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foto: Gustavo Cavana, em ação pelo Rio Branco (final década de 80/início 90)

Vou começar a falar da família Cavana que teve como inicio na década de 70 com a vinda de Néstor e Elena com seus filhos para o Brasil que uma metade era argentino e a outra parte brasileira, mas todos cresceram e estudaram aqui transformando nossas vidas em paixão pelo Rugby.

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Daniel foi um dos que mais me influenciaram no início do Rugby no Colégio Rio Branco, com seu jogo agressivo – muito além de normal para época – afinal a escola argentina de jogo aguerrido e cheio de técnica. Um louco caso jogasse hoje, mas um espirito guerreiro que nosso time não deixava de aprender com ele. Frequentávamos seu apartamento na Martins Fontes, centro da cidade de SP e Da. Elena ficava maluca com tanto moleque comilão em anos difíceis da ditadura no militar no Brasil e na América Latina. Mas segundo ela era melhor assim do que vagabundeando na rua. Daniel era o mais velho e aí vinham Marcelo e Gustavo e confesso que dos três, o Gustavo era a união de tudo o que um jogador de Rugby poderia ser: rápido, malandro, “argentino”, técnico e sabia trabalhar em grupo e foi o que fez pelo Rio Branco RC, por suas passagens na Holanda e na própria Argentina onde foi aproveitado como jogador e árbitro sem falar do período que treinava o próprio clube que o revelou.

Talvez tenha feito parte de uma das maiores gerações de jogadores daquele time que sonhava, acordava, jogava e ganhava títulos em épocas ainda amadoras de nosso país. Resolvi escrever sobre ele nesse final de semana porque em plena Etapa do Circuito Mundial de Rugby de 7’s feminino na Arena Barueri reencontrei em companhia de seu filho Guillermo, com 10 anos e foi com 10 anos que conheci o Gustavo. Além de assistir grandes jogos, conversamos muito e rimos das bobagens e de histórias que nos fugiram da memória nesses anos de afastamento.

 

Hoje meio afastado do Rugby em função das atividades profissionais, disse com muita saudade onde jogar trazia um prazer danado que fez conhecer não só grandes amigos, mas ter feito grandes jogos. O Colégio era tão importante na vida de um jogador que me fez a pergunta: Onde estão as escolas no Rugby? Respondi: Não sei. Com exceção do Liceu Pasteur e Colégio Rio Branco aqui em São Paulo nenhuma equipe realmente sabe a importância do nosso esporte pode influenciar no Rugby das seleções daqui há 10 ou 20 anos os no alto rendimento do Brasil.