Tempo de leitura: 4 minutos
Todo ano é de aprendizado, lições. Só lembrar do que foi bom não ajuda a evoluir. Vamos lembrar também de 5 problemas sérios vividos em 2018 para que sejam debatidos pensando em 2019.
5 – Socorram o rugby das ambulâncias!
Virou até piada. Foram muitos problemas relatados ao longo do ano envolvendo as ambulâncias dos jogos. Tivemos jogos atrasando por conta de ambulâncias ou ausência de médico, como é de costume. E é lógico que o ápice foi a entrada de uma ambulância no meio do campo no jogo entre São José e Poli pelo Super 16 – com o jogo em andamento – mas a partida foi só uma entre as várias com problemas.
O próprio São José foi prejudicado em jogo contra o Guanabara pelo Super 16 com a partida encerrada no intervalo pelo não retorno de uma ambulância, privando os joseenses de aumentarem seu saldo, crucial na disputa paralela com o Jacareí pela ponta do Grupo A. Estamos falando da máxima competição do país – algo precisa ser repensado.
Visualizar esta foto no Instagram.
Wait for it… o Rugby brasileiro não é (ou é) para amadores #fanaticosporrugby
4 – Brasil atrás de Paraguai e Colômbia no juvenil
Que fique claro: nossos atletas ou comissão técnica não estão abaixo de paraguaios no juvenil masculino e colombianas no juvenil feminino! Mas 2018 foi de derrotas para esses rivais e a pergunta é: onde estamos errando? No caso masculino, nosso rugby juvenil de clubes tem ainda um calendário pobre. No feminino, tudo é curto, do calendário de clubes ao tempo de preparação da seleção.
3 – A morte dos regionais do Nordeste e Centro-Oeste
O rugby XV de fora do eixo Sul-Sudeste minguou de vez. O Campeonato do Nordeste acabou depois de mais de uma década de disputas. No Centro-Oeste, a Taça Cerrado não aconteceu e a Taça Pantanal teve 2 clubes, com o XV do Mato Grosso do Sul acabando. No Norte, a Copa Norte também só teve 2 participantes. Melancolia total e abandono.
2 – Alguém se importa com sevens masculino?
Resposta: não. Ou melhor, não entre os clubes mais estruturados e federações. O sevens pode ser a modalidade olímpica, mas o masculino adulto de clubes está morto no que diz respeito aos torneios de elite. Ou quase. Os estaduais vivem situação constrangedora com pouquissimos clubes interessados. Reflexo disso: Santa Catarina teve um torneio oficial de 2 clubes, enquanto São Paulo sequer teve estadual. Pra completar, o campeonato brasileiro (o Super Sevens) não foi realizado em 2018, com o torneio correspondendo sendo jogado pro começo de 2019. Parece que não há consenso sobre quando jogar o sevens. Porque, mesmo valendo bolsa atleta, o interesse é baixíssimo. Infelizmente.
1 – Seguimos sem ler e estudar regulamentos. Super 16 que o diga.
Já muito se falou do Super 16. Mas uma das coisas mais complicadas sobre o regulamento dele – que é por si só complexo demais pra ser seguido pela maioria dos jogadores e dos fãs – é que ele foi APROVADO. É inexplicável que em 2018 ainda vivamos a várzea de termos clubes e jogadores reclamando do formato de um campeonato depois dele começar. O Super 16 expôs que pouca gente responsável estuda o regulamento no período certo, isto é, antes de ser aceito. Já cansamos do assunto regulamento.
Sensacional artigo! Principalmente em relação ao Sevens… O que aconteceu com o nosso Sevens Masculino?