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Foi marca registrada em diversos jogos durante a primeira fase do Super 10 nesse ano. Logo após o encerramento de partidas entre equipes de estados diferentes, o time da casa corria para realizar o terceiro tempo, que os visitantes muitas vezes só podiam ficar por uma hora, e correr até o aeroporto.

Pelo que pudemos apurar, esse foi o cenário encontrado pelo menos nos seguintes jogos: Niterói X Rio Branco, Rio Branco X Curitiba, Bandeirantes X Curitiba, Niterói X Bandeirantes, Pasteur X Farrapos, Pasteur X Desterro.

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Ainda que seja um aspecto que possa ser considerado menor dentro da disputa, o Rugby brasileiro dado o seu tamanho, acabou criando laços de amizade entre jogadores de clubes distantes, e muitas vezes, o Terceiro Tempo era a única ocasião para se divertir e reforçar essa amizade.

Um motivo mais prático, conforme muito bem apontado em um dos nossos comentários. Caso um jogador visitante sofresse uma lesão séria que necessitasse de atendimento em um hospital, como seria feito o remanejamento da passagem? 

Apesar de acreditarmos que uma situação isolada poderia ser contornada junto a CBRU, segundo apuramos com a entidade, a equipe cujo jogador estiver nesse tipo de dificuldade, deverá arcar com as despesas extras. Não parece uma atitude sensata, uma vez que é uma preocupação a mais para a equipe, e que nem de longe coloca o bem estar dos jogadores em primeiro lugar.

Ainda que pese o custo associado às passagens, uma situação como essa deveria ser revista junto a organização de futuras edições do torneio, que em grande parte está cheia de acertos. O terceiro tempo é um dos momentos mais celebrados pelos Rugbiers brasileiros, de equipes do Super 10, às centenas de equipes novas pelo país, e a CBRu, como entidade que zela pela realização do esporte e é uma das resposnáveis por fomentar seu crescimento, não pode deixar que seus valores se percam pelo caminho.