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Entre quinta-feira e sábado (dias 28, 29 e 30 de novembro), Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, receberá mais uma edição do tradicional Dubai Sevens, um dos mais importantes e prestigiados torneios de seven-a-side do mundo, que contará com mais de uma dezena de torneio paralelos, em todos os sete campos que fazem parte do complexo 7he Sevens (sede da Copa do Mundo de Sevens de 2009). Entre os torneios estarão a segunda etapa da Série Mundial de Sevens Masculina, envolvendo os melhores times masculinos do mundo, e a primeira etapa da Série Mundial de Sevens Feminina 2013-14, que dará seu pontapé inicial e contará com a participação do Brasil. Nos torneios menores, destaque para o International Invitation Sevens, o torneio aberto masculino, que contará com a participação também do Brasil.
O BandSports transmitirá apenas o torneio masculino principal.
Ladies first
Dos torneios principais, o primeiro a ter início será o feminino, que começará na quinta-feira, logo às 7h00 da manhã de Brasília. O Brasil caiu no Grupo C e terá apenas pedreiras pela frente. As Tupis enfrentarão às 7h22 a Austrália, campeã da mundo de 2009; às 9h58 o Canadá, vice-campeão mundial de 2013; e às 12h56 a França, em tese o adversário com nível mais próximo do Brasil, mas que superou as Tupis no ano passado em Dubai. O primeiro dia de jogos se encerrará às 15h00, ao passo que, na sexta-feira, o mata-mata se iniciará às 5h40 e a grande final está marcada para às 14h46.
O torneio feminino contará com a participação de 12 seleções, divididas em 3 grupos com 4 equipes cada. Os dois primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados avançarão às quartas-de-final. Em 2012, o Brasil também participou do torneio e encerrou sua campanha em 12º lugar, perdendo para África do Sul, Inglaterra, Espanha, França e China. As brasileiras encerraram a temporada da Série Mundial de Sevens Feminina 2012-13 no bom 10º lugar, tendo alcançado às quartas-de-final em um torneio (em Guangzhou, na China).
No grupo do Brasil, o favoritismo recai hoje sobre o Canadá, por conta do vice-campeonato alcançado em 2013 na Copa do Mundo e do terceiro lugar geral na Série Mundial de Sevens 2012-13. Entretanto, a Austrália, quinta colocada no geral do último circuito e também da Copa do Mundo tem qualidade para jogar em igualdade com as canadenses. A França fez campanha discreta nas duas competições, ficando atrás do Brasil no circuito (mas com menos etapas disputadas) e na frente na Copa do Mundo. Portanto, as Bleues correm por fora e terão a concorrência forte do Brasil.
No Grupo A, a Nova Zelândia, campeã mundial duplamente em 2013 (da Copa do Mundo e do circuito) é a grande favorita e dificilmente terá o primeiro lugar roubado. Irlanda e Estados Unidos são as principais ameaças e deverão duelar pelo segundo posto, com Fiji correndo por fora (mostrando qualidade técnica digna da tradição do país, mas uma qualidade física fraca). As estadunidenses terminaram em quarto lugar no circuito e em terceiro lugar na Copa do Mundo, mas devem ficar atentas à evolução das irlandesas.
Já no Grupo B, Inglaterra e Espanha terão um duelo muito interessante pela primeira posição. A inglesas foram vice-campeãs do circuito em 2013, mas terminaram apenas com o sexto lugar na Copa do Mundo, ao passo que a Espanha fez um grande Mundial em Moscou, encerrando-o em quarto lugar. Correndo muito forte por fora vem a Rússia, que mostrou um time muito forte fisicamente nos últimos torneios e brigará acirradamente para superar inglesas e espanholas. Qualquer vitória russa não deverá ser tida como surpresa. Já a Tunísia completa o grupo e irá a Dubai para ganhar experiência.
Dubai Sevens – 1ª etapa da Série Mundial de Sevens Feminina 2013-14
Grupo A: Nova Zelândia, Irlanda, Estados Unidos e Fiji
Grupo B: Inglaterra, Espanha, Rússia e Tunísia
Grupo C: Canadá, Austrália, França e Brasil
Jogos do Brasil
Quinta-feira, dia 27 de novembro
7h22 – Brasil x Austrália
9h58 – Brasil x Canadá
12h56 – Brasil x França
Homens em campo na sexta e no sábado
Tanto o torneio masculino da Série Mundial de Sevens como o International Invitation terão início na sexta-feira, às 2h40 da manhã, horário de Brasília, encerrando o primeiro dia de jogos às 14h20.
O Brasil fará seu debut às 3h00 da manhã no Invitation diante do Racing Lagos, clube da Nigéria, que aparece como uma incógnita – mas que deve ser olhada com cautela, pela evolução que teve a seleção nigeriana no último Africa Sevens. Às 6h40, os Tupis enfrentarão o Danish Vikings, da Dinamarca, que também não tem grande tradição no esporte. Por fim, a campanha na primeira fase se encerrará às 9h00 contra o sempre perigoso combinado internacional (de origem inglesa) HFW Wailers. O International Invitation contará com 20 times, divididos em 5 grupos com 4 times cada, sendo que avançarão às quartas-de-final da Taça Ouro os campeões e os três melhores segundos colocados.
No torneio principal, muita expectativa foi formada por conta do mais de um mês de intervalo entre a primeira etapa, disputada em Gold Coast, e a segunda etapa. Na etapa australiana, a Nova Zelândia sobrou, conquistando o título. Para Dubai, os All Blacks contarão com os retornos de Bryce Heem e Gillies Kaka, tornando o time ainda mais forte. Quênia e França aparecem como os times que disputarão mais acirradamente a segunda posição, tendo ambos ficado devendo em Gold Coast.
O Quênia foi melhor na Austrália, terminando com o sexto lugar. Agora, em Dubai, os africanos contarão já com o novo técnico Paul Treu e com o reforço do jovem promissor Leonard Mugaisi. A França, por sua vez, foi apenas nona em Gold Coast e tem muito a melhorar. Correndo por fora vem Portugal, de Pedro Leal e Adérito Esteves, que passaram por cima do Brasil no rugby de XV e agora retornam ao sevens, sem ter a necessária dedicação exclusiva ao jogo reduzido.
No Grupo B, a Austrália, vice-campeã em Gold Coast, busca provar que o bom desempenho na primeira etapa não se deveu apenas ao fato de jogar em casa. Os Thunderbirds terão a volta do veterano James Stannard ao elenco, e depositarão confiança no talento de Shannon Walker. Gales corre como a segunda força do grupo, mesmo depois de pífia campanha em Gold Coast. Na preparação para Dubai, o técnico Paul James já avisou que quer um time mais consistente. Correndo por fora vem Escócia e Espanha, que também foram mal no torneio de Queensland.
Pelo Grupo C, Inglaterra e Fiji prometem um duelo de arrepiar pela primeira posição, mas sabem que Canadá e Estados Unidos têm plenas condições de surpreender. Os ingleses terminaram com um ótimo terceiro lugar no torneio passado e parecem ter aumentado ainda mais a qualidade do time com a chegada de Alex Gray, ex-capitão da seleção inglesa M20. Entretanto, as ausências de Rob Vickerman, Christian Lewis-Pratt e Chris Cracknell preocupam. O novo técnico Simon Amor está preparando uma equipe consistente, que contrastará com a irregularidade do time fijiano, sempre imprevisível.
O técnico de Fiji é justamente o ex-comandante da Inglaterra, Ben Ryan, que conhece muito bem o oponente que terá pela frente. O Canadá, por sua vez, terá a experiência do barbudo Adam Kleeberger de volta. Conor Trainor e Phil Mack também voltarão aos Canucks, ao passo que Hirayama foi cortado por lesão. Os Estados Unidos, por outro lado, não contarão em campo com Matt Hawkins, que será exclusivamente o técnico da equipe.
Por fim, no Grupo D, África do Sul e Samoa farão uma briga intensa pela primeira colocação, tendo a perigosa Argentina no encalço. Os Boks terminaram mal Gold Coast, sendo atropelados pelos ingleses na disputa pelo terceiro lugar. Para Dubai, a África do Sul contará finalmente com Branco du Preez e Cheslin Kolbe, que serão peças-chave para o crescimento do time no torneio. Entretanto, Cornal Hendricks não estará mais disponível, ao assinar contrato com os Cheetahs no rugbt XV, e Paul Delport segue lesionado.
Samoa, por sua vez, não começou bem a temporada, de técnico novo e sem veteranos como Uale Mai, Lolo Lui e Alafoti Fa’osiliva. A renovação impera na equipe, mas a qualidade segue indiscutível. O mesmo pode ser dito acerca da Argentina, treinada agora pela lenda Santiago Gómez Gora, que iniciou o trabalho de renovação dos gigantes sul-americanos. Os Pumas, que jogarão de laranja em Dubai, sob protesto do ídolo Hugo Porta e muita controvérsia, começaram 2013-14 com uma fraca campanha na Austrália e agora precisam provar que podem jogar em um patamar superior. Completando o grupo está a Rússia, a convidada do torneio (o qual não terá a participação da seleção da casa, os Emirados Árabes Unidos), que se prepara para o Hong Kong Sevens de 2014, quando lutará com boas chances pela promoção à elite mundial.
Dubai Sevens – 2ª etapa da Série Mundial de Sevens 2013-14
Grupo A: Nova Zelândia, Quênia, França e Portugal
Grupo B: Austrália, Gales, Escócia e Espanha
Grupo C: Inglaterra, Fiji, Canadá e Estados Unidos
Grupo D: África do Sul, Samoa, Argentina e Rússia
Dubai International Invitation – Torneio Aberto de Dubai
Grupo A: Samurai International, Aquadive Apache, CAT Phones e Tunísia
Grupo B: HFW Wailers, Brasil, Danish Vikings e Racing Lagos
Grupo C: The Royals, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e Templars
Grupo D: Enissei-STM, França Desenvolvimento, Midi Olympique Froggies e Moosa Daly Wild Geese
Grupo E: Moscow Region, Bélgica, Geórgia e Lionheart
Jogos do Brasil
Sexta-feira, dia 28 de novembro
9h00 – Brasil x Racing Lagos (Nigéria)
6h40 – Brasil x Danish Vikings (Dinamarca)
9h00 – Brasil x HFW Wailers (Inglaterra/Internacional)
Estádio: 7he Sevens
Capacidade: 50.000 lugares
Seleções Brasileiras:
Feminino Masculino
Ana Balestri | Arthur Bergo
Angélica Gevaerd | Cleiton Sabino
Carla Barbosa | Daniel Gregg
Daniela Teixeira | Diego Lopez
Edna Santini | Eddy Pecapedra
Júlia Sardá | Fernando Portugal
Karina Godoi | Gustavo Albuquerque
Luiza Campos | Jeferson Felisberto
Mariana Ramalho | Lucas Drudi
Paula Ishibashi | Marco Antônio Cervi
Raquel Kochhann | Martin Schaefer
Thais Rocha | Rodrigo Andrioli
| José Vitor Barbosa
| Thiago Maihara