Seleção Brasileira Feminina que viajou ao Canadá. Foto: CBRu

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Hora das Yaras voltarem a campo! Nesse fim de semana teremos as disputas do Canada Sevens, em Lanford, subúrbio de Victoria, no oeste do Canadá, válido como a quarta – penúltima – etapa da Série Mundial de Sevens Feminina 2017-18, que chega à reta final.

O Brasil estará em campo como seleção convidada e buscará a melhor preparação possível de olho na Copa do Mundo de Sevens, que acontece nos Estados Unidos no fim de julho. Enquanto isso, os olhares estão sobre Austrália e Nova Zelândia, líder e vice líder do circuito, que vão se aproximando da decisão do título da temporada. São apenas 6 pontos de vantagem para a Austrália na classificação.

O torneio do Canadá terá transmissão ao vivo pela World Rugby TV: no site e no Facebook do circuito.

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Convidada?

A Série Mundial de Sevens é a primeira divisão mundial do sevens. Trata-se de um circuito que, no feminino, tem 5 torneios, sendo que em cada torneio:

  • São 12 seleções, sendo 11 fixas (as 11 seleções da primeira divisão mundial, que disputam todos os torneios) e 1 convidada (a melhor equipe não fixa do continente onde o torneio está sendo realizado);
  • O Brasil, como melhor time das Américas de fora da elite mundial, foi o convidada para o torneio do Canadá;
  • As 12 equipes são divididas em 3 grupos com 4 times cada. Avançam às quartas de final os 2 primeiros de cada grupo e os 2 melhores 3ºs colocados;

 

O que esperar?

  • O Grupo A tem Nova Zelândia, Inglaterra, Fiji e Brasil. As Black Ferns neozelandesas são amplas favoritas, ainda mais após vencerem a etapa passada. O time vem forte, com Portia Woodman liderando e Ruby Tui, a melhor do mundo de 2017, retornando ao grupo;
  • Inglaterra e Fiji jogam por reabilitação, após terem alguns maus torneios na temporada. A situação inglesa preocupa após as lesões de jogadoras chave – Scarratt, Wison-Hardy e Hunt. Isso anima Fiji, que mostrou melhoras na etapa passada, mas também terá baixas para o torneio – 5 lesionadas;
  • Os problemas de Inglaterra e Fiji podem favorecer o Brasil, que pode sonhar em voltar a vencer as duas equipes. Reuben Samuel, no entanto, optou por um elenco muito jovem, com 4 jogadoras debutantes no circuito – Julinha, Esh, Isadora e Rafa – e apenas 4 jogadoras olímpicas – Izzy, Raque, Amanda e Haline. Apesar do talento, o Brasil tem uma grande provação pela frente, seja pelo peso da eliminação prematura no Hong Kong Sevens (a segunda divisão mundial deste ano), seja pela renovação do elenco – e inexperiência de algumas jogadoras. Qualquer vitória deverá ser muito festejada;
  • O Grupo B não tem favoritos, com França, Rússia e Estados Unidos correndo pela classificação. As francesas vem numa crescente, tendo alcançado o vice campeonato na última etapa, no Japão, e contando agora com um elenco ainda mais forete, com Bascarat e Tremoulière convocada;
  • Os EUA foram vices em Dubai e a Rússia vem sendo a mais regular e, mesmo sem ter alcançado nenhuma final, é a terceira colocada geral da temporada, atrás apenas de neozelandesas e australianas. Porém, a Rússia poupará muitas atletas no torneio e corre risco de cair no rendimento;
  • O Japão fecha o Grupo B como a pior seleção até aqui do circuito e precisa de algum sucesso urgentemente para poder ir à etapa final, em Paris, com chances de se salvar do rebaixamento;
  • O Grupo C é encabeçado pela líder da temporada, a Austrália, que tem os desfalques das lesionadas Elia Green e Sharni Williams, mas comemorou o retorno da cerebral Charlotte Caslick que, junto de Cherry, Tonegato, Pelite, Perry, entre outras, faz das australianas favoritas em pé de igualdade com as kiwis;
  • Espanha, Irlanda e Canadá fecham o Grupo C. A Espanha vive momento ascendente e faz uma temporada muito acima dos prognósticos, ao passo que a Irlanda começou forte mas sofreu um declínio na etapa passada;
  • O Canadá é o centro das atenções, não só por jogar em casa e por ser a medalhista de bronze do Rio 2016, mas porque as Canucks – agora sem a aposentada capitã Jen Kish – fizeram uma terrível campanha no torneio do Japão e não têm brilhado na temporada. O Canadá está pressionado por resultados, mas o retorno da capitã e artilheira Ghislaine Landry – que estava lesionada na etapa passada – anima as donas da casa;

 

Canada Sevens – em Langford/Victoria, Canadá – 4ª etapa da Série Mundial de Sevens Feminina

Grupo A: Nova Zelândia, Fiji, Inglaterra e Brasil

Grupo B: França, Rússia, Estados Unidos e Japão

Grupo C: Austrália, Espanha, Irlanda e Canadá

 

*Horários de Brasília

Sábado, dia 12 de maio

14h30 – Rússia x Estados Unidos

14h52 – França x Japão

15h14 – Espanha x Irlanda

15h36 – Austrália x Canadá

15h58 – Fiji x Inglaterra

16h20 – Nova Zelândia x Brasil

 

17h24 – Rússia x Japão

17h46 – França x Estados Unidos

18h08 – Espanha x Canadá

18h30 – Austrália x Irlanda

18h52 – Fiji x Brasil

19h14 – Nova Zelândia x Inglaterra

 

20h16 – Estados Unidos x Japão

20h38 – França x Rússia

21h00 – Irlanda x Canadá

21h22 – Austrália x Espanha

21h44 – Inglaterra x Brasil

22h06 – Nova Zelândia x Fiji

 

Sábado, dia 12 de maio

Finais – das 13h20 às 20h45

 

SeleçãoPontuação totalEtapa 1Etapa 2Etapa 3Etapa 4Etapa 5
Austrália922020161818
Nova Zelândia901218202020
França681012181414
Canadá60141621216
Estados Unidos5618641612
Rússia4616141213
Espanha438101438
Inglaterra3264886
Fiji312310610
Irlanda29483104
Japão911142
*tabela com somente as equipes fixas
- Pontuação: 1º lugar, 20 pontos / 2º, 18 pts / 3º, 16 pts / 4º, 14 pts / 5º, 12 pts / 6º, 10 pts / 7º, 8 pts / 8º, 6 pts / 9º, 4 pts / 10º, 3 pts / 11º, 2 pts / 12º, 1 pt;

11º lugar =Rebaixamento

 

Yaras

Raquel Kochhann (Leoas de Paraisópolis)
Mariana Nicolau (São José)
Haline Scatrut (Curitiba)
Isadora “Izzy” Cerullo (Niterói)
Amanda Araujo (Niterói)
Bianca Silva (Leoas de Paraisópolis)
Rafaela Zanelatto (Curitiba)
Milena “Mille” Mariano (São José)
Leila Silva (Leoas de Paraisópolis)
Isadora Lopes (Melina)
Eshyllen Coimbra (Guanabara)
Júlia Rodrigues (Niterói)