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A Confederação Brasileira de Rugby League – o rugby de 13 jogadores – anunciou o calendário para seu TOP1, o campeonato nacional masculino da modalidade.

Neste ano, em modo experimental e excepcionalmente em caráter reduzido, o torneio proporcionará a novos atletas poderem experimentar o League, com seu jogo mais dinâmico e divertido de jogar.

O evento é obrigatório aos atletas que desejarem participar e se manter nas Seleções Brasileiras A, B e de Expatriados. Acontecerão em conjunto as etapas, clínicas com o Técnico da Seleção Masculina, o samoano Manu Falaalo e o Head Coach das Seleções, o australiano Paul Grundy, avaliando e prestigiando os atletas presencialmente, além de cursos de Arbitragem e Coaching, fomentando um ambiente de desenvolvimento aliado a prática.

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Qual Formato?

São 6 equipes divididas em 2 grupos, do qual jogam todos contra todos, classificando os 2 primeiros de cada grupo para a grande final. Serão 2 rodadas com 2 jogos por dia.

 

Grupo A:

Bandeirantes Devils (São Paulo/SP)
Urutau (São José dos Pinhais/PR)
Maringá Hawks (Maringá/PR)

Grupo B:

All Golds (Rio de Janeiro/RJ)
Rio de Janeiro Warriors (Rio de Janeiro/RJ)
São Lourenço Roosters (São Lourenço/MG)

 

Fase de Grupo A:

Urutau v Bandeirantes Devils – 23 de Novembro
Maringá Hawks v Bandeirantes Devils – 23 de Novembro
Urutau v Maringá Hawks – 23 de Novembro

Local: Parque São José dos Pinhais – São José Dos Pinhais/PR

 

Fase de Grupo B:

São Lourenço Roosters v Rio Warriors – 30 de Novembro
São Lourenço Roosters v All Golds – 30 de Novembro
All Golds v Rio Warriors – 30 de Novembro

Local: Parque Das Águas – São Lourenço/MG

 

Fase Final:

Semifinal (1o Grupo A v 2o Grupo B) – 14 de Dezembro (São Paulo/SP)
Semifinal (1o Grupo B v 2o Grupo A) – 14 de Dezembro (São Paulo/SP)
Disputa de 3o Lugar – 14 de Dezembro (São Paulo/SP)
Disputa de 1o Lugar – 14 de Dezembro (São Paulo/SP)

 

Grupo A:

O Bandeirantes Devils foi a equipe que venceu com facilidade o evento teste do TOP1 de 2018, com placares dilatados contra São Lourenço e Rio XIII, oferecendo nada mais que 15 atletas para as Seleções A e B que foram campeãs sul-americanas no ano passado, também é reforçada com atletas de tradicionais equipes de rugby union brasileiras como Politécnica e Jacareí, sem dúvida sai como favorita ao título inédito. Drudi, Bruno Gil, Barba e Cavalo, todos da Seleção principal, olho neles!

Os paranaenses do Urutau estão envolvidos com o League desde o início, com uma excelente atuação no Brasileiro de 9s, ficaram em 2o lugar em 2018 (decidido no Golden Try) e em 3o em 2019, a equipe mais madura e também reforçada pela tradicional equipe de rugby union, Curitiba, vem para mostrar a força do sul e colocar água no chopp do Band. Rafael Leal e Thales Fuckner são os jovens destaques, com os irmãos Santos e Murillo Manzutti não deixando nada a desejar tanto no ataque como na defesa.

Por fim, mas não menos importante, os estreantes do Maringá Hawks, liderados pelo Lucas Viñas, o Bagé, experiente atleta com passagens na Europa e Estados Unidos, sendo um dos jogadores que participou da primeira Seleção Brasileira de Rugby League que jogou no Chile em 2017 e com mais caps pelo Brasil, vem com vários prospectos das categorias de base e com o Fernando Mazon, o grande destaque da Seleção B de 2018 com um hat-trick monumental contra a Argentina, subiu direto para a Seleção principal e é a grande arma paranaense.

 

Grupo B:

All Golds é o combinado de atletas do Rio e Minas Gerais buscando ser a surpresa do Campeonato e com bons reforços de várias equipes de union, vem com muitos destaques individuais, visando ser a surpresa do Campeonato e tem condições reais de conquistar a classificação.

Já o São Lourenço Roosters é liderado pelo australiano naturalizado brasileiro e da Seleção, Zach Grundy, com o também Seleção Brasileira, Liniker Farias e 4 atletas da Seleção Juvenil que venceu a Argentina em 2018, os reforços são de alto calibre, com Fred Costa (Ex-Tupi) e Marc Williams (Ex-Seleção da Escócia), é a experiência aliada com novos talentos.

O Rio Warriors foi o grande campeão do Brasil 9s deste ano, a equipe sensação do 9s agregou atletas do Rio XIII e vem ainda mais forte, buscando rivalizar com São Lourenço e All Golds pelo primeiro lugar do grupo, que é o mais parelho. Recheado de estrangeiros, a grande surpresa são os novos gringos, dois franceses que vieram do Rugby á Treize, totalizando 6 nacionalidades no clube e o pack de forwards que promete cansar os ombros adversários. Liderado por Yan “Tyson” Castro, a equipe tem como destaques Thales Masena e o jovem Marcos Matioli…E claro, dezenas de gringos!

 

Texto: Hugo Froes – CBRL

 

O que é o Rugby League?

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.

As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a RLIF – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;