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O réveillon é tempo sempre de renovar promessar para o ano que vem. Se as promessas se materializam no ano seguinte são outros quinhentos, mas, este ano novo, o Portal do Rugby faz uma singela sugestão de promessa para os clubes de todo o país: vamos formar mais árbitros!

Diante de tantas necessidades e ambições que tem o rugby brasileiro, escolher a ampliação do quadro de arbitragem possivelmente não passaria pela cabeça da maior parte dos rugbiers. No entanto, o problema que muitas vezes é esquecido é, na verdade, crucial para o futuro do esporte no Brasil – a curto, médio ou longo pjrazo.

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Enquanto cresce a cada dia o número de competições e de clubes – e, portanto, também de amistosos e pequenos torneios de sevens – por todo o país, a formação de novos quadros de arbitragem com certificação do IRB e formação adequada não cresce na mesma velocidade. É fato que a cada ano também temos cada vez mais árbitros, mas está claro que ainda é necessário formar cada vez mais pessoas capacitadas para atuar com qualidade em todos os níveis de jogo.

A cada competição realizada, é recorrente no rugby brasileiro ouvir reclamações sobre a qualidade da arbitragem. Pessoalmente, por mais que sejam recorrentes alguns problemas nesse campo, o maior problema não é a qualidade da arbitragem, mas a quantidade. Os planos de expansão dos campeonatos Brasil afora são constantes, com o número de jogos oficiais crescendo a cada ano. E quem irá assumir a arbitragem dessas novas partidas deveria ser uma das preocupações de cada clube no país que atinge seu objetivo de participar de competições oficiais.

Por isso, é muito importante que todo clube assuma a responsabilidade de formar ao menos um árbitro atuante para cada categoria que o clube tenha equipes, isto é, alguém que realize cursos de arbitragem e tenha disponibilidade, conhecimento, capacidade e vontade de seguir na função e continuar estudando e trabalhando para se aprimorar constantemente. Formar um árbitro atuante é, pois, diferente de simplesmente garantir que alguém do clube faça algum curso de arbitragem. Os cursos aumentam continuamente no país, mas a maioria das pessoas que participa deles não se torna atuante. Árbitros são como atletas no esporte amador: são vulneráveis à disponibilidade de tempo livre para atuarem. Assim, muitos não conseguem tempo para atuar, outros não se interessam pela missão da arbitragem, e outros ainda deixam em segundo plano o apito para poderem seguir jogando por seus clubes. Isso significa que o número de árbitros formados tem que ser sempre várias vezes o número necessário de árbitros para o número de jogos que se planeja realizar.

Portanto, a mensagem de ano novo é clara: clubes e jogadores, precisamos de mais árbitros em todo o país. Quem se habilita?