Tempo de leitura: 4 minutos

Pior jogo dos Tupis no ano? Talvez. A gira pela Europa começou ruim com o Brasil sendo dominado pela Alemanha em Leipzig, no 5o encontro entre os dois países em 3 anos, que acabou com a mais larga vitória alemã.

O Brasil neste ano sofreu 3 vitórias mais largas, contra Argentina, Estados Unidos e Romênia, mas todas seleções nível “Tier 2”. Contra os alemães, o fato dos Tupis já conhecerem os adversários a princípio ajudava, mas a Alemanha triunfou usando a mesma fórmula de 2016, impondo-se nas formações fixas, no embate físico e no jogo de chutes táticos.

O jogo começou bem ruim para os Tupis com Bruxinho recebendo amarelo aos 3′. A Alemanha já dava a entender que apostaria em laterais e mauls e o fez na primeira oportunidade, mas Paganini conseguiu o turnover. Na sequência, não deu para a defesa brasileira, com a Alemanha pressionando nas 22 até o centro Dacau achar o espaço paea cruzar o in-goal aos 5′.

- Continua depois da publicidade -

Os alemães seguiram melhores e novamente trabalhando as fases nas 22 romperam a defesa brasileira aos 14′, com o pilar Füchsel, fazendo valer o volume de jogo alemão, mesmo já em equilíbrio número. Sem sair do campo de defesa, o Brasil tinha pouca posse de bola e não achava um caminho para ir ao campo ofensivo.

Aos 21′, novamente a fórmula do lateral premiou a dominante Alemanha. Mas desta vez começando a partir de um chute para o fundo do campo brasileiro, que foi mal recebido. Jaco Otto – asa que marcou try em todos os jogos contra o Brasil até aqui – apanhou a bola e foi para o try, mas cometeu knock-on. Já havia vantagem para os donos da casa, por penal de Paganini, impedido, e os vermelhos optaram pelo chute à lateral, que foi seguido de maul e try dele mesmo, Otto, o carrasco dos Tupis.

Somente ao 25′ o Brasil teve uma boa ação ofensiva, com Daniel Sancery apanhando a bola no fundo e escapando em velocidade. Porém, o Brasil desperdiçou o bom momento errando um lateral nas 22 de ataque. Ainda assim, os minutos finas da primeira etapa pareciam promissores, com o Brasil tendo alguma posse de bola. Entretanto, o breakdown alemão se mostrou forte demais, fazendo o Brasil andar para trás, com Rauth e Josh tendo dificuldades de fazer a bola sair para a linha em boas condições. Aos 35′, a Alemanha esfriou de vez o esboço de reação brasleira com o oitavo Schramm correndo na ponta para cravar o quarto try, 26 x 00.

O segundo tempo começando igualmente ruim para os Tupis. O capitão Yan recebeu amarelo logo no começo e Schramm não perdoou atropelando a terceira linha brasiloeira para cravar o quinto try germânico. E com um jogador a menos a situação ficava cada vez mais perigosa para o Brasil, com Otto varando a linha aos 48′ e, na sequência, com a linha alemã funcionando e Mathurin correndo para o sexto try, finalizando uma boa jogada que ainda teve uma tentativa falha de interceptação de passe pelo Brasil, que abriu espaço na ponta.

Rodolfo Ambrosio mexeu bastante no time brasileiro e a atleta da dupla Cruz e Moisés melhorou a ofensividade do time. Aos 56′, Josh serviu Felipe Sancery, que furou a linha alemã e disparou para o primeiro try dos Tupis, em grande ação.

O try deu moral para o Brasil que voltou a ter boas movimentações com a bola em mãos, mas a reação levou um balde de água fria com o hooker Barber rompendo a defesa brasileira no pick and go para marcar o sétimo try dos anfitriões, que iam fazendo o infame placar de 7 tries a 1.

No fim, no entanto, o Brasil se livrou do placar famoso ao conseguir seu segundo try, encerrando o jogo com um bom momento da linha, que trocou passes até a ponta para Buda cruzar o in-goal. 45 x 12, fim de papo.

Os Tupis irão a campo no próximo sábado, dia 18, contra a Bélgica, em Bruxelas. E precisarão rever seu jogo de contato e, em especial, suas formações, para poder ter uma sorte melhor. Já a Alemanha receberá os Estados Unidos.

Clique aqui para assistir aos melhores momentos do duelo.

 

45versus copiar12

Alemanha 45 x 12 Brasil, em Leipzig

Árbitro: David Wlkinson (Irlanda)

Alemanha

Tries: Schramm (2), Dacau, Füchsel, Otto, Mathurin e Barber

Conversões: Parkinson (3)

15 Marcel Coetzee, 14 Nikolai Klewinghaus, 13 Mathieu Dacau, 12 Wynston Cameron-Dow, 11 Pierre Mathurin, 10 Raynor Parkinson, 9 Sean Armstrong, 8 Ayron Schramm, 7 Jaco Otto, 6 Sebastian Ferreira, 5 Eric Marks, 4 Michael Poppmeier, 3 Samy Füchsel, 2 Dash Barber, 1Jörn Schröder;

Suplentes: 16 Gilles Valette, 17 Anthony Dickinson, 18 Julius Nostadt, 19 Jarrid Els, 20 Marcel Henn, 21 Tim Menzel, 22 Jamie Murphy, 23 Steffen Liebig;

Brasil

Tries: Felipe Sancery e Buda

Conversões: Josh Reeves (1)

15 Daniel Sancery, 14 Lucas “Zé” Tranquez, 13 Felipe Sancery, 12 De Wet Van Niekerk, 11 Stefano Giantorno, 10 Josh Reeves, 9 Douglas Rauth, 8 André “Buda” Arruda, 7 Cléber “Gelado” Dias, 6 Arthur Bergo, 5 Gabriel Paganini, 4 Lucas “Bruxinho” Piero de Moraes, 3 Caique Silva Segura, 2 Yan Rosetti (c), 1 Lucas Abud;

Suplentes: 16 Endy Willian Pinheiro, 17 Matheus “Blade” Rocha, 18 Michel Olimpo, 19 Mauricio Canterle, 20 Matheus”Matias” Daniel, 21 Matheus Cruz  22 Moisés Duque, 23 Lucas Muller;

Foto: DRV

2 COMENTÁRIOS

  1. INACEITÁVEL que um jogador de seleção, ainda que recém profissionalizada, dê socos no adversário sem qualquer razão, apenas porque a cozinha estava quente.
    Atleta com esse comportamento deve ser suspenso, tomar gancho e até ser excluído do quadro, ainda que fosse o melhor do Brasil em sua posição. E que isso servisse para todos os outros.
    Indisciplnica injustificável.