Tempo de leitura: 4 minutos

ARTIGO COM VÍDEO – Os Tupis venceram! Passado o jogo ruim contra a Alemanha, a Seleção Brasileira mostrou evolução e conquistou uma grande vitória em Bruxelas sobre a Bélgica, seleção que está (estava) acima dos Tupis no Ranking Mundial (26º antes do início da partida). Um 23 x 19 de virada que mostrou uma capacidade de reação notável do Brasil, reagindo com um brilhante segundo tempo depois de um primeiro tempo sendo dominado. Vitória para dar moral aos comandados de Rodolfo Ambrosio para o jogo final da gira contra a Espanha no próximo sábado!

O jogo começou com domínio belga e com baixa para o Brasil, que logo no começo perdeu o scrum-half Cruz, sendo substituído por Will, que faria um ótima debut com a camisa brasileira. Assim como no duelo com os alemães, os Tupis começaram mal nas formações fixas, perdendo laterais e sendo atropelados no scrum pelos Diabos, que não haviam jogado ainda em novembro. A organização defensiva brasileira sem a posse de bola, no entanto, melhorou, com os Tupis tirando os espaços dos Diabos que não têm a mesma força no jogo de contato que os alemães. Para os belgas, o caminho era abrir a bola para sua linha, ponto forte da equipe, assim que possível. Mas os erros belgas de mãos também foram frequentes e os Diabos não souberam capitalizar no placar como poderiam enquanto jogavam nas 22 do Brasil.

Aos 18′, o placar foi inaugurado com a pressão belga recompensada. Após o scrum a 5 metros, o centro e capitão Torfs (que joga na França, no tradicional Perpignan) achou o espaço e cruzou o in-goal brasileiro. 7 x 0.

- Continua depois da publicidade -

Levado o primeiro try, o Brasil melhorou, passou a falar alto no breakdown e Josh empurrou o Brasil com os pés para o campo ofensivo. Josh teve suas chances de penal e converteu uma, mantendo os Tupis na disputa com 7 x 3 no marcador no intervalo.

O segundo tempo começou com o Brasil de novo mostrando força nos rucks e conseguindo um turnover que resultou em contra-ataque perigoso de Buda. Mas, a Bélgica era perigosa com a bola em mãos e Torfs na velocidade rompeu a linha e entregou para Dowsett marcar o segundo try dos donos da casa, abrindo preocupantes 14 x 03., aos 46′.

A resposta brasileira saiu aos 55′ e com a linha. Will achou o espaço e serviu Lucas Muller, que arrancou brilhantemente no espaço e serviu Gelado, preciso no apoio para fazer o primeiro try brasileiro, que foi sentido pelos belgas. O Brasil cresceu, conforme o rendimento dos Diabos caía. A defesa brasileira cresceu na tentativa de reação belga e Felipe Sancery armou contra-ataque novamente perigoso. Os belgas mostravam falhas de posicionamento quando perdiam a bola e Moisés sabia disso. Aos 66′, Moisés chutou no fundo do campo belga, pegando o posicionamento errado do fullback oponente, e Felipe Sancery chegou antes para marcar o segundo try brasileiro – que só não resultou na virada pela conversão perdida. 14 x 13.

Mas o Brasil era superior na reta final do jogo, crescendo inclusive nas formações fixas, colocando no currículo até lateral roubado. E foi após um lateral que o Brasil virou o placar, arrancando um penal na sequência para Josh cobrar e deixar os Tupis em vantagem, 16 x 14, desestabilizando os belgas.

Os Diabos emplacaram uma sequência de quase 20 fases com a defesa brasileira se mantendo estruturada e tirando as opções de ataque dos anfitriões, que não sabiam mais como furar a defesa verde e amarela. E quando o Brasil voltou ao ataque liquidou a partida, com rápida troca de passes até a ponta, com De Wet fazendo o try do triunfo.A conversão deixou o Brasil na frente em mais de uma posse de bola, 23 x 14, dando segurança à equipe na reta final do duelo.

A Bélgica ainda pressionou no fim e conseguiu um último try com Dowsett na ponta, mas já era tarde demais. O dia era brasileiro, 23 x 19! Com a vitória fora de casa, o Brasil ultrapassará a Bélgica no Ranking.

Primeiro triunfo brasileiro na história na Europa!

 

19versus copiar23

Bélgica 19 x 23 Brasil, em Bruxelas

Árbitro: Craig Maxwell-Keys (Inglaterra)

Bélgica

Tries: Dowsett (2) e Torfs

Conversões: F Piron (1) e Hart (1)

15 Florian Piron, 14 Marc Tchangué, 13 Guillaume Piron, 12 Jens Torfs (c), 11 Craig Dowsett, 10 Vincent Hart, 9 Isaac Montoisy, 8 Nick Cording, 7 Amin Hamzaoui, 6 Gillian Benoy, 5 Sven D’Hooghe, 4 Bertrand Billi, 3 Maxime Jadot, 2 Thomas Dienst, 1 James Pearse;

Suplentes: 16 Gianni Vercammen, 17 Sep De Backer, 18 Tuur Moelants, 19 Maxime Temmerman, 20 Louis Debatty, 21 Thomas Brouillard, 22 Kevin Williams, 23 Romain Pinte;

Brasil

Tries: Gelado, F Sancery e De Wet

Conversões: Josh (1)

Penais: Josh (2)

15 Daniel Sancery, 14 Lucas Muller, 13 Felipe Sancery, 12 Moisés Duque, 11 De Wet Van Niekerk, 10 Josh Reeves, 9 Matheus Cruz, 8 Alexandre “Texugo” Alves, 7 André “Buda” Arruda, 6 Arthur Bergo, 5 Cléber “Gelado” Dias, 4 Lucas “Bruxinho” Piero, 3 Pedro Bengaló, 2 Yan Rosetti (c), 1 Lucas Abud;

Suplentes: 16 Endy Willian Pinheiro, 17 Michel Olimpo, 18 Caique Silva Segura, 19 Mauri Canterle, 20 Matheus “Matias” Daniel, 21 William Broderick, 22 Leo Cecarelli, 23 Lucas “Zé” Tranquez;