Foto: Fábio Lapa

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Grupo de estudos reúne painel de arbitragem da CBRU para análises de vídeo e padronização de critérios na condução das partidas

Mesmo fora de campo por conta do isolamento social, o árbitros de rugby do Brasil seguem trabalhando. Desde o dia 28 de março, o painel de árbitros da CBRU tem realizado reuniões online com análises de vídeo e debates para a padronização de critérios de arbitragem.

A iniciativa partiu de um grupo de árbitros de São Paulo, que percebeu neste momento uma oportunidade de se dedicar a exercícios teóricos e manter a motivação mesmo longe dos jogos. Com o apoio de Xavier Vouga e Victor Hugo Barbosa, membros da Comissão de Arbitragem da CBRU, o trabalho desenvolvido junto aos árbitros de São Paulo, encabeçado por Cauã Ricardo, se estendeu à arbitragem de outras regiões do país.

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O grupo de estudos tem 41 participantes, que fazem parte do painel de arbitragem da CBRU e se reúne semanalmente. Foram criados dois grupos diferentes, para possibilitar uma participação mais ativa de todos e, antes das reuniões online, os árbitros recebem vídeos com situações reais de jogo para as quais devem apontar quais seriam as suas decisões.

O material faz parte de apostilas e workshops da World Rugby e o objetivo é que, ao final de cada reunião, seja estabelecido um critério para as situações de jogo, o que vai melhorar a condução das partidas no Brasil e ajudar clubes e treinadores a entender melhor a atuação da arbitragem, bem como usar estes mesmos critérios de aplicação das leis na preparação de suas equipes.

Uma rodada de reuniões semelhantes entre a Comissão de Arbitragem da CBRU e os responsáveis pelos times está sendo programada como sequência deste trabalho. “Estamos todos no mesmo barco e trabalhamos pelo desenvolvimento do rugby no Brasil. É importante que este diálogo se fortaleça cada vez mais, para que todos remem na mesma direção”, explica Xavier Vouga, responsável pelo alto rendimento da arbitragem brasileira.

O grupo de estudo para o painel de árbitros inclui 12 semanas dedicadas a diferentes temas e aspectos do jogo e da arbitragem: aspectos físicos e psicológicos do árbitro; tackle alto; jogo sujo; scrum; posicionamento e jogo aberto; tackle e ruck; line out; maul; vantagem; condução de jogo; e equipe de três. “Nosso objetivo principal é dar ferramentas para que os árbitros se desenvolvam e tenham clareza em relação aos critérios aplicados, melhorando também a compreensão de todos os envolvidos no rugby em relação à arbitragem”, conclui Xavier.

O conteúdo das reuniões é preparado por Cauã Ricardo, Victor Hugo Barbosa e Xavier Vouga. Os três separam o material que vai ser usado, pesquisando o que está disponível de mais atual na Word Rugby, e preparam apresentações e caminhos para que todas as informações sejam compreendidas da forma mais simples e clara possível. “Mais do que apresentar soluções prontas, escolhemos este formato de reuniões e debates para que todos possam trabalhar em equipe e chegar juntos às conclusões necessárias, explica Cauã.