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Campeão do mundo com a Nova Zelândia em 2015, o centro Malakai Fekitoa vai trocar de seleção. Aos 29 anos de idade, o jogador nascido em Tonga decidiu defender finalmente seu país natal utilizando a “brecha olímpica”.

Atualmente nos Wasps, da Inglaterra, Fekitoa tem 24 jogos oficiais pelos All Blacks, mas não defende a seleção neozelandesa desde 2017, abrindo, assim, a possibilidade de mudar de seleção a partir do rugby sevens. Fekitoa jogará no próximo fim de semana o Pré Olímpico por Tonga e, com isso, poderá no futuro defender o país também no XV. Sua convocação foi confirmada já para o evento que acontece nos dias 19 e 20 em Mônaco e vale a última vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

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Outro nome importante convocado por Tonga é Lopeti Timani, terceira linha atualmente no La Rochelle, da França. Timani tem 30 anos e, apesar de ter nascido em Tonga, defendeu a Austrália em 12 partidas, a última em 2016.

Tonga não tem muita tradição no sevens, ao contrário de suas vizinhas Fiji e Samoa, que já foram campeãs mundiais. Os principais concorrentes de Tonga no Pré Olímpico serão Samoa, França e Irlanda.

 

Atletas podem trocar de seleção no rugby? Como?

De acordo a Regulação 8 do World Rugby, um atleta pode trocar de seleção apenas seguindo o seguinte caminho:

  • Estar 3 anos sem jogar por sua seleção anterior;
  • Participar de um torneio olímpico pro sua nova seleção;
  • A troca só pode ocorrer uma vez ao longo da carreira;

Isto é, a troca de seleção necessariamente precisa ocorrer primeiro em um torneio chancelado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), isto é, os Jogos Olímpicos ou um torneio Pré Olímpico (valendo classificação aos Jogos Olímpicos). A troca só é permitida justamente pela existência de uma brecha causada pelas regras do COI.

A regra vale por atletas elegíveis por critérios de nascimento ou família. No caso de atletas que queiram trocar de seleção usando o critério de residência, ainda são necessários 5 anos morando no novo país.

Uma vez que o/a atleta disputou um torneio olímpico por um novo país, ele ou ela poderá disputar qualquer jogo (de XV ou 7s) pelo novo país. No entanto, para completar a mudança, o jogador ou jogadora tem que participar ao menos de 50% dos jogos de sua seleção no torneio de sevens escolhido.