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fernando portugal

Depois do Punta Sevens e às vésperas do Viña Sevens, Fernando Portugal falou com o Portal do Rugby sobre o momento da seleção brasileira masculina de sevens. Confira.

 

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Portal do Rugby: Como você avalia o desempenho da equipe no primeiro torneio do ano?

Fernando Portugal: Gostei muito do comportamento da equipe no torneio de Punta. Fizemos bons jogos e identificamos alguns pontos que devemos melhorar, e isso é claro para todos. O grupo da seleção está bem renovado e essas experiências são sempre muito válidas para os novos jogadores. O Seven de Punta tem um nível alto de competição e deparar-se com essa situação nos faz crescer. Dos oito primeiros colocados do torneio, seis foram equipes argentinas, uma foi a seleção do Uruguai e o outro fomos nós, e essa foi uma grande conquista.

 

PdR: Como foi a resposta da equipe em campo aos treinamentos e ao planejamento realizados para a temporada?

FP: A compreensão tática da equipe está bem clara. Alguns mecanismos que estamos tentando colocar em prática ainda precisam ser aperfeiçoados, mas estou confiante de que chegaremos com um grupo muito forte para o Sul-Americano.

 

PdR: Como está a cabeça da equipe para o torneio no Chile? Como está sendo o trabalho para Viña?

FP: Depois do torneio de Punta, nós, os jogadores, nos reunimos e tivemos uma excelente conversa. Estamos nos encontrando como equipe e a motivação está alta para este torneio. Ja realizamos bons treinos em Viña, principalmente físicos, com o Darryn Collins, que está fazendo um trabalho mais individualizado. Estão todos muito bem.

 

PdR: O que você espera dos confrontos com uruguaios e chilenos? O que faltou para batermos os Teros? Começamos tão bem o jogo…

FP: Já estamos há alguns anos em um nível com condições de vencer Chile e Uruguai no seven. Os resultados passados mostram isso. No entanto, não quer dizer que venceremos todas as partidas. São excelentes seleções, jogam um rugby veloz, habilidoso e muito duro fisicamente. 

Na partida que perdemos para o Uruguai durante o Seven de Punta, ficou nítida a possibilidade de vitória. Fizemos um primeiro tempo de muita doação e os vencemos por 2 tries. Os jogadores dos dois times estavam muito cansados. No segundo tempo, deixamos a guarda baixa e aconteceu o que acontece quando se descuida em um jogo de seven, levamos tries e perdemos. Tudo isso faz parte de um processo de aprendizado de um grupo novo, que com certeza trará muitas conquistas para o rugby brasileiro. 

 
 
PdR: E quanto ao seu retorno à seleção? Como você o avalia?
 
FP: Estou numa felicidade enorme, mas com muita maturidade e consciência dos meus objetivos e do grupo. Gostei da minha volta, mas ainda tenho que melhorar fisicamente e em ritmo de jogo para poder agir na intensidade que imagino necessária para conquistarmos nossos objetivos. O que me deixou mais feliz foi a recepção que tive do grupo de jogadores e da comissão técnica. Nosso treinador, Scott Robertson, é fantástico, nada a menos que pudesse esperar de alguém que já vestiu a camisa preta dos All Blacks e me deu um ótimo feedback. Estou me sentindo em casa, mas com mais maturidade para aproveitar cada momento de aprendizado e de troca de experiência com os mais novos.