas. Destaques ainda para o retorno do veterano Kurt Baker e para a forma de Sam Dickson, tryman da seleção até aqui.

 

Do lado sul-africano, a capitania é de Philip Snyman, que liderará a base da equipe campeã na Cidade do Cabo, contando com François Hougaard e Juan de Jongh, recentes adições oriundas do XV, e Seabelo Senatla, maior anotador de tries da temporada até o momento. Os Boks foram muito consistentes na segunda etapa, mas ainda não podem comemorar nada, pois apesar do bom desempenho em casa, não encheram os olhos no torneio anterior em Dubai e ainda têm muito terreno a melhorar. Escócia e Rússia completam a chave, com os escoceses nutrindo sonhos realistas de provocarem uma zebra contra um dos favoritos.

 

No Grupo B, Fiji, líder da temporada, busca se levantar depois de a derrota prematura nas quartas de final da Cidade do Cabo e, para isso, o técnico Ben Ryan conta com a volta do excelente Semi Kunatani e a capitania de Osea Kolinisau. Fiji certamente tem uma das formas físicas mais impressionantes entre os concorrentes do circuito e vê despontando a dupla de irmãos Pio e Jerry Tuwai, além do matador Savenaca Rawaca.

 

Apesar do favoritismo ser todo fijiano no grupo, a Argentina vai a Wellington com muita ambição e plenas chances de atrapalhar Fiji. Basta lembrar que foram justamente os Pumas os vice campeões no Cabo, tendo eliminado ninguém menos que a Nova Zelândia nas quartas de final. A base da equipe do técnico Santiago Gómez Cora é a mesma que fez sucesso em dezembro e conta com os ascendentes Rodrigo Etchart e Segundo Tuculet e o líder Nicolás Bruzzone.

 

Gales corre por fora, reforçado agora pelo veterano Tom Isaacs, campeão da Copa do Mundo de Sevens de 2009, quando os galeses bateram exatamente os argentinos em uma final inesperada. O Japão completa o grupo como a equipe convidada do torneio.

 

França, Estados Unidos, Inglaterra e Samoa prometem grandes disputas no Grupo C, que não tem favorito. No papel, os EUA largam na frente, ocupando hoje o terceiro lugar geral. As Águias estão voando, com um dos times melhor preparados fisicamente do circuito. A volta do potente Danny Barrett reforçará os EUA, que já têm os velocistas Perry Baker e Carlin Isles voando. A Inglaterra soma apenas 3 pontos a menos que os americanos na classificação e corre em busca de uma campanha impactante. A Rosa terá os reforços de Ethan Waddleton e Jack Wilson, vindos da academia da RFU de sevens. A ausência é Phil Burgess, lesionado.

 

A França, por sua vez, alcançou as semifinais no torneio passado e conta com o vice artilheiro da temporada, o já bem conhecido – e cada vez melhor – Terry Bouhraoua. Porém, o grande nome do time, o fijiano Vakatawa, não está mais no grupo, convocado para a seleção de XV, e sua ausência deverá ser pesadamente sentida. Para seu lugar, no entanto, os Bleus terão os reforços vindos do XV, Fulgence Ouedraogo e Romain Martial. Olho neles.  Por fim, Samoa corre por fora, após um início fraco de temporada e muita tensão por conta da necessidade da equipe voltar a seu melhor e chegar a junho preparada para garantir sua vaga nos Jogos Olímpicos, ainda não segura.

 

Já Austrália e Quênia encabeçam o Grupo D. Os australianos não terão ainda Quade Cooper e irão ao país vizinho com um grupo jovem, que terá dois estreantes: Simon Kennewell e John Porch. O Quênia, por outro lado, poderá conta com a experiência de Collins Injera liderando o grupo, que foi muito bem no Cabo, alcançando as semifinais. Injera vai a mais um torneio já fazendo as contas de quantos pontos precisa para se tornar o maior anotador de tries da história do circuito (o queniano tem 209 tries, contra 230 do argentino Santiago Gómez Cora, o maior da história).

 

Canadá e Portugal fecham o grupo. Os canadenses correm por fora com um time promissor, mesclando a experiência de homens como Hirayama, Moonlight e Duke, com novatos como os debutantes Berna e McCloskey. Portugal, por sua vez, ocupa a preocupante última colocação do circuito e sabe que encabeça a lista de favoritos ao rebaixamento. Reagir em Wellington é mandatório para os comandados do técnico António Aguilar, que apostou em levar à Nova Zelândia cinco debutantes: João Dias, Diogo Ribeiro, Fábio Conceição, António Ferrador e Vasco Poppe, que se juntam a nomes experiência como Pedro Leal e Adérito Esteves, além do ex SPAC João Belo.

 

O BandSports exibirá as finais do torneio, no domingo, às 17h00, em VT.

 

SWS 2015-16 logo

Wellington Sevens – 3ª etapa da Série Mundial de Sevens Masculina 2015-16 – em Wellington, Nova Zelândia

Grupo A: África do Sul, Nova Zelândia, Escócia e Rússia

Grupo B: Argentina, Fiji, Gales e Japão

Grupo C: França, Estados Unidos, Inglaterra e Samoa

Grupo D: Quênia, Austrália, Canadá e Portugal

 

Sexta-feira, dia 29 de janeiro / Sábado, dia 30 de janeiro

*Das 20h30 às 05h50, hora de Brasília

França x Inglaterra

Estados Unidos x Samoa

Argentina x Gales

Fiji x Japão

Quênia x Canadá

Austrália x Portugal

África do Sul x Escócia

Nova Zelândia x Rússia

 

França x Samoa

Estados Unidos x Inglaterra

Argentina x Japão

Fiji x Gales

Quênia x Portugal

Austrália x Canadá

África do Sul x Rússia

Nova Zelândia x Escócia

 

Inglaterra x Samoa

França x Estados Unidos

Gales x Japão

Argentina x Fiji

Canadá x Portugal

Quênia x Austrália

Escócia x Rússia

África do Sul x Nova Zelândia

 

Sábado, dia 30 de janeiro / Domingo, dia 31 de janeiro

*Das 20h30 às 06h00, hora de Brasília

Finais

 

ClubeCidadeJogosPontos
OyonnaxOyonnax3090
AgenAgen3087
MontaubanMontauban3086
Mont-de-MarsanMont-de-Marsan3083
BiarritzBiarritz3081
PerpignanPerpignan3079
ColomiersColomiers3078
AurillacAurillac3070
CarcassonneCarcassonne3064
BéziersBéziers3063
VannesVannes3061
NarbonneNarbonne3061
AngoulêmeSoyaux-Angoulême3061
DaxDax3059
AlbiAlbi3057
BourgoinBourgoin-Jallieu3017
- Vitória com 3 ou mais tries de diferença = 5 pontos;
- Vitória com menos de 3 tries de diferença = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota por 5 pontos ou menos pontos = 1 ponto;
- Derrota por mais 6 pontos ou mais = 0 pontos;
- 1º lugar: promoção ao Top 14
- 2º ao 5º lugares: mata-mata de promoção ao Top 14
- 15º e 16º lugares: rebaixamento