Foto: NRL

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O Rugby League (o rugby de 13 atletas) australiano vai viver uma quarta-feira de gala com a primeira partida do State of Origin, a série de 3 jogos anuais entre as seleções dos estados de Nova Gales do Sul (New South Wales), os Blues, e de Queensland, os Maroons. São os dois maiores estados onde o Rugby League é o esporte mais popular, estando recheados de grandes atletas.

O primeiro jogo será em Adelaide, sede neutra, nesse dia 4, ao passo que o segundo jogo será em Sydney (casa dos Blues), no dia 11, e o terceiro e último jogo em Brisbane (casa dos Maroons), no dia 18.

O State of Origin é considerado o maior evento do esporte australiano e viveu recentemente um domínio de Queensland, que venceu o título em todos os anos entre 2006 e 2017 (exceto em 2014). No entanto, em 2018 e 2019 foi a vez de New South Wales celebrar o título e agora os Blues buscam o primeiro tri (três títulos seguidos) desde 2003-2004-2005.

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O papa títulos Wayne Bennett é o treinador dos Maroons, que vivem renovação, ao passo que Brad Fittler comanda os Blues, apontados como favoritos para 2020.

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State of Origin Logo

State of Origin 2020

04/11 – 05h50 – New South Wales x Queensland, em Adelaide

Histórico: 38 séries, 21 títulos de Queensland, 15 títulos de New South Wales e 2 empates / 117 jogos, 62 vitórias de Queensland, 53 vitórias de New South Wales e 2 empates;

New South Wales: 1 James Tedesco (Roosters), 2 Daniel Tupou (Roostes), 3 Clinton Gutherson (Eels), 4 Jack Wighton (Raiders), 5 Josh Addo-Carr (Storm), 6 Luke Keary (Roosters), 7 Nathan Cleary (Panthers), 8 Daniel Saifiti (Knights), 9 Damien Cook (Rabbitohs), 10 Junior Paulo (Eels), 11 Boyd Cordner (Roosters) (c), 12 Tyson Frizell (Dragons), 13 Jake Trbojevic (Sea Eagles);

Interchange: 14 Cody Walker (Rabbitohs), 15 Payne Haas (Broncos), 16 Cameron Murray (Rabbitohs), 17 Angus Crichton (Panthers);

Queensland: 1 AJ Brimson (Titans), 2 Xavier Coates (Broncos), 3 Brenko Lee (Storm), 4 Dane Gagai (Rabbitohs), 5 Phillip Sami (Titans), 6 Cameron Munster (Storm), 7 Daly Cherry-Evans (Sea Eagles) (c), 8 Christian Welch (Storm), 9 Jake Friend (Roosters), 10 Josh Papalii (Raiders), 11 Felise Kaufusi (Storm), 12 Coen Hess (Cowboys), 13 Tino Fa’asuamaleaui (Storm);

Interchange: 14 Ben Hunt (Dragons), 15 Lindsay Collins (Roosters), 16 Jai Arrow (Titans), 17 Jaydn Su’a (Rabbitohs);

 

O que é o Rugby League

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.

As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a International Rugby League (IRL) – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;