Foto: NRL

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ARTIGO COM VÍDEO – Começou o maior evento do Rugby League (o rugby de 13 jogadores) australiano! Nesta quarta-feira, no campo neutro de Adelaide, as seleções dos estados de Queensland e New South Wales colidiram na primeira de três partidas do State of Origin e quem levou a melhor foram os Maroons de Queensland, que triunfaram por 18 x 14.

No começo do duelo, foram os Blues de New South Wales que deram as primeiras cartas, marcando os dois primeiros tries do jogo, com Damien Cook, aos 15′, e Josh Addo-Carr, aos 20′, abrindo 10 x 00 na primeira etapa.

No entanto, o segundo tempo viu uma impressionante reviravolta dos Maroons, que cruzaram o in-goal aos 49′ com Alexander Brimson (após Kurt Capewell romper a defesa azul), aos 53′, com Xavier Coates (em contra-ataque letal), e aos Cameron Munster (punindo erro em offload de Tupou), aos 65′, abrindo 16 x 10 no marcador.

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Aos 75′, contudo, saiu a reação dos Blues, com Josh Addo-Carr (o nome de maior perigo do jogo) finalizando na ponta o terceiro try que poderia ter dado a NSW o empate, mas a conversão foi perdida, mantendo os Maroons na frente. O golpe fatal veio aos 79′, com os Blues cedendo penal fatal que permitiu a Felise Kaufusi chutar os pontos finais do duelo. 18 x 14.

Os dois times voltarão a duelar na próxima quarta-feira em Sydney, casa dos Blues, que precisarão vencer para evitarem o título de Queensland.
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State of Origin 2020

New South Wales 14 x 18 Queensland, em Adelaide

New South Wales

1 James Tedesco (Roosters), 2 Daniel Tupou (Roostes), 3 Clinton Gutherson (Eels), 3 Jack Wighton (Raiders), 5 Josh Addo-Carr (Storm), 6 Luke Keary (Roosters), 7 Nathan Cleary (Panthers), 8 Daniel Saifiti (Knights), 9 Damien Cook (Rabbitohs), 10 Junior Paulo (Eels), 11 Boyd Cordner (Roosters) (c), 12 Tyson Frizell (Dragons), 13 Jake Trbojevic (Sea Eagles);

Interchange: 14 Cody Walker (Rabbitohs), 15 Payne Haas (Broncos), 16 Cameron Murray (Rabbitohs), 17 Angus Crichton (Panthers);

Queensland: 1 AJ Brimson (Titans), 2 Xavier Coates (Broncos), 3 Dane Gagai (Rabbitohs), 18 Kurt Capewell (Panthers), 5 Phillip Sami (Titans), 6 Cameron Munster (Storm), 7 Daly Cherry-Evans (Sea Eagles) (c), 8 Christian Welch (Storm), 9 Jake Friend (Roosters), 10 Josh Papalii (Raiders), 11 Felise Kaufusi (Storm), 12 Coen Hess (Cowboys), 13 Tino Fa’asuamaleaui (Storm);

Interchange: 14 Ben Hunt (Dragons), 15 Lindsay Collins (Roosters), 16 Jai Arrow (Titans), 17 Jaydn Su’a (Rabbitohs);

 

O que é o Rugby League

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.

As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a International Rugby League (IRL) – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;