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Nesse sábado, dia 23, enquanto o Super 13, o Campeonato Brasileiro de Rugby (Union) estivera vivendo sua final em São José dos Campos, outro Brasileiro de Rugby estará tendo seu início. É o TOP1, o Brasileiro Masculino de Rugby League de 13 jogadores!

A competição foi lançada em caráter teste em 2018, mas não teve suas disputas finalizadas. A edição 2019 é a primeira oficial da Confederação Brasileira de Rugby League para a modalidade e terá um formato adaptados às necessidades dos times.

São 6 participantes, divididos em 2 grupos de 3. Neste primeiro fim de semana, os paranaenses do Urutau e do Maringá e os paulistas do Band vão se enfrentar em São José dos Pinhais em um triangular com jogos em tempo reduzido: dois tempos de 30 minutos para cada jogo. No sábado seguinte, dia 30, será a vez dos mineiros do São Lourenço receberem os cariocas do Rio Warriors e um combinado batizado de All Golds. A grande final vai rolar em São Paulo no dia 7 – em evento que ainda terá a presença da Taça da Copa do Mundo de Rugby League – com a final em tempo cheio, isto é, 2 tempos de 40 minutos.

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O Urutau terá a vantagem nesse sábado por atuar em casa, mas os encontros prometem equilíbrio, com o Band tendo experiência nos campeonatos de Union.

 

TOP1 – Campeonato Brasileiro de Rugby League

Dia 23/11/2019 – Grupo Sul

08h00 – Urutau x Band Devils

12h00 – Band Devils x Maringá

16h00 – Urutau x Maringá

Local: Campo da Polícia Ambiental – São José dos Pinhais, PR

 

O que é o Rugby League?

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.

As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a International Rugby League (IRL) – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;