Tempo de leitura: 3 minutos

Kia Ora amigos do rugby no Brasil!! 

Já estou aqui a 3 semanas, estou até chateado pelo tempo estar passando tão rápido, mas infelizmente é assim. A realidade aqui tem sido uma utopia para aqueles que acompanham, curtem e praticam o rugby como eu, mas tudo tem seu lado negativo e vou abrir todas as experiências boas e não tão boas.

- Continua depois da publicidade -

 

Veja as fotos da Odisseia Rugbistica do Augusto Arruda!

 

Como havia dito no último post eu estou jogando na segunda divisão da Canterbury pelo Kaiapoi Rugby Football Club, acho que a estrutura do clube é fantástica e tem bons atletas, além de um nível bem acima do que estamos acostumados no Brasil. Os treinos aqui acontecem toda terça e quinta e os jogos aos sábados, é isso mesmo, temos jogos todos os sábados!

Os treinos são bem mais técnicos e duros, correm bem porque todos já sabem todo o básico e ouvem bem os treinadores. A comunicação é o mais importante, gritar pelo nome e chamar as jogadas é básico e aqui é rotina nos treinos. O que é incrivelmente absurdo é o frio que a noite castiga o inverno aqui, pegando temperaturas baixíssimas que quando você corre e respira o nariz parece que está queimando e os dedos dos pés e das mãos não são sentidos. Mas mesmo assim é gostoso treinar aqui, os atletas são bem calorosos e engraçados então a diversão é garantida!

Até agora entrei no final das partidas ainda encontrando o ritmo do jogo, estudando e treinando os movimentos e jogadas que são feitas nas posições que eles me colocaram. Fisicamente estou bem, superando a maioria dos atletas do time, tenho feito boas partidas e bons treinos. Acredito que logo estarei entrando entre os 15. Como de costume, depois dos jogos temos uma espécie de terceiro tempo onde os capitães elegem o melhor jogador de sua equipe que fazem uma pequena disputa virando uma caneca de cerveja, depois temos um banquete com sanduíches, batatas e algumas outras coisas. Diferente do Brasil cada atleta compra sua cerveja ou bebida no clube e a bebedeira acontece depois em algum Pub, não nas dependências do clube.

 O lado negativo disso é que o corpo técnico e administrativo não é muito receptivo, e eu acabei encontrando um pouco de dificuldade com a parte de material de jogo e logística visto que não estou alojado muito próximo da sede do clube e que tudo já havia sido formalmente avisado e acertado através de carta e e-mail. Os gerentes, diretores e presidentes são um pouco “marrentos” como chamamos no Brasil, mas tive pessoas que me ajudaram e boa parte disso tudo já está resolvido.

Acho que nós brasileiros podemos não ter o rugby na cultura, mas recebemos bem dando todo auxílio necessário aos nossos gringos aqui, assim fazemos no meu clube e também é feito em todo o Rio de Janeiro.

No domingo fui assistir a uma triagem, uma forma de seletiva para o time M18 do Canterbury, que é uma espécie de seleção regional por onde passaram alguns dos nomes famosos do rugby mundial e dos All Blacks. É impressionante e prazeroso de acompanhar pela qualidade dos garotos e o rugby bonito, técnico, rápido e forte que eles jogam! Cada um treina e joga entre os melhores da sua escola e clube, depois de passar pela primeira faze dessa triagem eles começam a focar os treinamentos para melhoria da parte física e fazem os primeiros jogos onde são definidos os garotos que irão disputar os campeonatos representando a sua região.

Agora é hora de descansar que amanha mais um treino e muito trabalho. Espero que tenham gostado das fotos e do post, na próxima semana acredito que vai rolar muita coisa nova aí e teremos jogo dos All Blacks aqui na minha cidade, pertinho de casa hehehe!

Grande abraço!