croacia rugby

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Logo mais, a seleção brasileira de futebol estreia na Copa do Mundo contra a Croácia. Como a nossa praia é o rugby, o Portal do Rugby vai ao longo do Mundial apresentar para você como é o rugby em cada um dos países que o Brasil enfrentará na Copa.

Parte da Iugoslávia até 1991, a Croácia foi uma das regiões mais fortes do fraco rugby iugoslavo, que militou durante a maior parte de sua existência nas divisões inferiores da Europa. Iniciado em 1957, o Campeonato Iugoslavo de Rugby teve dois clubes croatas entre seus maiores campeões. O Nada Split, com 11 conquistas, foi o maior campeão da antiga república federal, enquanto o RK Zagreb, com 6 taças, ocupa a terceira posição no ranking histórico da Iugoslávia. Além deles, o Mladost Zagreb, primeiro clube de rugby da Croácia (fundado em 1954), conquistou o título uma vez. Base da seleção iugoslava, os croatas ajudaram a Iugoslávia a jogar a elite do Troféu da FIRA (atual Europeu de Nações) em 6 edições nos anos 60 e 70, até ser rebaixada em 1978 e nunca mais voltar à primeira divisão continental.

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A União Croata de Rugby nasceu em 1962 como parte da União Iugoslava de Rugby, e passou a ser o órgão máximo do rugby do país com a independência. Desde então, a Croácia se tornou a ex-república iugoslava com melhor desempenho internacional. Como nação independente, a Croácia estreou em 1992 vencendo a vizinha Bósnia. Logo no ano seguinte, os croatas enfrentaram pela primeira e única vez a Itália, caindo por 76 x 11. Desde então, foram 93 partidas realizadas pelo país com 54 vitórias, 35 derrotas e 4 empates, todas nas divisões inferiores do Europeu de Nações. O único país de fora da Europa que o time dos balcãs enfrentou foi o Marrocos, que jogava o campeonato europeu até o início dos anos 2000.

O ponto alto da curta história do rugby do país como nação independente foi em 1999, com a participação da seleção croata de sevens no Hong Kong Sevens, enfrentando e sendo derrotada pela Nova Zelândia por somente 17 x 12.

Na mesma edição do Hong Kong Sevens, a Croácia conseguiu uma grande vitória sobre a seleção da casa por 14 x 12.

No momento, a Croácia ocupa a 54ª posição no ranking mundial do IRB e disputa a 2ª Divisão A (3ª divisão) do Europeu de Nações, estando acima de todas as demais repúblicas que formavam a Iugoslávia. O momento da seleção, no entanto, não é dos melhores, ao encerrar na penúltima colocação sua divisão. Com o fraco resultado de 2014, os croatas terão que enfrentar no próximo dia 21 de junho a Letônia, vice-campeã da 2ª Divisão B, valendo a permanência na 2ª Divisão A. No seven-a-side, a Croácia disputa atualmente a segunda divisão do Grand Prix Europeu, enquanto a seleção feminina também disputa a segunda divisão do sevens do continente.

De acordo com dados do IRB, a Croácia possui pouco mais de 2.400 jogadores de rugby, em uma população de pouco mais de 4,2 milhões de habitantes. O rugby não é uma das modalidades mais populares do país que, além do futebol, tem grande destaque no basquete, no handebol e no polo aquático. A grande imigração de croatas para a Oceania produziu alguns importantes jogadores de rugby com ascendência croata, como os ex-All Blacks Frano Botica e Sean Fitzpatrick. Na geração atual da Nova Zelândia, o segunda linha Anthony Boric, que se transferiu no ano passado do Blues para o rugby japonês, é filho de croatas.

Outro jogador proeminente de ascendência croata é Justin Tipuric, de Gales, atualmente no Ospreys, cujos pais emigraram para o Reino Unido no período de dissolução da Iugoslávia.