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Em março desse ano, o incansável Bagé, apelido do Lucas Vieira, jogador do Maringá, se arriscou pela primeira vez no Rugby norte-americano, defendendo o Outlaws de Thousand Oaks (Califórnia). A Califórnia é uma das regiões onde o esporte é mais forte no país.
 
O resultado foi muito positivo, deixando uma boa impressão nos anfitrões, que o convidaram para uma segunda temporada. Agora, ele subiu as apostas, e não está sozinho no desafio. Junto com Stafano Padilla, campeão brasileiro pelo Curitiba em 2014, além de integrar as fileiras do Outlaws, eles tiveram uma oportunidade única para um jogador brasileiro. Participaram da seletiva para a primeira equipe profissional do estado que vai integrar a PRO Rugby, liga profissional criada neste ano com a benção da World Rugby.
 
Saiba como foi essa experiência nas palavras de Bagé. Estamos na torcida, como sempre, por esses dois grandes jogadores e pessoas fora de campo.
 
“Ficamos sabendo quinta feira que teria esse COMBINE como eles chamam, não deu tempo pra treinar nem nada, estavamos super fora de forma, mas mesmo assim metemos a cara. O combine rolou esse ultimo sábado, todo mundo se reuniu na academia Youth Rhino em Irvine, na Califórnia, eram um pouco menos de 60 atletas de várias partes do país, incluindo o internacional Joseph Taufete’e que jogou a Copa do Mundo pelos Eagles.
 
Chegamos lá por volta das 7h e já fomos para o local, la pelas 8h abriram a academia e começamos a nos mexer, passar um pouco a bola e às 8h30 começou todo o processo, todo mundo tinha que preencher uma ficha com algumas questões pessoais, pegar uma identificação e estava pronto para iniciar o processo. A primeira coisa era se pesar, depois altura e gordura corporal, depois disso começaram os testes fisicos, o primeiro deles era o salto vertical, depois barra fixa, supino e um teste de agilidade para encerrar a manhã.
 
Na parte da tarde um ônibus levou o pessoal para um complexo esportivo cheio de campos, foi lá que fizemos o 40m sprint e Yo Yo test. Com isso os testes fisicos foram finalizados, partimos para os testes especificos de rugby. Fomos separados em 4 grupos de 12 pessoas em 4 estações com exercicios diferentes, começamos no ruck, depois fomos para o passe, tomada de decisão e, pra finalizar, os tackles. Passando por tudo isso, foi feito um joguinho com regras de Rugby League no final para coroar o dia EXTREMAMENTE cansativo (estamos sentido as dores até hoje). Quem coordenou o dia de testes foram os treinadores do Tiger Academy e foram acompanhados de treinadores da primeira divisão dos Estados Unidos.
 
A impressão que fica é que os EUA estão indo pelo caminho errado. Eles estão querendo excelentes ATLETAS para transformar em jogadores de rugby, porém para formar um jogador de rugby se vão muitos anos, e para formar um bom atleta em alguns meses de bom trabalho é possível se alcançar um resultado aceitavel.
 
Agora é esperar para ver, segundo o diretor do PRO RUGBY já foram selecionados 80-90% para as equipes, e desses combines que acontecerão nos EUA sairão os restantes. Diz ele que desses 56 do combine de Irvine sairão 3 ou 4 contratados, mas ele explicou que os clubes profissionais serão como selecionados, se você não der resultado, está fora, se você se machucar, é mandando de volta e chamam alguém no seu lugar, portanto mesmo sem ser chamado agora, a esperança é a última que morre, até porque nós dois fomos elogiados e cumprimentados pessoalmente pelo futuro treinador da equipe de São Francisco, sem ao menos sabermos que se tratava desse senhor (risos).
 
Mas é isso, espero que isso tenha elucidado mais ou menos como as coisas irão funcionar por aqui, Valeu!

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