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ARTIGO COM VÍDEO – O jejum acabou! Depois de 13 anos de espera, a Inglaterra voltou a festejar o Grand Slam do Six Nations! E de forma especial, vencendo a França em Paris (31 x 21), igualando aos franceses como a maior campeã da Era Six Nations (desde 2000) e ultrapassando Gales em número de títulos na história da competição (desde 1883). O topo do continente, reconquistado logo na primeira temporada sob o comando do australiano Eddie Jones, o primeiro estrangeiro a dirigir a Rosa, cinco meses depois de um dos pontos mais baixos da história do rugby do país: a eliminação na primeira fase da Copa do Mundo, jogada em casa.
A partida começou com Farrell e Machenaud trocando penais nos 5 primeiros minutos. A França começou a partida querendo jogo, indo para cima e tentando acelerar o jogo, procurando Vakatawa e Spedding, seus homens naturalizados de perigo. Mas, que encontrou o primeiro try foi a Rosa, e veio rápido. Aos 12′, após lateral, a Inglaterra abriu a bola rápido até Watson, criou desorganização na linha de defesa francesa em apenas uma fase e Danny Care aproveitou que apenas o pilar Poirot fechava a base do ruck para disparar rumo ao primeiro try inglês.
A resposta veio aos 16′, com penal batido por Machenaud, em infração de Vunipola, atacando muito forte e acabando por mergulhar no ruck. Logo na sequência, os Bleus assustaram, com Spedding arrancando pela ponta, mas errando na opção de chutar a bola adiante, ao invés de apostar no apoio. Aos 19′, a Inglaterra mostrar sua capacidade muito superior à da França para trabalhar e definir jogadas, conquistada sob o meticuloso trabalho de Jones. A Rosa trabalhou suas fases e Dan Cole atropelou Guirado para fazer um try de fraca oposição francesa, mas com a polêmica de uma possível obstrução, invalidada por Nigel Owens. Toda a jogada nasceu de um chute cruzado de Ford para Watson, provando repertório do time branco.
Sem conseguir definir e criar, mas pelo menos mantendo-se bem no breakdown, a França foi capaz de arrancar mais dois penais para Machenaud concluir aos postes, enquanto Farrell desperdiçou chance de penal a um minuto do intervalo. O saldo, mesmo sem tries do lado azul, foi de um placar parelho em 17 x 12 para os ingleses, com os Bleus tirando proveito da indisciplina dos visitantes.
Veio a segunda etapa, nova investida poderosa de Vakatawa e mais um penal para Machenaud, impecável, reduzir para somente 2 pontos a desvantagem dos Galos. No minuto seguinte, contudo, a França devolveu um penal à Inglaterra e Farrell aproveitou para manter a frente em 1 try para os ingleses. Toma lá, dá cá, e o jogo se tornou uma sucessão de turnovers, com a França roubando mais uma vez um penal, aos 51′, para Machenaud manter sua rotina sólida com a chuteira. E, enquanto a França dependia de penais, a Inglaterra tinha argumentos para criar. Aos 55′, Ben Youngs, já no lugar de Care, achou o espaço na base de ruck mal coberto pelos franceses, arrancou e serviu com os pés Anthony Watson, que concluiu o terceiro try da Inglaterra.
O try de Watson só não arrasou as esperanças francesas porque, outra vez, os ingleses entregaram penal a Machenaud, que adicionou mais 3 pontos (100% de aproveitamento para o scrum-half, que fez bela partida, mas sem ter companhia à altura com a 10). 25 x 21. A sobrevida francesa durou até Farrell chutar penal aos 72′ e Chiocci, aos 76′, receber amarelo e deixar o XV de França com XIV. A sentença estava dada irrevogavelmente. Na sequência Farrell não desperdiçou a última chance de penal para a Rosa e decretou o 31 x 21. Grand Slam no Stade de France, mas vestindo branco. Inglaterra nas nuvens!
Após a primeira experiência no comando da equipe, Eddie Jones agora preparará a Inglaterra para a viagem à Austrália em junho, enquanto Guy Novès terá muito trabalho para formar uma França mais competitiva para viajar no mesmo mês à Argentina.
França 21 x 31 Inglaterra, em Paris
Árbitro: Nigel Owens (Gales)
França
Penais: Machenaud (7)
15 Scott Spedding, 14 Wesley Fofana, 13 Gaël Fickou, 12 Maxime Mermoz, 11 Virimi Vakatawa, 10 François Trinh-Duc, 9 Maxime Machenaud, 8 Loann Goujon, 7 Bernard le Roux, 6 Damien Chouly, 5 Yoann Maestri, 4 Alexandre Flanquart, 3 Rabah Slimani, 2 Guilhem Guirado (c), 1 Jefferson Poirot.
Suplentes: 16 Camille Chat, 17 Uini Atonio, 18 Xavier Chiocci, 19 Paul Jedrasiak, 20 Wenceslas Lauret, 21 Sébastien Bézy, 22 Jules Plisson, 23 Maxime Médard.
Inglaterra
Tries: Care, Cole e Watson
Conversões: Farrell (2)
Penais: Farrell (4)
15 Mike Brown, 14 Anthony Watson, 13 Jonathan Joseph, 12 Owen Farrell, 11 Jack Nowell, 10 George Ford, 9 Danny Care, 8 Billy Vunipola, 7 James Haskell, 6 Chris Robshaw, 5 George Kruis, 4 Maro Itoje, 3 Dan Cole, 2 Dylan Hartley, 1 Mako Vunipola.
Suplentes: 16 Luke Cowan-Dickie, 17 Joe Marler, 18 Kieran Brookes, 19 Joe Launchbury,20 Jack Clifford, 21 Ben Youngs, 22 Manu Tuilagi, 23 Elliot Daly.
Seleção | Jogos | Pontos |
---|---|---|
Inglaterra | 5 | 10 |
Gales | 5 | 7 |
Irlanda | 5 | 5 |
Escócia | 5 | 4 |
França | 5 | 4 |
Itália | 5 | 0 |
Empate = 1 ponto;
Derrota = 0 pontos
Equipe | Jogos | Pontos |
---|---|---|
Newman | 13 | 49 |
Hindú Club | 13 | 48 |
Belgrano Athletic | 13 | 43 |
La Plata | 13 | 40 |
Atlético del Rosario | 13 | 36 |
CUBA | 13 | 36 |
San Luís | 13 | 32 |
Alumni | 13 | 27 |
Pucará | 13 | 21 |
CASI | 13 | 18 |
Lomas Athletic | 13 | 17 |
Regatas Bella Vista | 13 | 17 |
Pueyrredón | 13 | 15 |
SIC | 13 | 14 |