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O Direito Mackenzie voltou em grande estilo ao principal campeonato de equipes universitárias do país, depois de dedicar-se somente aos torneios de Sevens, no último ano, ao vencer a FFLCH na estreia pelo placar de 66 a 14, o maior do fim de semana em São Paulo.

Como informei no post anterior, não consegui tirar as fotos da partida, mas estou esperando o contato do fotógrafo que encontrei no CEPEUSP para divulgar.

Antes da partida, ocorreu um amistoso entre a boa equipe feminina de Rugby da USP (comandada por Valter Sugarava, o Japinha) e a nova quipe da USP Leste, a EACH, boa novidade no cenário feminino.

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A partida começou pouco movimentada, sem grandes incursões no campo adversário, mas não demorou mais do que 10 minutos para o que os futuros advogados dissessem a que vieram. Após uma boa infiltração seguido de uma longa corrida de Guilherme Neto, o Mackenzie abriu o placar, mostrando o que seria a tônica do jogo, muita velocidade e passes rápidos com a linha. Minutos depois, foi a vez de Marcos Correa anotar o primeiro de seus 3 tries, correndo pela lateral direita do campo, um espaço explorado seguidas vezes pela equipe com sucesso. Depois foi a vez do half mackenzista explorar o espaço, mas dessa vez a defesa da FFLCH foi efetiva e neutralizou o ataque.

A FFLCH só chegou com algum perigo na metade do primeiro tempo, através de Renan, ao seu estilo, cabeça abaixada e força, conseguindo derrubar alguns defensores e chegando aos 10m do adversário, mas a jogada não seguiu, e para piorar, no lance seguinte, após recuperarem a bola, Marcos fez mais um try, novamente pela ponta direita, novamente sem oposição. Zappa, que até o momento estava garantindo as conversões, também deixou o seu try, após rápida saída do scrum de sua equipe pelo lado cego nos 10m do adversário, que o encontrou na ponta para marcar, mesmo pressionado por 2 adversários.

Antres do fim do primeiro tempo, Rodrigo Pucci, um ótimo segunda linha que alia grande força e velocidade, deixou o seu try após rasgar a barreira adversária, bem ao seu estilo, antes de apoiar com tranquilidade perto dos paus. O primeiro tempo terminou 33 a zero para o Mackenzie, e a FFLCH, com pouca efetividade no ataque não dava sinais de que conseguiria reagir à força do adversário, apesar de muita luta por parte de seus jogadores, que não se entregaram e contavam com o apoio da pequena mas barulhenta torcida.

No segundo tempo, o direito não reduziu o ritmo, decidido a liquidar a partida, e anotou mais um try com Marcelo. A FFLCH acordou tardiamente e após mais uma boa jogada de Pucci, que quase resultou em try, foi a vez da FFLCH abrir a sua contagem, com Rafael Juck, também jogador do Tornados, em jogada que contou com muita velocidade para superar o adversário e apoiar sob os paus.

O sol estava muito forte, e o desgaste dos jogadores era visível. Ambos os técnicos realizaram diversas alterações nas equipes para manter as equipes com bom ritmo, e foi uma partida com muitos cartões amarelos, 4 no total (3 para FFCH e 1 para o Direito), sendo uma por agressão de um jogador da FFLCH, o que com certeza prejudicou o rendimento da equipe da USP.

As substituições foram boas para ambas equipes, uma vez que conseguiram manter um bom volume de jogo. O direito ainda marcou mais quatro vezes, com Zappa, Marcos Correa e Igor, enquanto que a FFLCH anotou no fim do jogo mais um try, dessa vez com Thiago.

No último lance, uma agressão do half mackenzista passou em branco pela arbitragem que apesar de tudo foi muito bem conduzida por Luís Mourão, e gerou revolta de Tim Baines, técnico da FFLCH.

O Direito mostrou grande qualidade e pode surpreender os frequentadores maisa assíduos do campeonato, como FEI e Mauá, com certeza travarão ótimos duelos no campeonato, e devem brigar pelo título. Já a FFLCH, deve mostrar mais agressividade em campo, aceitaram por diversas vezes passivamente a marcação adversária e não atacaram com toda velocidade que possuem e mostrarm no ano passado. Podem render mais, sem dúvida nenhuma, pois tem um bom plantel e um grande professor na linha lateral.

Destaques: Renan da FFLCH, foi um dos pontos altos do jogo apesar do placar desfavorável. O segunda linha lutou até o último lance, sempre com muita força e coração, incentivando os companheiros a buscar cada metro até o ingoal adversário. Deve ser vir de exemplo para os demais. Do lado do Mackenzie, Rodrigo Pucci e Zappa se destacaram, o primeiro sempre preciso no apoio e especialista em demolir marcadores adversários, o segundo mostrou muita visão de jogo e liderança, procurando corrigir os erros que seus colegas cometiam e criando jogadas que resultaram em tries por diversas vezes.

CPUR 2010 - FFLCH X Direito Mack