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O Brasil saiu do Sul-Americano 2016 com uma vitória e o terceiro lugar na classificação. Os Tupis visitaram o Paraguai e triunfaram por 32 x 21, em partida que ficou ficou aberta até o segundo tempo, quando os brasileiros foram capazes de abrir uma vantagem maior. A derrota condenou o Paraguai ao último lugar e à repescagem contra o campeão do Sul-Americano B, em novembro.

 

Os Tupis começaram muito superiores mas cedendo muitos penais para os anfitriões, que felizmente não estavam em bom dia, desperdiçando seus três primeiros penais, com Argaña, aos sete minutos de jogo. Aproveitando um erro de handling do Paraguai, o Brasil avançou pela esquerda e chegou pela primeira vez no campo de ataque com boas chances, e não desperdiçou, com belo drop goal de Moisés. Dois minutos depois, viria o primeiro try, com Daniel Sancery na ponta esquerda depois de boa pressão defensiva dos Tupis sobre o jogo de fundo dos Yacarés.

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O ótimo momento foi coroado com mais um try, de Lucas Muller após mais um bom scrum brasileiro e a bola saindo rapidamente pelo lado cego encontrando o veloz ponta, que também atua no Seven-a-side e superou três marcadores antes de apoiar no meio dos postes. Então, um velho vilão dos Tupis apareceu: a indisciplina. Com a exclusão de Arthur Bergo o Paraguai teve mais liberdade para jogar e nivelou o jogo, levando o jogo para seu campo de ataque e mesmo desperdiçando chutes no início, voltou a apostar no chutador, colocando seus primeiros pontos no placar, dois penais de Diego Argaña. Em um grande ataque do Brasil, os Yacarés roubam a bola a dois metros de seu próprio ingoal e conseguem um belo contra ataque, contido por Lucas Muller na intermediária de forma precisa. Avançando progressivamente, os donos da casa quase anotam seu primeiro try, após um lineout na linha de 5m, mas a defesa brasileira defendeu bem e conseguiu afastar o perigo.

 

No minuto final, os Tupis ainda se viram reduzidos a dois jogadores, com a exclusão de Beukes, resultando em mais um penal e a vantagem reduzida para apenas 6 pontos que os Tupis levaram para a etapa final.

 

O primeiro tempo começou totalmente oposto para os Tupis, acuados em seu próprio ingoal e ainda com um homem a menos em campo, e Rojas conseguiu mergulhar no ingoal após uma série de rucks, colocando os Yacarés na liderança pela primeira vez. Mas o Brasil não se intimidou e reagiu imediatamente, levando o jogo novamente ao seu campo de ataque. Cleber Dias conseguiu uma bela infiltração pelo centro mas saíram com apenas 3 pontos a mais no placar recolocando os Tupis na liderança.

 

O jogo se manteve equilibrado, mas o Brasil conseguiu encaixar seu jogo novamente e voltar ao ataque, sobretudo dominando os scrums e rucks de forma segura. Em mais um bom ataque, saiu o terceiro try do Brasil, com Felipe Sancery apoiando grande escapada de Moisés no lado direito do campo e mergulhando debaixo dos paus.
O jogo diminuiu um pouco de intensidade mas o Brasil seguiu dominando a partida, com o Paraguai dando sinais de cansaço e o pack Tupi muito superior. O quarto try saiu justamente em uma jogada dos forwards, um belo maul formado após o lineout na linha de 5m do campo adversário, empurrando a defesa adversária com facilidade. O Paraguai no entanto reduziu da mesma forma, com um maul em seu ataque, mas voltou a ficar acuado e quase levou outro try em boa penetração pela direita, mas não conseguiu concluir, e o placar se encerrou favorável aos Tupis, a primeira vitória brasileira em território paraguaio desde 2008.

 

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Paraguai (09) 21 X 32 (15) Brasil, em Assunção

Árbitro: Claudio Cattivelli (Uruguai) / Assistentes: Alexandre Longres (Uruguai) e Mauricio Escalante (Argentina)

 

Paraguai
Tries: Álvaro Rojas, Leonardo Glitz
Conversão: Diego Argaña
Penais: Diego Argaña (3)

 

Brasil
Tries: Daniel Sancery, Lucas Muller, Felipe Sancery, Ige
Conversões: Moisés Duque (3)
Penais: Moisés Duque
Drop Goals: Moisés Duque

Paraguai: 1 Emilio Gorostiaga, 2 Omara Rojas, 3 Álvaro Rojas, 4 Alejandro Montiel, 5 Carlos Plate, 6 Leonardo Glitz, 7 Martín Ortíz, 8 Miguel Jara, 9 Gonzalo Bareiro, 10 Gerard Cuttier, 11 Diego Argaña, 12 Mateo Arévalo, 13 Carlos Bareiro, 14 Sergio Alvarenga e 15 Rodrigo Da Rosa.

Suplentes: 16 Juan Gavigán, 17 Juan Inglés, 18 Enrique Cañiza, 19 Álvaro Báez, 20 Horacio Ocampos, 21 Eymar Brizuela, 22 Pablo Espínola e 23 Miguel Careaga.

 

Brasil: 1 Lucas Abud (SPAC); 2 Yan Rosetti (CUBA, Argentina); 3 Wilton Rebolo “Nelson” (São José); 4 Cleber Dias “Gelado” (Wallys); 5 Diego Lopez (Pasteur); 6 Arthur Bergo (SPAC); 7 João Luiz da Ros “Ige” (Desterro) (c); 8 Nick Smith (SPAC); 9 Beukes Cremer (Poli); 10 Moisés Duque (São José); 11 Stefano Giantorno (NaFor); 12 Laurent Bourda-Couhet (Bandeirantes Saracens); 13 Felipe Sancery (São José); 14 Lucas Muller (Desterro); 15 Daniel Sancery (São José).

Suplentes: 16 Luan Almeida “Big” (Jacareí); 17 Caique Silva (NaFor); 18 Jonatas Paulo “Chabal” (Bandeirantes Saracens); 19 Gabriel Paganini (Bandeirantes Saracens); 20 Mark Jackson “Wacko” (Desterro); 21 Mateus Estrela (Niterói); 22 Matheus Cruz (Jacareí); 23 Guilherme Coghetto (Desterro)

 

DiaHoraLocalCasa vs Adversário
19/08/201715:00UNB - Brasília, DFRugby Sem Fronteiras23X15Cuiabá
16/09/201716:00Arena Pantanal - Cuiabá, MTCuiabá14X15Rugby Sem Fronteiras

 

DiaHoraLocalCasa vs Adversário
12/03/201615:00Sete LagoasInconfidência05X21Montes Claros
16/04/201616:30CEMEA Abadia - UberabaTaurus46X11Inconfidência
07/05/201615:00 CEMEA Abadia - UberabaMontes Claros39X27Itajubá
18/06/2016Montes ClarosMontes Claros54X12Taurus
18/06/2016Smart - ItajubáItajubá47X05Inconfidência
02/07/201610:00Smart - ItajubáItajubá72X29Taurus

 
Foto por Fotojump

2 COMENTÁRIOS

  1. Eu acompanho o rugby sulamericano meio a distância (infelizmente não consigo mais do que isso) então gostaria que me tirassem uma dúvida. No jogo Brasil x Chile, foi dito na matéria que o time do Chile estava muito mudado com relação ao que enfrentou a gente no 6 nações da América. O time do Brasil é praticamente o mesmo do outro torneio? Em qual deles nossos rivais usaram força máxima (se é que usaram em algum jogo).

    Digo isso porque há alguns anos atrás vencemos os chilenos mas no jogo seguinte eles usaram a força máxima na casa deles e derrotaram o Brasil com facilidade. Me parece que não apenas pela rivalidade local, mas superá-los mais vezes parece necessário para o desenvolvimento do rugby no Brasil, porque só após resultados expressivos contra Uruguai e Chile começamos a disputar mais amistosos com outras seleções mais fortes de outros países como foi contra Portugal e Alemanha né.