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Agustín Pichot perdeu a eleição para a presidência do World Rugby (a federação internacional) e ainda verá a proposta que encabeçou da Liga Mundial (World Rugby Nations Championship) será modificada para virar realidade.
O jornalista irlandês Stephen Jones publicou detalhes de sua conversa com Mark Egan, diretor de competições do World Rugby, que revelou que o Comitê Executivo da entidade já aprovou a criação de uma estrutura de Liga Mundial que poderia começar muito em breve, quando a crise do COVID-19 for superada.
Será uma nova competição que substituirá os amistosos internacionais e unirá Rugby Championship e Six Nations, para expandir as receitas dos países que participam das duas competições.
A Liga Mundial (Nations Championship) deverá ocorrer, provavelmente, apenas uma vez a cada dois anos, isto é, nos anos pares. Ela não deverá ser disputada em anos de Copa do Mundo e de British and Irish Lions (os anos ímpares).
O modelo que Egan revelou é o seguinte:
- 1ª divisão com 10 a 12 seleções:
- 6 do Six Nations (França, Inglaterra, Gales, Escócia, Irlanda e Itália), sem rebaixamento;
- 4 do Rugby Championship (Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e Argentina), podendo expandir para mais 2 seleções, a serem definidas e confirmadas (Japão e Fiji são as mais prováveis);
- Sistema de rebaixamento poderá ser utilizado do Championship para a 2ª divisão;
- Todos se enfrentam 1 vez no ano, totalizando 11 jogos*, sendo 5 jogos dentro de Six Nations e Rugby Championship* e outros 6 jogos contra equipes da outra competição (dos quais 3 serão em julho e 3 em novembro, substituindo os amistosos);
- *A reportagem não deixa claro se os jogos do Six Nations e Rugby Championship farão mesmo parte da Liga Mundial, mas pelo modelo original sim;
- Não foi comentada sobre uma grande final. Ou seja, a competição pode acabar sendo ponto corridos;
- 2ª divisão, batizada por enquanto de “Emerging Nations”:
- Não houve ainda definição sobre seu formato, mas contará com as melhores nações abaixo da primeira divisão, que jogarão pelo título da 2ª divisão;
- Provavelmente a competição terá 10 ou 12 seleções, divididas em 2 grupos, em formato semelhante ao da 1ª divisão;
- O campeão da 2ª divisão poderá ser promovido para o Rugby Championship;
- Não está claro se a promoção será dada por critérios esportivos (automaticamente ao campeão) ou se haverá requisitos comerciais envolvidos (via negociação);
- Não foi comentado se seria permitido que um país europeu ingressasse no Rugby Championship. A matéria diz que a promoção poderá ocorrer apenas para países que se encaixam geograficamente;
- Não houve ainda definição sobre seu formato, mas contará com as melhores nações abaixo da primeira divisão, que jogarão pelo título da 2ª divisão;
- 3ª divisão, com 4 competições regionais, com promoção/rebaixamento:
- Europa
- Américas
- África
- Ásia/Oceania
Egan ainda comentou sobre investimento do World Rugby que seriam feitos nas divisões inferiores para elevar o nível das seleções emergentes.
Além disso, a matéria ainda comentou que o conceito de “Tiers” (Tier 1, Tier 2, Tier 2) será abolido de vez.
Liga Mundial Feminina também nos planos
O World Rugby ainda planeja uma versão feminina do conceito de Liga Mundial (de rugby XV). O formato ainda está para ser definido, mas duas propostas deverão fazer parte do novo modelo:
- Criação de um “Four Nations” anual entre Nova Zelândia, Austrália, Canadá e Estados Unidos;
- Expansão do Six Nations europeu para Eight Nations, com 2 grupos de 4 e jogos espalhados por mais meses, para não concorrer em atenção com o Six Nations masculino;
Divisões inferiores poderiam ser acrescidas ao modelo feminino igualmente.
Onde o Brasil entraria?
Ainda não está claro, uma vez que a competição não teve formato e participantes oficializados. Os Tupis poderão ficar entre a 2ª ou a 3ª divisões, ao passo que a situação as Yaras é menos clara, caso a equipe se torne participante regular de torneios internacionais no XV.