Foto: Wilo Valencia/FECORUGBY

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ARTIGO ATUALIZADO COM A ESCALAÇÃO – Momento histórico para o rugby feminino sul-americano. Pela primeira vez, a América do Sul participará das Eliminatórias para a Copa do Mundo de Rugby XV Feminino. Tratava-se do único continente que jamais havia sequer jogado as Eliminatórias e nesse sábado, dia 7, Brasil e Colômbia farão história duelando na cidade colombiana de Medellín, em jogo único e decisivo – com transmissão ao vivo pelo Facebook da Federação Colombiana de Rugby (clique aqui).

Quem vencer o duelo entre Brasil e Colômbia enfrentará o Quênia no dia 18 de abril e o vencedor dessa partida jogará a Repescagem Mundial (no segundo semestre, a definir).

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Como funcionam as Eliminatórias?

A Copa do Mundo de 2021 será na Nova Zelândia e contará com 12 participantes. A América do Sul não tem vaga direta garantida e o vencedor da eliminatória sul-americana terá que buscar vaga via Repescagem Mundial.

  • Eliminatória Sul-Americana: Colômbia x Brasil;
  • Repescagem América do Sul x África: Quênia x Vencedor da América do Sul;
  • Repescagem Mundial – quadrangular com:
    • 1 time da Europa (a definir)
    • 1 time da Ásia (a definir)
    • 1 time da Oceania (a definir);
    • 1 time de América do Sul ou África (Vencedor da Repescagem América do Sul-África);

 

Participantes confirmados e países ainda na disputa:

  • 7 primeiros colocado da Copa do Mundo de 2017: Nova Zelândia, Inglaterra, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Gales;
  • Melhor da África de 2019: África do Sul;
  • Melhor da Oceania de 2019: Fiji;
  • Melhor da Ásia de 2020;
    • Podem se classificar: Japão, Hong Kong, Cazaquistão ou China
  • Melhor da Europa de 2020;
    • Podem se classificar: Irlanda, Itália, Escócia, Espanha, Holanda ou Rússia;
  • Vencedor da Repescagem de 2020;
    • Participarão: 1 time da Europa, 1 time da Ásia, 1 time da Oceania (Samoa ou Tonga) e 1 time da África/América do Sul (Quênia, Colômbia ou Brasil);

Yaras contra Tucanes!

As duas seleções se enfrentaram apenas uma vez, no ano passado, no mesmo palco de Medellín, com as colombianas vencendo por 28 x 07, em jogo que reativou a seleção brasileira (inexistente desde o debut contra a Holanda em 2008). A partida de 2019 trouxe muitas lições ao rugby feminino brasileiro. Primeiramente, o diagnóstico foi dado. Apenas do Brasil ser superior no sevens, quem tem um XV melhor desenvolvido a nível de clubes é a Colômbia, o que ficou exposto no amistoso do ano passado, com as Tucanas melhor afeitas à modalidade. As Yaras correram atrás do prejuízo e ficaram 6 semanas treinando na Nova Zelândia na virada de ano – e o efeito do “intensivão” será conhecido agora. Foi o suficiente para “tirar o atraso” com relação ao XV?

De todo modo, pelo trabalho mais maduro com o XV, a Colômbia sai na frente e é a favorita. Laura Mejía Diosa, Sharon Acevedo e Leidy García, que marcaram tries no jogo passado, seguem no grupo para as Eliminatórias e são grandes destaques na linha. Nicole Acevedo, algoz do Brasil no Pan (autora do try da vitória colombiana na disputa do bronze em Lima) também está no time do XV.

 

BRASIL ESCALADO

O técnico Reuben Samuel escalou um XV sensivelmente diferente daquele que foi derrotado pela Colômbia em 2019. Na primeira linha, apenas a capitã Camila,. do Curitiba, permaneceu, com a experiente Luiza, do Charrua, vindo do sevens para ser hooker no XV, ao lado da pilar piauiense Mima, do Delta, que começou no banco no ano passado. A segunda linha será niteroiense, com Dayana ganhando a titularidade ao lado da veterana Baby, que trará experiência e liderança inestimáveis. Já a terceira linha será toda diferente do jogo passado, com Isadora Lopes, do Melina, indo da ponta à asa para fazer trio com Letícia, do Jacareí e Suzana, do Niterói (que foram banco em 2019).

A camisa 9 terá uma novidade olímpica: a pernambucana Amanda (ex Niterói, hoje no Desterro), para jogar ao lado da abertura Raquel, do Charrua, completa, com visão de jogo, liderança e qualidade no jogo de chutes. Em 2019, Raquel havia feito dupla de 10 e 9 com Izzy Cerullo, do Niterói. Mas, para este jogo, a experiente jogadora da seleção de sevens estará com a camisa 12, em uma aposta tática interessante de Reuben, que aposta em um trio de liderança e criatividade. Com a 13 estará Mari Nicolau, do São José, de muita potência física e que vem se destacando no sevens rompendo linhas e distribuindo offloads. Nas pontas, Rafa, do Curitiba (e autora do único try das Yaras no jogo de 2019), e Mulan, do Delta (sensação do Circuito Mundial de Sevens) prometem capacidade elevada de finalização. Leila, das Leoas, será novamente a fullback.

Qualquer que seja o resultado, o grupo que foi a Medellín já está na história.

 

Sábado, dia 07 de março

*Horário de Brasília

versus copiar

16h00 – Colômbia x Brasil, em Medellín – Facebook FECORUGBY AO VIVO

Árbitro: Tomás Bertaza (Argentina)

Histórico: 1 jogo e 1 vitória da Colômbia, 28 x 07, em 2019 (amistoso);

Brasil: 15 Leila Silva, 14 Thalia “Mulan” Costa, 13 Mariana “Mari” Nicolau, 12 Isadora “Izzy” Cerullo, 11 Rafaela “Rafa” Zanellato, 10 Raquel Kochhann, 9 Amanda Araújo, 8 Suzana Santos, 7 Isadora Lopes, 6 Letícia Medeiros, 5 Dayana Dakar, 4 Beatriz “Baby” Futuro, 3 Ana Paula “Mima” Lascosqui, 2 Luiza Campos, 1 Camila Gonçalves (c);

Suplentes: 16 Addalucia Nascimento, 17 Franciele Martins, 18 Franciny “Bu” Amaral, 19 Milena “Mille” Mariano, 20 Eshyllen “Esh” Coimbra, 21 Tabata “Colors” Coutinho, 22 Thalita “Tchubata” Costa, 23 Beatriz “Bêa” Amaral;

Colômbia: 15 Leidy Garcia, 14 Leidy Soto, 13 Sharon Acevedo, 12 Isabel Romero, 11 Maria Isabel Arzuaga, 10 Laura Mejía Diosa, 9 Tapias Valentina, 8 Nicole Acevedo (c), 7 Valentina Alvarez, 6 Catalina Arango, 5 Carolina Naranjo, 4 Maribel Maestra, 3 Alejandra Betancur, 2 Camila Cardona, 1 Catalila Suarez;

Suplentes: 16 Maira Martinez, 17 Natalia Barajas, 18 Angela Lozano, 19 Ana Maria González, 20 Katherine Vallejo, 21 Andrea Ramirez, 22 Maria Castrillón, 23 Daniela Alzate;