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Recentemente, um grupo de equipes universitárias uniu esforços para, junto à Federação Paulista de Rugby, reorganizar a disputa de sua modalidade, que não ocorre sob tutela da entidade há quase dois anos.

O último campeonato foi disputado no primeiro semestre de 2011, com título do Direito Mackenzie, mas a competição não foi disputada até o fim. Antes disso, o campeonato era disputado regularmente duas vezes por ano, isso por mais de dez anos, mas problemas com o recebimento de valores de inscrições sempre foram uma constante, e foi um dos fatores responsáveis pela sua interrupção recente. Alguns torneios foram realizados de forma paralela por outras faculdades, especialmente entre times da USP, mas apesar da qualidade similar aos campeonatos anteriores, não tem a mesma representatividade.

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No entanto, vemos um movimento diferente entre equipes universitárias. Na recente reunião da divisão de Acesso paulista (a terceira divisão estadual) quatro times mostraram interesse em disputar a divisão. Medicina USP (que já se sagrou bicampeã nacional), FEA (que já criou um clube e disputou a segunda divisão anteriormente), Engenharia Mackenzie (como Mackenzie Rugby Clube, formado por iniciativa de ex-jogadores e jogadores atuais da faculdade) e Mauá.

A divisão ainda terá o Tigres, que apesar de história recente (surgiu da fusão entre dois times da FMU apenas três anos atrás) fez rapidamente a transição para clube e tem mostrado bons resultados. Na segunda divisão, teremos a Poli USP e o Urutu, atual campeão do Acesso, formado por ex-jogadores da Farmácia USP.

Sem dúvida, é um grande passo adiante para os times que ambicionam esse caminho, e a Poli, atual bicampeã, é o melhor exemplo de que esse é um bom caminho a ser seguido, desde que com comprometimento (dentro e fora de campo) digno de clubes da primeira divisão, e não tipicos do meio universitário. Compromissos que vão da parte financeira (o torneio universitário tem menos custos e responsabilidades envolvidas) até a técnica e física propriamente dita (diminuir o ritmo das baladas, treinar todos os dias). Em qualquer categoria, o Rugby é um epsorte que pode ocasionar muitas lesões, e que acaba prejudicando a própria manutenção das equipes, que ao longo da temporada sempre sofre com falta de jogadores (quadro encontrado até nos clubes de elite), e por mais que o lado de confraternização seja um atrativo para quem está começando no esporte, e continue sendo uma parte importante, todos os cuidados a fim de manter a integridade física dos jogadores devem ser tomadas.

Dessa forma, o torneio universitário, deve se tornar cada vez mais como uma incubadora dos seus clubes (a Poli mantém um time também entre os universitários, e boa parte atua também pelo clube) e abre espaço para times mais novos que estão surgindo no estado, uma forma muito positiva de renovar o cenário estadual.