Ruan Pienaar jogando pelos Cheetahs contra seu ex time, o Ulster. Foto: PRO14

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Em entrevista no Twitch da Sudamérica Rugby, o diretor de alto rendimento da entidade que comanda a SLAR (a liga profissional sul-americana), Daniel Hourcade, revelou seu desejo de contar com a participação de equipes sul-africanas na competição. Uma possibilidade ousada, mas caso se concretize, é garantia de entretenimento e diversão para os fãs da ovalada típica dos jogos eletrônicos, como o Evolução Tempo Louco que está disponível para todos os fãs de jogos online.

O diretor confirmou que os planos para a temporada 2022 da SLAR estão em andamento e a possibilidade de expansão no número de participantes existe. Hourcade não confirmou se há conversar oficiais com os sul-africanos, mas deixou claro que veria com bons olhos essa aproximação. “Franquias sul-africanas que não têm competição internacional e querem vir jogar SLAR são mais do que convidadas. Colocamos um tapete vermelho para eles! A questão econômica não é fácil para eles, é claro. É por isso que as quatro primeiras franquias da África do Sul tiveram que buscar a competição na Europa depois de seu corte no Super Rugby, o mesmo corte que o Jaguares sofreu. Reitero que seria ótimo tê-los aqui e se acontecer, seria excelente”, comentou o argentino.

O comentário ocorre num momento no qual os Cheetahs falam abertamente sobre sua busca por novas competição no rugby internacional. Até 2020, duas franquias sul-africanas, Cheetahs e Kings, participavam do PRO14 (a liga de franquias de Irlanda, Gales, Escócia e Itália), mas foram excluídos da competição para serem substituídos em 2021 pelos quatro grandes times da África do Sul, Bulls, Lions, Sharks e Stormers, que abandonaram o Super Rugby.

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Os Kings foram dissolvidos e não existem mais. Porém, os Cheetahs seguem em busca de uma nova competição e as opções são escassas. O time vem sendo cogitado para participar da Challenge Cup europeia, que é uma competição de tiro curto, e haveria espaço no calendário para participarem de mais algum torneio. Por isso, o comentário de Hourcade é pertinente na atual conjuntura do rugby internacional. Além dos Cheetahs, outros dois times sul-africanos, Griquas e Mpumalanga Pumas, também já mostraram interesse nos últimos anos por participarem de alguma competição internacional. No momento, Cheetahs, Pumas e Griquas participam apenas da Currie Cup, o Campeonato Sul-Africano.

 

Peruanos na SLAR?

A criação da SLAR beneficiou Argentina, Uruguai, Chile, Brasil, Paraguai e Colômbia, porém não vem ajudando ainda o Peru, que ficou de lado nas competições do continente. O último ano que o Sul-Americano B foi realizado foi 2018. Desde então, com as dificuldades financeiras da federação venezuelana e o nível ainda baixo do rugby boliviano, equatoriano e centro-americano fizeram com que o Peru se tornasse uma força intermediária do continente ainda sem uma competição ideal. Recentemente, a SLAR vem cogitando introduzir alguns atletas peruanos em times da SLAR.

Hourcade comentou sobre o assunto: “Jogadores do Peru em alguma das franquias? Não é uma quimera, mas não é algo que se faça de um ano para o outro. Estamos conversando e trabalhando com o rugby no Peru junto com Martín Bassino (Gerente de Treinamento e Educação do Rugby da América do Sul) para apoiar o rugby peruano em termos de treinamento de técnicos e equipe em todas as áreas para que aqueles dois ou três jogadores que possam potencialmente fazer parte de uma pré-temporada com uma das franquias, tem as ferramentas necessárias. Hoje, como está a situação, seria perigoso adicionar jogadores do Peru apenas por adicioná-los. Seria contraproducente”.

 

SLAR contra MLR

Quando a SLAR foi confirma em 2019 um dos planos mais ambiciosos da liga era a realização anual de um jogo entre o campeão sul-americano e o campeão da Major League Rugby norte-americana. A aproximação das duas ligas não ocorreu em 2019 e esfriou em 2020. Agora, Hourcade revelou que o plano segue vivo. “Há discussões com a MLR (Major League Rugby dos Estados Unidos) para encontrar uma forma de igualar as finais dos torneios e ver como estabelecer uma competição ou partidas com algumas dessas equipes”.

2 COMENTÁRIOS

  1. A Slar ainda não existe de fato. O torneio realizado em bolha, em meio a pandemia não pode ser considerado na sua plenitude. Ainda mais em um ano atípico, com jogadores argentinos em todos os times de maneira quase aleatória.
    Precisa se firmar como competição, para posteriormente ser ampliada.
    Caso contrário será deficitária.