Foto:: FECORUGBY

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Um passo gigante para o Rugby XV feminino mundial. O World Rugby (a federação internacional) anunciou nesta terça a criação do WXV, uma liga mundial feminina de seleções com 3 divisões, que começará em 2023.

Ao todo, 16 seleções participarão das 3 divisões, com um investimento de 6,4 milões de libras (cerca de 50 milhões de reais) ao longo dos dois primeiros anos da competição.

Além do WXV, está prevista a criação de uma competição feminina anual envolvendo Nova Zelândia, Austrália, Canadá e Estados Unidos (um “Four Nations”, cujo nome oficial não é ainda conhecido).

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As divisões do WXV serão assim compostas:

  • WXV 1: 1ª divisão, com 6 times:
    • 3 primeiras colocadas do Women’s Six Nations
    • 3 primeiras colocadas do novo Four Nations;
    • 3 jogos por time, com apenas jogos opondo Six Nations e Four Nations;
    • Não haverá promoção e rebaixamento para a WXV2 em 2023 e 2024;
  • WXV 2: 2ª divisão, com 6 times, sendo:
    • 2 equipes da Europa e 1 equipe da Oceania, numa chave;
    • A última colocada do “Four Nations”, 1 equipe da África e 1 equipe da Ásia na outra chave;
    • 3 jogos por time, com times de uma chave encarando times da outra chave;
    • A região da última colocada de 2023 será rebaixada para a WXV3 2024;
  • WXV 3: 3ª divisão, com 4 times;
    • 2 times da Europa;
    • 1 time da Ásia;
    • 1 time a ser definido entre África e América do Sul;
    • 3 jogos por time;
    • A região da campeã de 2023 será promovida ao WXV2 de 2024;
    • A região última colocada de 2023 jogará uma Repescagem de Rebaixamento contra a melhor seleção do Ranking Mundial que tenha ficado de fora da competição;

Com o WXV, o World Rugby unifica o calendário global, substituindo os amistosos internacionais. Após a Copa do Mundo de 2025, poderá haver a introdução de algum sistema de promoção e rebaixamento para a WXV1 e o sistema de promoção à WXV3 estará mais claro para o resto do mundo.

O World Rugby promete foco na comercialização da nova competição, com vistas para uma Copa do Mundo de 2025 mais forte, com seleções mais profissionais. Não haverá WXV em anos de Copa do Mundo.

O que isso significa para o Brasil?

O Brasil terá uma chance em 2022 de se garantir no WXV3 de 2023. Para isso, as Yaras terão que vencer a Colômbia e um time africano (possivelmente o Quênia). Caso o Brasil não consiga essa vaga em 2023, terá que esperar mais algum tempo, pois hoje seu Ranking não permite sonhar com a vaga na Repescagem proposta. Por isso, a corrida pelo XV feminino começou.

 

Quais devem ser os times envolvidos?

A relação de forças do XV feminino ficará mais clara em 2022 com a Copa do Mundo, mas é possível projetar os prováveis participantes de cada divisão, usando o Ranking e a classificação do Women’s Six Nations 2020:

  • WXV1: Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, França, Irlanda;
  • WXV2: Austrália, Itália, Gales, Japão, África do Sul, Fiji;
  • WXV3: Escócia, Espanha, Hong Kong + África/América do Sul (Quênia? Colômbia? Brasil?)