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Algumas semanas atrás, nós divulgamos a trajetória de Rafael Spago, que foi aceito na Sharks Academy e vai encarar um jornada dificílima de um ano de treinamentos em Durban, na África do Sul. Essa semana, descobrimos que junto com ele e Mateus Cruz (vencedor da Bolsa Michel Etlin e vai treinar com os Crusaders), mais três jogadores estão embarcando rumo à elite do Rugby mundial. São eles Arthur Junqueira, Mauro Gutierrez (Campo Grande) e Ravi (Brasília), que vão jogar no Geraldine RFC, na cidade de mesmo nome, na região de Canterbury. 
 
Tanto Arthur como Ravi estiveram na seleção do Pequi, que foi um dos destaques do SPAC Lions 2013, e sem dúvida vão evoluir muito jogando no país que respira Rugby. Essa não é uma história nova, muito jogadores se aventuram atrás de clubes no exterior, mas é sempre bom mostrar exemplos de pessoas que saem da zona de conforto em busca de algo em que acreditam, e não medem esforços para alcançá-los.
 
Boa sorte pessoal!
 
 
 
Portal do Rugby – Como foi feito o contato?
 
Arthur Junqueira – O contato foi feito através da visita do Brian, (vice-presidente do clube) com sua família ao Brasil. Eles vieram passar férias no Pantanal e descobriram que havia um time de rugby na capital Campo Grande. Curiosos, foram conhecer nosso time e nos visitaram em um treino. O Brian ficou impressionado com a falta de estrutura (na visão dele de rugby) que se propôs a ajudar o clube de alguma forma. Em uma segunda visita ele observou melhor alguns jogadores e então propôs a possibilidade de receber 2 jogadores na Nova Zelândia.
 
 
PdR – Quanto tempo vão ficar lá?
 
AJ – O convite foi feito para ficarmos por um ano e assim decidimos por ficar o período todo. A intenção do Brian é que após este período outros jogadores do Campo Grande Rugby Clube passem pelo mesmo processo.
 
 
PdR – Porque a decisão de procurar um local fora do país para treinar?
 
Tínhamos a vontade pessoal de fazer um intercâmbio, para crescimento pessoal e profissional e claro, buscávamos algum lugar que tivesse um rugby forte. A primeira opção era a Irlanda, pela facilidade de contato com brasileiros. Após a visita do Brian e a sua proposta uma porta se abriu e um oportunidade inigualável apareceu para nós. Foi aí que decidimos largar nossos trabalhos aqui no Brasil e encarar este desafio.
 
 
PdR – Quais seus objetivos de longo prazo no Rugby?
 
Nossos objetivos no rugby são claros: chegar à seleção brasileira e jogar em alto nível por mais uns sete, oito anos. No retorno ao Brasil, a ideia é buscar oportunidades de emprego em grandes centros e treinar em clubes de ponta do Brasil. Além disso, temos uma proposta de apoiar o crescimento do Rugby na nossa cidade e estado. Iniciar um projeto social com crianças carentes e reforçar as categorias de base do Campo Grande Rugby Clube.