Foto: Irish Rugby

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Assistimos a grandes momentos no rugby mundial em 2018. Dois deles vieram do Brasil, com os Tupis sendo campeões do Sul-Americano e com o Morumbi recebendo quase 35 mil pessoas para a visita dos Maori All Blacks. Mas nós já fizemos o Top 5 momentos dos Tupis e vamos dar uma variada para oferecer outras recordações de fim de ano.

 

5 – Imagens lindas para o rugby feminino na França

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O XV feminino viveu momentos emocionantes na França neste ano. Com 17.102 torcedores (2º maior público da história do XV feminino mundial), a França obteve sua primeira vitória na história sobre a Nova Zelândia, coroando o grande ano das Bleues, campeãs também do Six Nations Feminino.

4 – São Francisco lota estádio para ver All Blacks e Black Ferns campeãs

Os Estados Unidos estiveram finalmente no centro das atenções do rugby em 2018. Primeiro pela criação da Major League Rugby e depois por vitória inédita de sua seleção de XV sobre a Escócia (30 x 29). Mas o ápice do ano nos EUA foi em julho com São Francisco recebendo a Copa do Mundo de Sevens (que não era jogada desde 2013).

O estádio AT&T Park lotou com público de 40 mil pessoas em cada dia de jogos e, em campo, novamente a Nova Zelândia foi soberana e pela segunda Copa do Mundo seguida faturou os títulos entre os homens e entre as mulheres. E justamente em um ano que não teve All Blacks e Black Ferns vencendo a Série Mundial. Os títulos dos circuitos ficaram com África do Sul e Austrália, respectivamente. Mas quando mais importava foi a Nova Zelândia quem brilhou duplamente.


3 – Crusaders contra Lions: a grande rivalidade do Super Rugby

O Super Rugby pode estar em um momento complicado fora de campo, mas segue sendo empolgante dentro dos gramados. Pelo segundo ano seguido, Crusaders, da Nova Zelândia, e Lions, da África do Sul, foram os protagonistas, fazendo grandes campanhas na primeira fase para duelaram mais uma vez na grande final. Assim como em 2017 o título ficou com os Crusaders, com triunfo por 37 x 18, mas a liga tem certamente uma grande rivalidade internacional hoje: Crusaders e Lions.

2 – Os duelos entre All Blacks e Springboks pelo Rugby Championship

Seguindo no Hemisfério Sul, o título do Rugby Championship mais uma vez foi dos All Blacks. Porém neste ano os clássicos contra os Springboks foram de arrepiar e deixaram sua marca na história da competição.

Os sul-africanos renascerem depois de desempenhos ruins e quebraram o jejum de vitórias na Nova Zelândia sobre os All Blacks vencendo um jogo épico por 36 x 34.

Mas o troco do melhor time do mundo viria e os neozelandeses venceram por 32 x 30 na África do Sul.


1 – Ano da Irlanda!

O ano de 2018 foi verde. O time mais falado foi certamente a Irlanda, que se provou a maior concorrente da Nova Zelândia ao título mundial em 2019.

A temporada começou para os irlandeses perfeita com o título invicto do Six Nations – marcado pela derrotada da forma da Inglaterra. O drop goal certeiro de Jonny Sexton – que viria a ser eleito o melhor jogador do mundo ao final do ano – contra a França abriu a campanha vitoriosa dos verdes. O triunfo final foi em Londres sobre a Inglaterra por 24 x 15.

Depois, a hegemonia irlandesa no ano seguiu com o Leinster sendo campeão da Champions Cup europeia, para se tornar o maior campeão da história do torneio. 15 x 12 sobre os franceses do Racing na final.

Mas a cereja no bolo se deu em novembro com a Irlanda conquistando sua primeira vitória em Dublin na história sobre os All Blacks. Jogo memorável e perfeito dos verdes que festejaram o histórico 16 x 09 sobre os neozelandeses. Além da derrota para a África do Sul, 2018 reservou outra dor de cabeça para os All Blacks nas vésperas do Mundial.

A pergunta que fica é: em 2019 será a Irlanda capaz dos mesmos feitos?

 

Menção honrosa: Uruguai na Copa do Mundo com brio

O Uruguai ganha menção honrosa na lista pela forma com que sd classificou à Copa do Mundo de 2019. Foram nada menos que 2 vitórias uruguaias sobre o Canadá, fora de casa primeiro (38 x 29) e depois em casa (32 x 31). Os Teros se confirmaram como a terceira força das Américas, seguindo evolução constante.

E qual foi o pior momento? 

Dois momentos de 2018 deixaram o fã do rugby preocupado. O primeiro foi o nível de desorganização das Eliminatórias para a Copa do Mundo na Europa. A gravidade na condução da competição pela Rugby Europe começou com a ausência de TMO (que gerou erro capital contra a Rússia em jogo diante da Espanha), passou pela escala de um árbitro romeno em jogo que poderia dar a classificação ao Mundial para a Espanha (entre Bélgica e Espanha) e gerar a eliminação da Romênia (desembocando na derrota espanhola e em tumulto inaceitável ao final da partida), e culmimou com a desclassificação de Espanha e Romênia por uso de atletas irregulares. Uma sequência de fatos absurdos para jogos de tamanha relevância.

Já o outro fato grave foi a morte na França de um atleta de 18 anos, Nicolas Chauvin do Stade Français) por conta de um tackle, alimentando o debate sobre a segurança no esporte. O fim de 2018 foi lamentavelmente em luto.