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A última edição do mês de março do Falando de Rugby é mais do que especial! Rodrigo "Toto" Camardon, o técnico argentino da Seleção Brasileira Masculina de XV, falou com o Blog do Rugby. O assunto foi a seleção, é claro, com o Cross Border, o Sul-Americano e o trabalho de nossa comissão técnica.

 

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Ficha técnica

Nome: Rodrigo Mario Camardon

Apelido no rugby: Toto

Idade: 36

Nacionalidade: Argentina

Clubes: Alumni

 

1 – Com quantos anos começou a jogar rugby? Quando o rugby passou a ser parte de sua vida?

Aos 4 anos, meu pai foi sócio fundador do clube.

 

2 – Poderia nos contar sobre um momento memorável como jogador de rugby?

Final do campeonato M19, debut em primera e o campeonato adulto de 2001, pelo Alumni.

 

3 – Passando à seleção brasileira. Qual a avaliação que pode ser feita do desempenho no Cross Border Norte?

Acho que o desempenho foi legal, fizemos um bom jogo frente a Nordeste, que foi muito duro. Quase não tivemos a bola, e aguantar o ritmo de jogo sem bola e difícil. Foi o nosso primeiro torneio no ano e as concentrações foram focadas na parte física, não fizemos muito rugby. Nordeste esta se preparando faz um tempo para o Campeonato Argentino, e por isso acho que o resultado foi positivo. No segundo dia, a equipe jogou muito melhor. Tivemos a bola, muito boa obtenção, e pudemos fazer muitas coisas planejadas. Perdemos 3 tries feitos o que é algo a melhorar, mas ter a possibilidade de fazer try é o mais importante.

 

4 – Qual vem sendo o foco do trabalho da comissão técnica em 2011?

O foco do trabalho é convencer os jogadores de que para fazer um jogo dinâmico e atual precisamos ter um rendimento físico ótimo. Temos os jogadores para fazer um jogo dinâmico, com muitas fases, controle de bola, etc. e temos bons definidores, mas ainda estamos longe na parte física.

 

5 – Quais as expectativas para o Sul-Americano?

Nosso objetivo é sempre melhorar. O ano passado fizemos um jogo muito conservador. Este ano a idéia é fazer um jogo mais ambicioso, mais dinâmico, com muitas fazes. Isto é arriscado, mas é o único jeito de melhorar no jogo.

 

6 – Quais os objetivos traçados pela comissão técnica para depois do Sul-Americano de 2011? Foram anunciados amistosos em junho.

Temos amistoso com Edimburgo, acho que em junho, mas a idéia é continuar com as concentrações para seguir melhorando.


7 – Como o senhor avalia o desenvolvimento do rugby brasileiro nos últimos anos, e quais suas expectativas para o futuro?

O rugby brasileiro está tendo uma evolução enorme. Os clubes e jogadores entendem o jogo, algumas equipes têm treinadores estrangeiros que fazem evoluir as equipes, e isto faz com que as equipes joguem melhor. Ainda temos algums problemas de técnica individual, que tornam o jogo um pouco mais limitado. O mais importante é o esforço que todos fazem para melhorar as categorias de base, que é logicamente o único jeito para se desenvolver e evoluir. Eu tenho grandes expectativas com o rugby brasileiro para os próximos anos, estão todos fazendo um grande trabalho.